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30 dias com a Citroën C4 Picasso

Depois do Peugeot 207, chegou a hora de outro francês ser avaliado, mas, dessa vez, o foco é no espaço e conforto

13/01/2010 - Anelisa Lopes, Fernando Pedroso, Guilherme Silva e Rodrigo Ribeiro / Fonte: iCarros

Desde o dia 11 de dezembro, um Citroën C4 Picasso GLX, equipado com câmbio automático de quatro velocidades, ficou na garagem da redação do iCarros para uma avaliação de 30 dias. Neste período, mostramos os prós e contras do modelo. Confira os depoimentos da equipe.

30º dia
Adeus

Após 30 dias em nossa "garagem", o C4 Picasso se despede. Durante este contato de um mês, o monovolume mostrou sua vocação totalmente familiar: espaço e comodidade estão entre seus principais atributos. Esta aptidão, no entanto, não faz dele um carro tão prático para o dia a dia para quem roda no trânsito, já que, com suas dimensões, aliado à falta de um sensor de estacionamento, não tornam muito fácil a tarefa de encontrar vagas. Além disso, o elevado consumo não contribui para rodar diariamente com o carro.

Em relação à mecânica, tanto o motor de 2,0 litros de 143 cv de potência como o câmbio automático com opções de trocas manuais atendem às expectativas de quem prioriza o conforto em um veículo. Os aparatos tecnológicos também servem bem aos passageiros: ar-condicionado dividido em quatro zonas (opcional), freio de estacionamento elétrico, display digital, miolo fixo da direção com comandos, além do espaço abundante para passageiros dianteiros, traseiros e bagagens. (AL)

29º dia
Contagem regressiva da autonomia

Para abastecer o tanque de 60 litros do Picasso com gasolina, gasta-se, em média R$ 115 (em São Paulo). Levando-se em conta o peso do carro (1.511 kg) e o fato de ele ser equipado com câmbio automático, já é sabido que ele não é um modelo econômico.  

Até aí, não há surpresas. O problema está em acompanhar a autonomia do veículo, mostrada no display digital do carro. Existe a impressão de que de 20 em 20 minutos, ou conforme a pressão do pé no pedal do acelerador, a autonomia do veículo cai 5 quilômetros. A Citroën não divulga dados de consumo do modelo, mas, dividindo a autonomia total pelo tamanho do tanque, não está próximo dos 6 km/l, sem abusar do acelerador. Haja paciência para parar no posto a todo momento. (AL) 

28º dia
Facilidades

A Citroën está comemorando 90 anos de história e, nestas nove décadas, é indiscutível o pioneirismo da marca francesa no que diz respeito a algumas tecnologias. A suspensão hidroativa, que trabalha com molas e amortecedores reguláveis, por exemplo, vem de lá. A direção com miolo fixo, com todos os comandos, é outro exemplo.

O C4, apesar do seu apelo familiar, mima seus ocupantes com diversos sistemas, sejam eles de segurança, conforto ou estética. Alguns, como no caso do perfumador de ambientes, são um capricho, mas há outros dois cuja funcionalidade vale a pena destacar.

Um deles é o freio de estacionamento elétrico automático, com sistema de ajuda de saída em aclives. O famoso freio de mão é acionado por meio de uma pequena alavanca em frente ao computador de bordo. E pode ser desativado manualmente ou automaticamente quando há aceleração. Já nas subidas, segura o carro para que o motorista não cante pneu.

O segundo é um desenho que aparece ao lado do computador de bordo com todos os pontos que fixam o cinto de segurança dentro do veículo. Caso o passageiro traseiro do meio solte o cinto, por exemplo, o desenho parace com um ponto intermitente no local, acompanhado de um bipe. (AL)

27º dia
Porta-copos

Solução recorrente de conforto por parte das montadoras, os porta-copos ajudam - e muito - nas viagens e quando crianças são transportadas no carro. O C4 Picasso possui cinco, sendo dois na parte refrigerada, logo abaixo do rádio, um no assoalho, onde fica o câmbio (como a alavanca do monovolume está na direção, o espaço foi dedicado para carregar objetos) e os outros dois nas mesinhas traseiras, do tipo avião, nas costas dos bancos dianteiros.

Para mim, os porta-copos mostram sua eficiência quando passo por alguma drive-tru. Nesta hora, arrumar espaço para acomodar lanches e bebidas, sem derrubá-los, é uma tarefa quase que impossível dentro de um carro que não tenha porta-copo ou espaço para levar a tralha. 

O teste do porta-copo do C4 Picasso foi feito com uma garrafa de água. Quando foi posicionada na portinha do compartimento refrigerado (deixando o espaço aberto), a garrafa voou na primeira curva. E as outras tentativas tiveram o resultado semelhante: garrafa no chão. O mesmo aconteceu quando ela foi colocada no porta-coposo do assoalho. E, nas mesinhas traseiras, ele é somente decorativo, pois a profundidade é mínima para segurar qualquer objeto. (AL)

26º dia
Orquestra

O C4 Picasso marca pouco mais de 15.200 quilômetros no hodômetro. Para um carro comum, ou seja, conduzido por uma pessoa ou uma família apenas, a quilometragem ainda pode ser considerada baixa e o carro "novo". Levando-se em conta que o modelo é destinado a diversos veículos de comunicação para este tipo de avaliação ao longo do ano, chegar a esta quilometragem significa que o carro já foi testado sob as mais diversas condições.

Em consequência dissso, percebem-se vários ruídos no monovolume. Eles vêm do painel, dos para-sois retráteis, enfim, a carroceria, em velocidades superiores a 90 km/h em terrenos irregulares, vira uma orquestra só. (AL)

25º dia
ESP para quê parte II

Nas mãos de Rodrigo Ribeiro, o monovolume não mostrou o ESP (controle de estabilidade) em funcionamento, mesmo contornando curvas sinuosas. Comigo, no entanto, ao tentar subir uma ladeira na qual um caminhão tinha acabado de derrubar óleo, o tal do ESP mostrou a que veio.

Com o carro estacionado, já estava pensando na volta que ia ter de dar no quarteirão para subir com o carro. Quando acelerei, as rodas começaram a patinar no asfalto liso, mas logo o ESP entrou em ação, controlando a direção do veículo e garantindo a dirigibilidade. Missão cumprida. (AL)

24º Dia
Vitrine ambulante
Como é comum na maior parte dos carros de fábrica destinados à avaliação por parte da imprensa, a C4 Picasso não tem insufilme nos vidros. O que é um alento na hora das manobras no shopping, uma vez que o ambiente mais escuro pode se tornar incômodo para os mais assustados. Destacando-se naturalmente pelo seu tamanho e design diferentes, a C4 Picasso atrai uma atenção que nem todos podem querer - sem película nos vidros, às vezes sente-se uma vitrine ambulante.

Contudo, apesar da insegurança das grandes cidades tornar o uso do insugfilme quase obrigatório, na C4 Picasso ele tira um pouco do charme, principalmente do para-brisas panorâmico. Entre ficar na vitrine e ter de baixar os vidros para conseguir manobrar à noite, fico com a primeira opção. (RR)

23º Dia
Limitador de multas
Último dia de viagem, hora de voltar à estrada - mas não para São Paulo, ainda. Distante 44 km de São João, Poços de Caldas (MG) é conhecida pelas belas construções de época e pela rigorosa fiscalização de velocidade. No caminho, um trecho com radares de 30 km/h e 40 km/h. Útil para evitar multas, o limitador corta o acelerador ao chegar na velocidade programada - só precisa ficar atento em descidas, quando o limitador nem o controlador de velocidade são capazes de impedir a aceleração do carro.

No retorno a São Paulo, um pequeno trecho de trânsito na chegada da capital paulista mostrou que, apesar de lento na maior parte das situações e pouco suave, o câmbio automático é bem-vindo no anda e para das estradas em feriados. A fumaça dos caminhões não entrou na cabine graças ao recirculador automático, que fecha a entrada de ar externo ao primeiro sinal de fumaça e material particulado. (RR)

22º Dia
Como se desliga isso?
Tendo um consumo misto de 8,5 km/l, a C4 Picasso levou a família para Águas da Prata (SP), cidade conhecida pelas fontes de água mineral. Mas mantendo o clima caóticos dos últimos meses, o monovolume não só carregou alguns galões de água como também enfrentou uma leve garoa na viagem de retorno para São João. Apesar de fraca, a chuva fez com que o limpador automático ficasse em velocidade constante, gerando ruídos provocados pelo já aparente desgaste das palhetas.

A solução foi desligá-lo, já que a própria velocidade do carro limpava o enorme pára-brisas. Mas como se faz isso? Segundo a aleta de acionamento, os limpadores possuem cinco configurações: rápido, lento, intermitente, desligado e automático. Mas, ao sair do modo automático, os limpadores entravam em modo intermitente, que só foi desligado (sozinho) quando a garoa parou. Vai entender.

Também com acionamento automático, os farois requerem atenção especial do motorista: com ajuste elétrico manual, o facho do farol baixo deve ser regulado de acordo com o número de ocupantes e volume de carga, para evitar o ofuscamento do contra-fluxo. O ajuste automático, como nos farois de xenônio atuais, seria o ideal, visto que a regulagem elétrica é desconhecida (e ignorada) pela maior parte dos motoristas. (RR)

21º Dia
Cuidado com as crianças
Toda virada de ano meus avós fazem questão da presença de todos os netos, dos mais velhos até os últimos a chegarem ao mundo. E manobrar carros com crianças por perto sempre requer dose triplicada de atenção. A posição elevada de dirigir e a grande área envidraçada da C4 Picasso ajuda na cidade, mas de nada adianta em algumas manobras, pois os objetos pequenos (como um primo de três anos) ficam escondidos dos retrovisores.

Nesta hora, surge, na minha opinião, a maior falha da C4 Picasso: a ausência de sensores de estacionamento. Um equipamento tão barato e essencial para o conforto e segurança nas manobras não pode ficar de fora em um monovolume do porte da C4 Picasso. A solução para evitar sustos era segurar o pequeno Vinicius sempre que eu fosse sair com o Citroën. O equipamento só está disponível na Grand C4 Picasso, que também usa o dispositivo para medir o tamanho de vagas e avisar se o carro cabe nela.

Se o carro é perigoso para os mais jovens do lado de fora, no habitáculo é o contrário: o controle que bloqueia o acionamento dos vidros elétricos traseiros também aciona a proteção na fechadura, evitando o acionamento manual da proteção nas portas traseiras toda hora em que uma criança estiver a bordo, como na maioria dos carros quatro portas. Os mais velhos também saem ganhando, graças aos bancos mais altos, que evitam o contorcionismo doloroso aos mais idosos na hora de entrar e sair do carro. Vovó e netinho aprovaram. (RR)

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