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QQme: quando a Chery colocou Fusca e QQ no liquidificador

No passado a Chery tentou transformar o QQ em uma marca e algumas coisas estranhas aconteceram

21/11/2019 - João Brigato / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

No início dos anos 2000, as marcas chinesas estavam em expansão e as coisas saíram do controle. Novas marcas e submarcas eram criadas a cada semana, mas morriam na mesma velocidade em que eram criadas. Exemplo disso foi a Chery que tentou transformar o QQ em uma submarca com um sedã (QQ6) e o exótico QQme.

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A melhor definição para o visual do modelo é a do título: coloque um Volkswagen Fusca e um Chery QQ no liquidificador para obter um QQme. Projetado por Enrico Fumia, o mesmo que desenhou icônicos Alfa Romeo como o Spider e o 164, o Chery QQme não foi sua maior obra de arte.

Bolinha

Lançado em 2009 e descontinuado em 2011, o QQme deveria ser um carro com design simétrico que ainda pudesse ser identificado como um QQ. Exemplo disso estão elementos como faróis redondos, capô curvo com um pequeno sorriso funcionando como grade frontal e carroceria compacta.

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A obsessão pela simetria era tanta que as portas eram idênticas dos dois lados, tanto por dentro quanto por fora. Era possível encaixar a porta direita no batente esquerdo e vice-versa. No interior, a forração da porta replicava um sorriso e tudo que existia do lado direito, estava do outro, até mesmo o buraco da maçaneta (que recebia uma tampa do lado não usado).

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A dianteira e a traseira traziam luzes arredondadas de LED, sendo a lanterna traseira transparente para ficar ainda mais parecida com os faróis. A grade frontal em meia lua era acompanhada por uma barra cinza, replicada na traseira por elementos pintados. Até os retrovisores eram redondos.

Fusca ou barco?

Com linha de cintura muito alta, o QQme tinha aparência de mini-barco, já que havia um evidente degrau na dianteira e traseira a partir dessa linha. Outro ponto polêmico (e daí fica nítida a inspiração no Fusca) está no formato do teto. A traseira alta e arredondada criava a mesma corcunda do besouro da Volkswagen.

O grande problema ficava por conta da coluna B envergada por conta do desenho oval do vidro das portas. Assim, a segunda janela chegava à região da cabeça dos passageiros da frente ao mesmo tempo em que criava um enorme ponto cego para quem sentava atrás.

O interior também era bastante problemático em termos de design. Os elementos redondos e simétricos do lado de fora estavam na cabine também. Prova disso é o fato de o painel de instrumentos ser centralizado e o desenho do porta-luvas ter sido replicado abaixo da coluna de direção. Até mesmo os comandos dos vidros foram para o console em nome da simetria.

Menos portas que o QQ

Apesar de ter duas portas a menos que o QQ de primeira geração, o QQme era maior. São 3,74 m de comprimento, 1,59 m de largura e 1,51 m de altura no QQme contra 3,55 m de comprimento, 1,49 m de largura e 1,48 m de altura no único membro da família QQ vendido pela Chery no Brasil. Isso se devia à plataforma compartilhada com o Chery Face.

Debaixo do capô, o irmão exótico do Chery QQ trazia motor 1.3 quatro cilindros aspirado de 83 cv ligado à transmissão manual de cinco marchas. No segundo ano de produção ele ganhou opção de transmissão automatizada de embreagem única. Pouco depois a opção de motor 0.8 do QQ foi oferecida, mas nem isso foi suficiente para as vendas subirem.

Flopou

Com estilo exótico demais até para os chineses, preço bem mais elevado do que o do Chery QQ e pouca praticidade, o QQme saiu de cena em 2011 após vender apenas 102 unidades. Seu melhor ano foi 2009 quando 1.350 QQme invadiram as ruas chinesas. Um verdadeiro fracasso frente ao enorme potencial de vendas na China.

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