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Ford Mustang: é tudo isso aí mesmo que você imaginou

Não há muito o que dizer sobre o esportivo. É uma experiência que você precisa ter antes de morrer

27/06/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Há cerca de um mês, você leu aqui no iCarros meu relato emocionado sobre o lançamento do Ford Mustang no Brasil. Agora, fora das estradas e pegando o trânsito nosso de cada dia, será que acabou o amor? O preço já não é dos mais convidativos: R$ 299.900 pela versão GT Premium das fotos. Ao menos ainda é mais em conta que o Chevrolet Camaro.

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Ficha técnica do V8

A versão GT Premium vendida aqui traz o motor V8 5.0 aspirado, com limitador de giro em 7.500 rpm e taxa de compressão de 12:1. Assim, entrega 466 cv de potência e 56,7 kgfm de torque, sendo que 82% da força é entregue a partir de 2.000 rpm, utilizando dupla injeção de combustível: direta e indireta.

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Vale ressaltar que o carro vendido no Brasil está homologado pela Ford para rodar com a nossa “gasolina” comum, sem restrições. De acordo com a marca, por aqui, o V8 entrega 6 cv a mais que o dos EUA por conta da adição de etanol no combustível.

A tração permanece sendo traseira e a única opção de câmbio trazido ao Brasil é o automático de dez marchas com possibilidade de trocas manuais por borboletas atrás do volante. Como parte do pacote Performance Pack, os amortecedores são adaptativos com fluído magnético.

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Nas medidas, o Ford Mustang tem 4,78 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,38 m de altura e 2,72 m de entre-eixos. O bagageiro não teve a capacidade declarada. Em ordem de marcha, o Mustang pesa 1.783 kg, sendo que a distribuição de peso é de 55% sobre o eixo dianteiro e 45% sobre o traseiro. De acordo com a Ford, o Mustang GT vendido no Brasil acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos e tem velocidade máxima declarada de 250 km/h.

Itens de série

O Mustang vendido por aqui traz direção elétrica, ar-condicionado automático de duas zonas, revestimento parcial de couro para os bancos, ajuste de altura e profundidade para volante, ajuste elétrico do banco do motorista, sensores crepuscular e de chuva, chave presencial, faróis com lâmpadas de LED, sistema de som com 12 alto-falantes (contando um subwoofer de 8 polegadas no bagageiro), painel de instrumentos digital, seletor de modos de condução e central multimídia SYNC3 com espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.

Ele traz  também oito airbags (frontais, laterais, de cortina e para os joelhos), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal com detecção de pedestres e frenagem autônoma, assistente de permanência em faixa e detector de fadiga.

Como anda?

No lançamento, testamos o Mustang basicamente em situações de estrada e, no máximo, um breve contato na pista. Mas no “mundo real”, a história é outra não é mesmo? E andar de Mustang no Brasil vem com um deve cívico: agradar crianças e curiosos que, mesmo sem saber para qual carro estão olhando, são atraídos pelo ronco do V8 borbulhando em baixa rotação. Se você comprar um, tem que se acostumar com a atenção que o carro chama.

Antes de prosseguir, uma cofissão: andei no carro apenas no modo Comfort e com o escape na configuração Pista, mais alto. E isso é tudo que o Mustang precisa. Mais que isso, os modos esportivos deixam o acelerador muito arisco e o carro quase incontrolável pulando nos buracos.

Falando em buracos, valetas e afins, a primeira impressão a respeito da suspensão magnética foi a que ficou mesmo. No modo mais confortável, o carro parecia mais um Fusion, mas com o grande diferencial do ronco de V8. E também não encontrei valeta ou lombada capaz de razpar bico ou rabeta do Mustang. Em uma lombada apenas, com quatro no carro, escutei um raspar de leve do escapamento entre as rodas.

Já que é pra falar dos bancos traseiros, a Ford chama o carro de cupê 2+2 por um motivo. Quem vai lá atrás não tem muito espaço à disposição e chegar até lá exige contorcionismo. Mas pense assim: se alguém vai andar de carona no banco de carona, já está muito bem estando no esportivo da Ford. Tem muito mais o que reclamar? Sim, o túnel de transmissão, no trânsito, esquenta e incomoda os pés. Se você usar o Android Auto direto pela USB, a saída não é capaz de alimentar muitos celulares.

E o que mais pode-se falar? Pouco. O Mustang é praticamente mais uma experiência que um carro. Sem você estar atrás do volante, vendo o sol se pondo na estrada através do para brisa  e sobre o longo capô, ouvindo o V8 borbulhando em baixa ou gritando em alta, é difícil traduzir como um carro de praticamente R$ 300 mil parece ser uma boa compra. É praticamente um sonho alimentado por décadas de filmes hollywoodianos que se torna realidade. E qual é o preço de um sonho?

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