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Toyota Bandeirante: o 1º carro da marca feito fora do Japão

Jipe desbravador teve trajetória de quatro décadas no Brasil e marcou história de fábrica que será fechada após 60 anos

16/04/2022 - Redação / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Você certamente já viu essas linhas quadradinhas passarem por uma rua ou estrada, acompanhadas por aquele rugido clássico dos motores a diesel. Ícone do fora de estrada no Brasil, o Toyota Bandeirante se confunde com a própria história da indústria automobilística por aqui.  

Ele começou a ser montado em nosso País, a partir de peças importadas, em 1958, inicialmente sob o nome original com que era vendido no Japão (e depois em outros mercados), Land Cruiser. Vinha equipado com motor a gasolina igualmente importado e só estava disponível com capota de lona. 

Em 1962, quando inaugurou sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), a Toyota nacionalizou a produção do utilitário, que passou a trazer sob o capô um motor Mercedes a diesel. E foi aí que, na prática, nascia também sua fama de duro na queda, ou pau para toda obra, você escolhe. 

Daí que rebatizar o modelo como Bandeirante – nome dado aos sertanistas desbravadores do Brasil colonial – fazia todo o sentido, mesmo. Com uma concepção bem simples, mecânica robusta “de caminhão” e aptidão para passar pelo pior (ou nenhum) caminho, o jipão se consagrou no coração do país. 

Com o tempo, ganhou versões fechadas, curta e longa, e picapes – com cabine simples ou dupla. E, também, algumas atualizações estéticas e em freios, câmbio e motor. Sob o seu capô, os motores Mercedes só deixariam de figurar em 1994, com a chegada de um propulsor Dahihatsu/Toyota. 

No básico, porém, o Bandeirante permaneceu praticamente inalterado até sair de linha, em 2001. Àquela altura, o carro já estava completamente defasado em relação aos outros 4x4 disponíveis no mercado – inclusive pela própria Toyota. Ainda assim, deixou uma legião de fãs, dispostos a pagar caro por um bom exemplar usado – e isso acontece ainda hoje. 

Com sua carroceria montada com placas, rebites e parafusos, pousada sobre um chassi clássico, é possível reparar com certa facilidade mesmo os piores danos causados pela corrosão crônica de que o modelo sofre. Tanto que até hoje existem algumas oficinas especializadas nesses carros, focadas em atender aos “toyoteiros”. 

Uma paixão que, para quem “não é do ramo” pode ser até difícil de entender. Aos padrões atuais, ele é um carro duro, barulhento, lento, instável e até perigoso para quem não conhece seus limites. Mas, se quer um bom conselho, não ouse falar mal de um Bandeirante perto de seu dono. 

Recentemente, a Toyota anunciou que pretende fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo, SP, onde hoje produz apenas componentes mecânicos, concentrando suas atividades em outras unidades brasileiras. A operação ali começa a ser desativada no final deste ano, num processo que deve estar concluído em dezembro de 2023. 

Com o fim da fábrica, que como mencionamos foi a primeira da marca fora do Japão, fecha-se também um ciclo na trajetória daquela que, hoje, é a maior produtora de automóveis do mundo. Parte dessa história, no entanto, deve permanecer viva em ruas e estradas brasileiras por um bom tempo ainda, na forma quadrada e barulhenta dos jipes Bandeirante. 

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