05/08/2009 - Fernando Pedroso, de Foz do Iguaçu (PR) / Fonte: iCarros
Na Europa, no Japão e nos Estados Unidos, carros elétricos e híbridos já são realidade. Por aqui, tudo ainda engatinha, mas já começam a aparecer os primeiros sinais de evolução. A Fiat, em parceria com a usina Itaipu Binacional, já desenvolve desde 2006 uma Palio Weekend 100% elétrica. Fomos, então, até a hidroelétrica dividida entre Brasil e Paraguai para ver como anda, literalmente, o projeto.
A parte mecânica da perua vem da Suíça, com equipamentos fabricados pela KWO. A montagem é feita dentro da própria usina, onde a carroceria recebe motor, transmissão e baterias. A suspensão é reforçada, diferentemente da Palio Weekend que está à venda com motor a combustão.
O propulsor elétrico da perua gera potência máxima de 15 Kw (20 cv) e torque máximo de 5,1 kgfm. A aceleração de 0 a 60 km/h acontece em 9 segundos e a velocidade máxima é de 100 km/h, desempenho suficiente para o trânsito urbano. A refrigeração é feita a água. A bateria de níquel fica no porta-malas e pode ser recarregada em qualquer tomada doméstica em até oito horas. A autonomia em velocidade máxima é de 120 km.
Como não há câmbio, o motor é ligado diretamente no diferencial dianteiro. A alavanca dá apenas três opções, sendo elas N (neutro), D (drive) e R (ré). A posições são alternadas com leves toques na alavanca. Outra diferença interna é um display logo acima do rádio. Nele, são mostradas informações sobre energia gasta, nível da bateria, temperatura, tensão e corrente. O painel de instrumentos conta apenas com velocímetro, hodômetro e algumas luzes de sinalização.
Como é dirigir um elétrico
Ao dirigir, as diferenças já começam ao ligar o veículo. Como não há motor de arranque, basta dar um leve toque na chave para dar a partida. O motorista só vai saber que o carro está funcionando se olhar no display ou se foi muito atento ao ruído quase imperceptível.
Basta acelerar para colocar a Palio Weekend em movimento. O torque é impressionante em baixa rotação. Chega a cantar pneus em arrancadas. A aceleração é rápida até os 60 km/h, mas o rendimento cai até alcançar os 100 km/h. Segundo os técnicos de Itaipu que acompanharam o teste, a aceleração de 60 km/h até a velocidade máxima demora 28 segundos, totalizando 37 segundos de 0 a 100 km/h.
Os modelos fabricados são básicos, sem ar-condicionado ou direção assistida, mas há estudos para implantar estes equipamentos de conforto. Foram fabricadas 21 unidades, de uso exclusivo das parceiras do projeto. A Fiat e a usina Itaipu planejam produzir 50 veículos até o final do primeiro semestre de 2010.
O maior porém, no entanto, está no custo de produção de cada unidade. Com a importação de peças da Suíça, cada carro fica pronto em uma semana, mas ao custo de R$ 145 mil, inviável para a comercialização. Além disso, o projeto tropeça com o tamanho e o peso de 85 quilos da bateria, que ocupa praticamente todo o porta-malas da perua.
Viagem feita a convite da Fiat
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