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Uso de transporte por app em SP cresce 75% entre mais pobres

Comportamento dos usuários muda na pandemia: mais pobres aumentam uso, enquanto ricos diminuem

13/04/2021 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Uma pesquisa recente da 99, empresa de mobilidade urbana, aponta que entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021 o volume de corridas por aplicativo realizadas pela parcela mais pobre da sociedade aumentou 75% em São Paulo. São levadas em conta as famílias que recebem em média até dois salários mínimos. 

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A desigualdade social após um ano de pandemia de covid-19 chama atenção porque as corridas no mesmo app entre classes com mais poder aquisitivo caíram em 54% na mesma cidade. Neste caso, o público avaliado possui acima de cinco salários mínimos.  

Em âmbito nacional, os números são um pouco menores, mas também evidenciam essa desigualdade. Entre as camadas mais ricas, a queda foi de 41% nas corridas, enquanto o aumento dos pedidos por transporte entre os mais pobres foi de 36%, segundo a pesquisa.  

Para a análise nacional foram separadas quatro faixas de renda, seguindo as definições do IBGE, de acordo com informações do público em seis capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.  

Esse contraste durante a pandemia pode ser explicado da seguinte forma: a faixa com menor renda está recorrendo cada vez mais aos carros por aplicativo como alternativa de mobilidade, já que a maioria não tem outra forma de transporte seguro para cumprir as medidas de distanciamento social. É comum ver imagens de ônibus e trens cheios nas capitais.  

A parcela mais rica passou a utilizar menos os carros por aplicativo, pois o trabalho remoto é uma realidade bem acessível, além de grande parte deste público ter à disposição veículos próprios para se locomover, caso seja necessário. 

De acordo com Lívia Pozzi, diretora de Operações da 99, os dados mostram bem o comportamento do público durante a pandemia.  

"A constatação desse levantamento é reflexo da desigualdade que a pandemia escancarou no Brasil. Pessoas que ganham menos não puderam manter o home office e o isolamento social, pois precisam sair de casa para trabalhar. São profissionais que atuam, em sua maioria, em funções que não permitem o trabalho remoto, como caixas de supermercados, diaristas, porteiros ou atendentes em lojas”, diz Livia. 

“Já os mais ricos puderam permanecer em casa, seja fazendo home office ou utilizando alguma reserva financeira que conseguiram economizar. Além disso, ao sair de casa, as pessoas com maior poder aquisitivo, muitas vezes, possuem carro próprio, o que não é a realidade para os mais pobres", completa. 

De acordo com dados de 2020, nas periferias das grandes cidades do País, 20% dos entrevistados afirmaram que não puderam manter o isolamento social e precisaram trabalhar todos os dias. Outros 32% fizeram apenas de 1 a 3 meses de isolamento, portanto o transporte por aplicativo para classes C e D deve seguir em alta.  

Em São Paulo, 46% dos entrevistados levam em consideração o risco de contágio do coronavírus na hora de escolher qual transporte vão usar para sair de casa. 

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