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CLA 180, o Mercedes-Benz mais barato do Brasil | Avaliação

Por um preço próximo ao de um Toyota Corolla ou de um Honda Civic, é possível ter um Mercedes-Benz na garagem

14/08/2018 - João Brigato / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Isto pode até soar estranho para os brasileiros, mas na Europa as marcas de luxo produzem versões baratas de seus carros, especialmente os compactos. São variantes com calotas, menos equipamentos e algumas regalias a menos para colocá-los no embate com modelos de marcas de grande volume. Por aqui, o status buscado pelos compradores de Mercedes-Benz, Audi e BMW quase sempre afastou esse tipo de estratégia. Ao menos até agora.

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Em um passado não tão distante, a Mercedes-Benz se aventurou nesse segmento com o Classe A nacional, que possuía versões com calotas, vidros traseiros manuais e uma lista de itens de série pouco além do que um hatch médio oferecia. A realidade do mercado é outra e é preciso ter modelos mais completos, mesmo que a ideia seja ser barato. E exatamente essa fórmula que a Daimler buscou com o novo CLA 180, o Mercedes-Benz mais barato do Brasil.

Sedã ou cupê?

Tabelado em R$ 137.900, o Mercedes-Benz CLA 180 chega próximo à faixa de preço das versões mais caras de sedãs médios como Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze. Porém, a pegada do Mercedes é outra. Para começar, ele é um cupê de quatro portas, não um sedã. Na prática, isso significa que ele abre mão da praticidade e do espaço interno em favor de uma carroceria compacta, com teto baixo e perfil esportivo.

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Para tanto, ele está mais para Chevrolet Prisma do que para Toyota Corolla em porte. São 4,63 m de comprimento, 2,03 m de largura, apenas 1,43 de altura e 2,69 de entre-eixos. Isso se reflete no espaço interno: apesar da boa área para motorista e passageiro dianteiro, quem senta atrás sofre com o teto baixo e o espaço reduzido para as pernas. É um sacrifício a ser feito em nome do estilo. Ao menos o porta-malas é maior que muito sedã por aí, já que são 470 litros de capacidade.

É esportivo ou não?

Olhando a ficha técnica do Mercedes-Benz CLA 180, é possível imaginar que a esportividade não passa do visual. Porém, o motor 1.6 quatro cilindros turbo de 122 cv e 20,4 kgfm de torque auxiliado pela transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas deixa o Mercedes-Benz bem divertido. Ele tem respostas rápidas e acelera com vigor quanto solicitado. Em situações de ultrapassagem, o motor entrega força suficiente para não passar aperto.

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A transmissão tem trocas imperceptíveis e rápidas, uma das vantagens dos sistemas de dupla embreagem. Já a redução, não é tão instantânea assim. É preciso alguns segundos entre pisar mais forte no acelerador e o CLA reduzir até duas marchas para ganhar velocidade. Outra questão pontual do funcionamento desse câmbio é que a primeira marcha é engatada somente com o carro totalmente parado. Em situações de trânsito pesado, manter a segunda marcha faz o Mercedes vibrar um pouco e perder força.

Outro aspecto da esportividade do CLA 180 está na sua suspensão. Ela é bastante firme, não ao ponto de ser desconfortável em vias de manutenção ruim, apesar de cada pequeno relevo ser sentido pelo motorista. Os pneus run-flat ajudam nessa perceptível rigidez ao rodar. Em velocidades mais altas e em curvas, o cupê compacto da Mercedes se mantém firme e estável – dificilmente ele desgarra de uma curva. A direção compactua para isso, sendo bastante direta e com bom peso. Por ser progressiva, ela é bastante leve nas manobras, enquanto em velocidades mais altas, entrega a firmeza necessária.

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Entre os aparatos tecnológicos, o CLA 180 conta com seletor de três componentes mecânicos: motor, direção e transmissão. Para cada um deles, há modos como Eco, Sport e Comfort. Na prática, independentemente do modo selecionado, o comportamento dinâmico do CLA é o mesmo. Não há redução perceptível na eficiência do acelerador ou na velocidade das trocas de marcha.

Um legítimo Mercedes-Benz?

Para custar menos que todos os outros Mercedes-Benz atualmente vendidos pela marca, foi preciso um certo sacrifício por parte do CLA 180. A lista de itens de série é completa, mas alguns itens fazem falta. A versão sai de fábrica com bancos revestidos de tecido e couro, ar-condicionado analógico de uma zona, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, seis airbags, sensor de chuva e farol, controles de tração e estabilidade, faróis full-LED e rodas de liga leve de 17 polegadas.

Porém, diferentemente de outros Mercedes e de sedãs nessa mesma faixa de preço, o CLA de entrada sacrifica alguns itens em prol do preço. O ar-condicionado é analógico, não digital, os bancos têm regulagem manual, não elétrica como se esperaria nessa faixa de preço. Sensor de ré? Não nessa versão, mas ao menos ele tenta compensar com câmera de ré de boa definição. Falta também couro no volante, que tem aparência simples e plásticos pretos semelhante a carros mais baratos.

Apesar das baixas, ele é um legítimo Mercedes-Benz quando o assunto é acabamento. Toda superfície superior do painel é emborrachada, assim como o painel da porta. Mesmo onde há plástico, como no console central na faixa texturizada brilhante do painel, o material demonstra qualidade. Se não fosse pela ausência de couro no volante e pela central multimídia subdimensionada, dificilmente julgaria se tratar de um Mercedes mais barato, até porque ele mantém algumas esquisitices (facilmente acostumáveis) da marca como a manopla de câmbio no lugar da haste do limpador de para-brisa e o botão do freio de mão próximo à porta. 

Por falar na central multimídia, ela não possui suporte a comandos por toques na tela. Tudo é operado por um pequeno rotor no console central. Leva um certo tempo para se habituar ao sistema que leva mais tempo para acessar um comando quando comparado a uma tela touch. Além disso, a central possui alguns menus e sub-menus ocultos que dificultam a operação. Fazer com que o rádio executasse as músicas via Bluetooth, não por um pendrive como configurado antes, foi um processo que levou alguns minutos.

Conclusão

O Mercedes-Benz CLA é a porta de entrada para o mundo das marcas de luxo. Como não existe almoço grátis, alguns sacrifícios foram necessários para que o custo fosse reduzido, como o corte de itens de série que realmente fazem falta nessa faixa acima dos R$ 100 mil – especialmente por serem facilmente encontrados em sedãs mais baratos de marcas de grande volume. No conjunto final, essas ausências não comprometem a qualidade do cupê de quatro portas que compensa com boa dirigibilidade e com um visual inegavelmente chamativo e esportivo. Feito para quem não abre mão do status e luxo de um Mercedes-Benz legítimo, o CLA também atrai pela boa performance e pelo surpreendente custo-benefício.

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