O galpão da nova linha de montagem da Harley-Davidson, inaugurada oficialmente em 26 de março
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Staff da Harley-Davidson na inauguração da nova linha de montagem em Manaus (AM)
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Staff da Harley-Davidson na coletiva de imprensa
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Keith E. Wandell, CEO da HD, e Longino Morawski, diretor-superintendente da marca no Brasil
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Eliel Soares já rodou 60 mil quilômetros de harleysem sair da cabine de teste
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Funcionário trabalha na montagem do V2, considerado o coração de toda Harley-Davidson
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Motos expostas no hall de entrada da nova linha de montagem da Harley-Davidson
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A montagem de uma Harley-Davidson pode demorar até 35 minutos
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Linha de montagem principal na nova planta fabril da Harley em Manaus (AM)
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Motos HD aguardando teste dinâmicos no "roll test"
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Totalmente montados, os big Twins da Harley esperam entrar na linha de montagem
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A linha VRod também e montada em Manaus (AM)
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A inauguração oficial da linha de montagem feita de uma forma pouco ortodoxa
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As bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos na recepção da Harley-Davidson em Manaus (AM)
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A placa está fixada na entrada da nova linha de montagem da Harley em Manaus (AM)
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Com a presença do alto escalão da Harley-Davidson Inc (EUA) - Keith E. Wandell, chairman, presidente e CEO da marca e Mark Van Genderen, vice-presidente para a América Latina -, a montadora americana inaugurou oficialmente, em 26 de março, sua nova unidade de montagem em Manaus (AM). Maior e mais moderna da que entrou em operação em 1999 e foi a primeira linha de montagem CKD (Complete Knock-Down, processo no qual todas as peças chegam desmontadas e o conjunto é montado no Brasil) fora dos Estados Unidos. A nova unidade fabril tem 10 mil m² de área construída. Hoje, a Harley-Davidson tem quatro fábricas nos Estados Unidos e outra na Índia, também sob o regime de CKD e que começou a operar em 2010. Além, é claro, da nova planta na capital do Estado do Amazonas.
A inauguração oficial foi feita de forma inusitada. Em vez da tradicional fita e tesoura, foram usadas correntes que foram presas em duas motos HD Heritage Softail, brancas. Dois funcionários seguravam as correntes enquanto o terceiro cortava os elos com uma serra elétrica. Uma ação bem ao estilo Harley-Davidson, que completa 110 anos ano que vem.
Há muito tempo a Harley-Davidson reconheceu o potencial do Brasil, motivo pelo qual abrimos a linha de montagem original em Manaus há mais de uma década. Hoje, com a nova fase da marca no País, nova linha de montagem de nossas motos, podemos oferecer melhores serviços aos nossos consumidores e uma experiência com a marca nunca vista antes no Brasil. Faz parte de nossa estratégia, como uma empresa que está muito próxima ao cliente, renovar continuamente esta marca ícônica e superar as expectativas dos consumidores em todo o mundo, afirma Keith Wandell, CEO da Harley-Davidson.
De acordo com as vendas de varejo da Harley-Davidson em 2011, o vice-presidente da Harley para a América Latina, Mark Van Genderen, acredita que o Brasil está entre os dez maiores mercados mundiais e, com certeza, é o maior na América Latina. O Brasil é um exemplo perfeito de nossa estratégia de crescimento. Esperamos que 40% de nossas vendas venham de mercados fora dos Estados Unidos até 2014 e o Brasil é peça fundamental neste processo, explica Van Genderen, dizendo que a Harley-Davidson também planeja abrir entre 100 e 150 concessionárias fora dos Estados Unidos até 2014 para suportar esse crescimento.
Segundo Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da marca no Brasil, a Harley irá inaugurar ainda este ano mais sete novas concessionárias no País - Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP). A meta para 2015 é termos entre 40 e 50 concessionárias Harley espalhadas pelo País, prevê Longino.
Chão de fábrica
Localizada no bairro de Tarumã, há 10 minutos apenas do badalado bairro de Ponta Negra e completamente fora do Polo Industrial de Manaus (PIM), a nova planta funciona sob o regime CKD é responsável por montar 18 de um total de 19 modelos da Harley-Davidson vendidos atualmente no Brasil, além de dois modelos para uso militar.
Em um terreno de 20 mil m², o novo galpão da Harley em Manaus tem 10 mil m² de área construída. Todo o processo encontra-se em um único pavilhão plano, oferecendo mais velocidade nas operações de montagem das motocicletas, todos os componentes estão separados, até mesmo o motor precisa ser totalmente montado.
São, basicamente, cinco estações de trabalho, fora a as áreas de embalagem e logística. A primeira estação recebe todas as matérias-primas e insumos, que rapidamente são separados e organizados em uma segunda área de trabalho. A linha de montagem do motor é considerada o coração da fábrica. Lá, em sete miniestações uma exclusiva para os propulsores da VRod. Cada colaborador é responsável por todas as etapas de fabricação do VTwin mais famoso do mundo. A operação conta com ferramentas manuais e pneumáticas, todas calibradas para manter um só padrão. A montagem de um propulsor demora entre 1h30 e 2h50, dependendo do modelo e da complexidade da operação.
Na nova unidade da Harley há duas linhas de montagem, uma principal e outra auxiliar, na qual vão sendo montados vários conjuntos: guidão, espelho, manoplas; suspensão dianteira, com a mesa inferior, além de rodas e pneus. A operação da linha principal começa com a junção do motor ao quadro. A produção de uma motocicleta HD varia entre 14 a 35 minutos, de acordo com o modelo. Hoje a capacidade da planta é de 500 motos por mês, reflexo das vendas. Atualmente são montadas 30 motos/dia. Mas em virtude da flexibilidade na produção este número pode aumentar e, assim, responder rapidamente às demandas do mercado.
A última etapa da montagem de uma Harley-Davidson é também uma das mais importantes. Os testes visuais, que verifica a parte estética da moto, e dinâmicos, no qual são realizados vários testes: motor, câmbio, parte elétrica etc. As novas instalações da Harley-Davidson do Brasil em Manaus contam atualmente com 110 colaboradores diretos e indiretos, que trabalham em turno único e são os responsáveis pelo abastecimento das motos HD apenas o mercado interno. Os outros mercados latino-americanos são abastecidos pelas motos fabricadas nos Estados Unidos.
O experiente e o mais rodado
O supervisor de qualidade Waldir Pontes trabalha na linha de montagem da Harley-Davidson em Manaus desde 1999. Orgulhoso, traz no peito o crachá de número 005. Hoje sou o funcionário mais experiente da unidade, não o mais velho, brinca.
Com relação a nova planta fabril, o supervisor de qualidade é categórico: A Harley construiu uma unidade mais bonita e mais produtiva. Aqui todos os processos sofreram uma evolução dentro das mais rígidas normas da qualidade de produção e em uma maior agilidade na montagem das motos, conta Pontes, um apaixonado por motocicletas e que tem em sua garagem uma HD Iron 883, modelo 2011.
Da qualidade aos testes dinâmicos. Não há em Manaus nenhum motociclista que tenha pilotado mais Harleys que Eliel Soares. Em seis anos ele avaliou quase 15 mil unidades e percorreu cerca de 60 mil quilômetros sem sair do lugar. Isso mesmo! Eliel é o test-rider da Harley-Davidson na capital do Estado do Amazonas. Cada moto que passa por ele roda entre quatro e seis quilômetros. Ali, numa cabine fechada, uma espécie de aquário (roll test, traduzindo: avaliação no rolo/dinamômetro), o funcionário faz uma simulação de pilotagem e testa motor, suspensão e freios. Além disso, Soares verifica a montagem, parte estética, funcionamento e parte elétrica.
HD no mercado premium
A Harley-Davidson fechou 2011 com um bom resultado de vendas. Somente de abril a dezembro do ano passado foram emplacadas 4.322 unidades da marca, número superior às 4.053 novas motos HD licenciadas durante 2010. Com isso, a marca respondeu por cerca de 10% do mercado de motos premium no Brasil no ano passado.
Para Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil, a marca está vendendo uma média de 500 motos por mês. No segundo semestre este número deve aumentar em função da inauguração das novas concessionárias, explica o executivo da subsidiária brasileira.
Viagem a convite da Harley-Davidson do Brasil