Foi interessante perceber que, mesmo mudando com o tempo, o interior também manteve uma identidade, característica marcante da Mercedes-Benz. Os botões dos faróis, a posição da liberação do freio de estacionamento e até mesmo o atrapalhado comando do controle de velocidade ficam no mesmo lugar. O padrão de acabamento também faz juz à fama conquistada pelas mais de 10 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.
Posição de dirigir estranha no começo, mas motor agradaAo entrar para dirigir o nova Classe E depois de ter conhecido seus antepassados, é possível reconhecer um defeito genético: o volante é deslocado para a direita. A explicação da Mercedes-Benz está pelo grande túnel central, por onde passa o eixo cardã da tração traseira. Pelo mesmo motivo, um quinto ocupante do carro que senta no meio do banco traseiro vai ficar um tanto quanto desconfortável.
Mesmo assim, os ocupantes da frente não ficarão desassistidos. Os bancos têm controle elétrico com três memórias. Há até um ajuste que abre ou fecha os apoios laterais, dando conforto em velocidades baixas, ou segurando o corpo em um modo de direção mais esportiva.
Mas é questão de tempo até se acostumar. Com a chave no bolso e um clique no botão de ignição já dá para ouvir um V6 de 3,5 litros trabalhando. Ele rende 272 cv de potência a 6.000 rpm e 35 kgfm de torque entre 2.400 a 5.000 giros. Acoplado a ele está um câmbio de sete marchas com opção de trocas sequenciais por borboletas atrás do volante. É lá também que fica a alavanca da caixa. Tudo para livrar o espaço no console central para abrigar um grande porta-objetos.
O conta-giros sobe rápido e o câmbio responde bem aos desejos do motorista tanto no modo automático como no sequencial. A barca ganha velocidade com facilidade e chama bastante a atenção o conforto que os ocupantes têm a bordo, sem com que o motorista fique inseguro ao fazer curvas.
Levar o Classe E ao limite é difícil, mas caso o piloto consiga tirar o sedã do sério, um controle de estabilidade está lá para ajudar. Ao longo do teste drive, que saiu do Rio de Janeiro e foi até São Paulo, passando pela cidade turística de Angra dos Reis (RJ), o carro se saiu bem tanto na rodovia sinuosa Rio-Santos como em trechos urbanos, inclusive com solos bem esburacados.
De acordo com a Mercedes, o E350 acelera de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e para nos 250 km/h por causa do limitador eletrônico instalado em carros de algumas marcas alemãs. O consumo urbano declarado é de 7,5 km/l, enquanto na estrada, o prometido é de 14,5 km/l.
Já o E500 traz debaixo do capô um motor V8 de 5,5 litros de 388 cv a 6.000 rpm e 53 kgfm entre 2.800 e 4.800 rpm. O câmbio é o mesmo da irmã menor. A fabricante promete aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos e os mesmos 250 km/h de máxima. O consumo urbano é de 6,1 km/l e o rodoviário é de 13 km/l.
O E 63 AMG ainda não chegou, mas vale citar que terá um V8 de 6,2 l com 525 cv a 6.800 giros e torque de 63 kgfm a 5.200 rpm. O esportivo acelera até os 100 km/h em 4,5 segundos e roda 5,3 km na cidade e 10,9 km na estrada com um litro de gasolina.
Viagem feita a convite da Mercedes-Benz do Brasil