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Sono ao volante é causa de acidentes em estradas

Em especial no verão problema se agrava e exige muito cuidado antes de viajar

05/01/2023 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Ao chegar à estação mais esperada do ano – o verão – motoristas e suas famílias querem saber de colocar o carro na estrada. Alguns descansam e outros se divertem no destino escolhido. Mas, além de cuidar do automóvel, os motoristas devem antes de tudo cuidar de si mesmos. Isso significa uma noite bem dormida e se manter concentrado no veículo e na estrada.

A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) fez uma pesquisa que apontou os períodos mais frequentes para sonolência ao volante: durante as madrugadas e após o almoço.

Entre as 495 pessoas entrevistadas 40% admitiram que ziguezaguearam na estrada e 50% já pararam na via (melhor em posto de serviço ou o mais afastado possível da pista de rolagem) ao sentir sono. Entres os respondentes 61% admitiram que dirigiram no dia seguinte a uma péssima noite de sono. Outros 10% afirmaram dirigir com sono e 23% o fazem de duas a três vezes por semana.

Mais da metade dos que participaram conhece ao menos uma pessoa que quase se acidentou e 39% sabem de alguém que sofreu acidente por ter assumido o volante nesta condição.

Dr. Gilmar do Prado, da ABN, afirma que “medidas paliativas como ar frio, tomar café ou ouvir música alta têm efeito no máximo por poucos minutos. O motorista ainda fica sujeito a microssonos de quatro a cinco segundos e pode-se envolver em graves acidentes em estradas. Sente dificuldade em manter olhos abertos e focados, pensamentos ficam vagos e desconexos. Também começa a piscar mais lentamente, tem dificuldade em manter velocidade constante e até pode sair da pista. Não notar sinalizações ou errar o caminho também são consequências”.

Portanto, tentar burlar a sonolência torna-se muito arriscado. Correto é não dirigir com sono e evitar longos períodos sem paradas ou após um dia de trabalho estafante. O Detran-SP apoiou a ABN e Associação Brasileira de Medicina de Tráfego que promoveram a campanha “Não dê carona ao sono” dois anos atrás, mas que poderia ser repetida sempre ao começar o verão.

O problema também ocorre em outros países. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança de Tráfego nas Rodovias (NHTSA, sigla em inglês) dos EUA ocorrem mais de 90.000 acidentes por ano relatados pela polícia envolvendo motoristas sonolentos dos quais mais de 6.000 fatais.

Avanços tecnológicos ajudam a resolver ou mitigar o problema

Lá mesmo nos EUA o Mineta Transportation Institute já tem um protótipo funcional para detectar sonolência ao dirigir e ajudar a salvar vidas. O sistema desenvolvido é composto por uma webcam e um radar microDoppler para coleta de dados e treinamento dos modelos de aprendizado de máquina.  Pode contar as piscadas de olhos realizadas em um minuto, número de bocejos e detectar quedas de cabeça para avaliar se o motorista está sonolento.

Resultados preliminares apontaram precisão média de 95%. O conjunto de dados, obtidos com mais de 2.400 voluntários, coletam 1.728 imagens de cada motorista. Foram selecionadas pessoas com diferentes origens étnicas, faixas etárias e gêneros, com e sem óculos.

No entanto está quase pronta uma nova tecnologia desenvolvida pela Hyundai Mobis. Utiliza ondas cerebrais para monitorar o estado de atenção de quem está ao volante. Além de reduzir a sonolência após as refeições em 30%, reduz para um terço o tempo necessário para recuperar a atenção.

Chamado de M.Brain capta a condição de alerta por meio de um par de fones de ouvido que monitora as ondas cerebrais ao redor das orelhas. Quando o motorista fica desatento, usa recursos visuais, vibração no assento e sons de alarme para ajudá-lo a focar de novo no controle do volante e pedais em 2,2 segundos no máximo contra 6,7 em situações comuns. O sistema reduz em 20% a direção desatenta em rodovias que poderia resultar em um grande acidente.

Os controles de vigilância conhecidos até agora atuam por meio de biossinais como as pupilas dos olhos ou o ato de bocejar. O M.Brain pode ajudar os motoristas a olhar para frente rapidamente, quando cochilam ou olham para outro lugar enquanto dirigem.

Hoje os assistentes de atenção ao volante, em geral identificados no quadro de instrumentos por uma xícara de café (que, aliás, pode mitigar, mas sem resolver o problema), estão em modelos de várias marcas. A Mercedes-Benz, uma das primeiras a adotar esse recurso, listou as limitações e as possibilidades de o aviso chegar com atraso ou até não ocorrer.

Se você estiver dirigindo por menos de 30 minutos.

Se a condição da estrada for ruim (piso irregular ou buracos).

Se houver forte vento lateral.

Se adotar um estilo de condução esportivo (altas velocidades nas curvas ou pisando fundo no acelerador).

Se a função de manter a distância do veículo à frente estiver ativa.

Se o relógio estiver ajustado para a hora incorreta.

Se mudar de faixa e variar sua velocidade com frequência.

Detecção de sonolência ou estado de alerta é zerada ao desligar o veículo.

Se soltar o cinto de segurança e abrir a porta do motorista mesmo sem desligar o motor.

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