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Jimny: pequeno no asfalto, gigante fora dele

Nacionalizado, modelo da Suzuki promete diversão barata no fora-de-estrada. Modelo de entrada custa R$ 55.990

22/02/2013 - Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros

Com preço superior a R$ 50 mil, importado e um porte pequeno, o Suzuki Jimny não é vista comum nas ruas brasileiras. Essa situação, porém, a marca quer mudar a partir de agora, com o início da produção nacional do modelo. Oferecido nas versões 4All, de entrada, 4Sun, com teto-solar, 4Sport, preparado para trilhas, e 4Work, que será vendido apenas à empresas, o Jimny é fabricado desde o final de 2012 em Itumbiara (GO), mas seu preço continua salgado: o pequeno jipe não sai por menos de R$ 55.990, enquanto são cobrados R$ 59.990 pela versão com teto-solar e R$ 61.990 pela versão esportiva.

Luiz Rosenfeld, presidente da Suzuki Veículos do Brasil, porém, crê que o preço será uma barreira a ser derrubada: “O Jimny tem a posição elevada de dirigir de um SUV, mas com metade do tamanho, e ainda conta com tração 4x4 com caixa de redução, como um jipe de verdade. Com o tempo, o mercado vai perceber as qualidades do carro”.

A empresa gastou R$ 150 milhões para poder chamar o Jimny de nacional. Isso inclui aquisição de terreno, construções, aquisição de ferramental e outros gastos. Com capacidade para produzir até 7.000 veículos por ano, a planta goiana atende com sobras a expectativa de vendas do modelo, de cerca de 2.000 unidades ao longo de 2013. Isso adianta que a Suzuki poderia estar planejando a fabricação de outro modelo por aqui, o que é confirmado por Rosenfeld: “Não ficaremos só no Jimny, mas ainda não batemos o martelo sobre qual será o próximo modelo a ser produzido.”

Carro por metro quadrado

Sem alterações significativas para ser montado no Brasil, Jimny mede 3,7m de comprimento, 1,6m de largura e 1,7m de altura. Com pouco tamanho e pouco peso - são 1.060 kg, menos que alguns carros populares, a Suzuki pôde manter um motor proporcional: o carro é equipado com um propulsor 1.3 16V somente a gasolina de 85 cv. O câmbio é manual de cinco velocidades. De série, apenas direção hidráulica, ar-condicionado e acionamento elétrico de vidros, travas e espelhos.

São 20 cm de distância livre em relação ao solo e 2,25m de entreeixos, deixando o design um tanto caricato e, ao mesmo tempo, favorece o uso em condições severas. Dotado de rodas de 15 polegadas desproporcionais ao tamanho da carroceria e faróis grandes, o jipe mais parece ter saído de uma história em quadrinhos. Sabendo desse carisma do modelo, a Suzuki investiu em cores pouco ortodoxas, oferecendo além de branco, prata e preto, algumas tonalidades de verde, azul, roxo e até mesmo rosa.

Com preços podendo ultrapassar os R$ 60 mil, o modelo da Suzuki se aproxima de modelos de porte maior, como o Mitsubishi TR4 e o Hyundai Tucson. Felizmente, carro não é casa e não deve ser comprado por metro quadrado. É exatamente o tamanho do diminuto Jimny que o descola da concorrência e faz com que seu preço não assuste tanto. Basta lembrar que nenhum dos dois concorrentes citados possui tração nas quatro rodas nas versões de entrada, muito menos uma caixa reduzida.

Trabalho de formiga

Assim como o inseto, o Jimny faz mais do que seu tamanho sugere. Tudo bem, ele é alto e pequeno, o que facilita o uso no asfalto, mas é quando ele acaba que as capacidades do jipe vêm à tona e mal cabem dentro do carro.

Leve, o carro é ágil na lama e nas pedras, enquanto a maior altura em relação ao solo e as rodas situadas nas extremidades do carro fazem o Jimny superar terrenos acidentados. O sistema de tração integral é de grande ajuda nessas horas e é acionado por meio de botões no painel. Apesar da potência modesta do motor, o jipe não sofre com falta de potência, graças ao baixo peso. Nas situações mais difíceis, a caixa de redução da mais força para empurrar o carro.

Sendo um modelo alto e estreito, não há milagre: o carro rola em curvas. Apesar disso, em nenhum momento transmitiu insegurança, pois, apesar do movimento da cabine, os pneus não desgarraram com facilidade no asfalto. Apesar de a suspensa transmitir um pouco dos solavancos aos passageiros, o modelo não chega a ser desconfortável.

Menos é mais

Por dentro a cabine é simples e pequena, assim o carro. Não espere nenhum luxo dentro da cabine. O carro tem direção hidráulica, vidros, travas e espelhos com acionamento elétrico e ar-condicionado. Mas é só. Sua proposta é ser bem despojado. O espaço para a cabeça é bom, mas motorista e passageiro não ficam longe um do outro, enquanto os ombros ficam próximos às portas. O banco traseiro leva dois passageiros, mas não dos grandes, pois estes ficam espremidos entre as rodas traseiras. O acabamento mostra sinais da idade - a atual geração é de 1998, mas é bem feito. Apertado e simples, o jipe “veste” o motorista e todos os comandos são intuitivos e de fácil acesso. É como se bastasse virar a chave para se familiarizar com o carro.

É toda essa simplicidade do Jimny que cativa ao olhar. É um modelo descomplicado, não assusta. Basta entrar e virar a chave para se familiarizar com o carro. Com pequenas proporções, o carro manobra com facilidade e cabe em vagas que outros SUVs sequer pensariam em parar.

Seja na hora de estacionar numa vaga apertada ou de pegar uma estrada de terra após uma chuva, o Jimny contraria a primeira impressão de fragilidade que seu porte e acabamento simples sugerem. Como um colega jornalista lembrou: “O que esse carro faz fora da estrada não cabe dentro dele.”

Apesar de o jipe não ser nenhuma pechincha, a Suzuki está investindo num público que busca no carro uma ferramenta multiuso que uma facilidade de condução, diferenciação e diversão.

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