Andamos na Carens, a nova minivan da Kia

Depois da chegada da Renault Grand Scénic e da Citroën C4 Grand Picasso, mais uma minivan para sete passageiros chegou ao mercado para disputar vendas com a Chevrolet Zafira. É a Kia Carens, que o iCarros avaliou com exclusividade em Itu, interior de São Paulo. Em uma olhada por fora, percebe-se que ela é curta, tem 4,5 metros de comprimento. Mas tal percepção fica só na impressão. Ela tem exatamente o mesmo tamanho da Grand Scénic e é nove centímetros menor que a C4 Grand Picasso. Na frente, chamam a atenção os grandes faróis biparábolas e a grade de formato irregular. Na traseira, as lanternas fazem uma curva em direção à tampa do porta-malas, que tem um desenho limpo. Nas laterais, as rodas de 16 polegadas estão proporcionais ao tamanho do carro. O conjunto vai dividir opiniões. Por dentro há espaço de sobra para cinco ocupantes. Todos eles podem acomodar ombros e pernas, inclusive no banco traseiro, que é rebatível em 60/40. Na terceira fila de bancos, que salta do assoalho do porta-malas, apenas duas crianças vão viajar com conforto. Vale lembrar que os assentos vêm revestidos de couro. Com sete passageiros, o bagageiro tem capacidade para 220 litros. Configurado para cinco pessoas, sobe para 400 litros. Para o motorista, tudo fica a mão. No volante está um controle das funções básicas do som. Logo ao lado, em posição elevada, o ar-condicionado digital. A alavanca do câmbio está no console, o que facilita o alcance para as trocas manuais. Tudo facilitado pelos ajustes elétricos do banco do condutor. O pênalti da ergonomia está nos instrumentos, mais voltados para os passageiros que para o condutor. É nele onde se encontra a tela do computador de bordo, com controles pela haste do limpador de pára-brisa. Entre os itens de conveniência, também estão as travas com alarme por controle remoto e sensor de estacionamento no pára-choque traseiro. Desempenho e câmbio são os destaques da Carens Está certo que não se pode esperar um desempenho esportivo de uma minivan familiar, mas a Kia chama a atenção para a potência da Carens: 149 cv a 6.000 rpm, a maior da categoria. O torque é de 19,5 kgfm a 4.250 rpm. Ao acelerar, não é possível sentir tanta diferença. Ela anda o suficiente para a proposta do modelo e retoma com facilidade. Em uma simulação de ultrapassagem, ela não deixou a desejar, mas reduziu para a terceira marcha. Em modo manual, a caixa de cinco velocidades fez trocas rápidas e não desobedeceu a vontade do motorista. Só agiu sozinha nos limites de rotação. Em modo automático, se mostrou bem escalonado, mas fez algumas reduções que seriam desnecessárias. Não foram divulgados os números de consumo, mas o motor 2.0 16V é movido somente a gasolina. Entre as rivais, apenas a Chevrolet Zafira é flex. A suspensão é confortável sem ser mole. Em uma curva fechada, se mostrou estável desde que esteja dentro de uma velocidade segura. Se forçar, pode escapar de traseira. Os freios são ABS com assistência EBD tem discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Falando em segurança, a Carens já vem com seis airbags, cintos de segurança com pré-tensionadores e apoios de cabeça dianteiros ativos, que se erguem em caso de colisão. Custo é menor que as rivais importadas A Kia Carens chega importada da Coréia do Sul em uma única versão por R$ 79.900. Ela é mais cara apenas que a Chevrolet Zafira Elite, que custa R$ 78.652. A Renault Grand Scénic sai por R$ 87.990 e a Citroën Grand C4 Picasso por R$ 89.800. A garantia da sul-coreana é de cinco anos sem limite de quilometragem. A Renault tem garantia de três anos e as outras de apenas um. Teste drive feito a convite da Kia