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Honda Fan 125i: como anda a CG mais barata do Brasil?

Simples e com foco na economia, modelo conta com injeção eletrônica para melhorar seu desempenho

16/08/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

A Honda CG 125 foi lançada no Brasil em 1976 e com esse propulsor liderou as vendas de motos por aqui durante décadas, mas, desde o lançamento das versões 150 e posteriormente 160, a pequena “CGzinha” perde em vendas até para a Honda Pop 110i. Só que a CG 125 sempre foi sinônimo de trabalho e economia. Desde a linha 2016, ela conta com injeção eletrônica. Custando R$ 7.090, ela ainda se justifica?

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Ficha técnica

Na 125, o propulsor é um monocilíndrico arrefecido a ar com 124,7 cm³ de capacidade alimentado por injeção eletrônica. A moto roda apenas com gasolina e é capaz de entregar 11,8 cv de potência a 8.500 rpm e 1,06 kgfm a 5.000 rpm. O câmbio tem cinco marchas e a transmissão final é feita por corrente.

A CG 125i Fan tem 1,98 m de comprimento, 0,74 m de largura, 1,07 m de altura e o assento do piloto está a 0,78 m do chão. O peso a seco, sem combustível ou fluídos, é de 107 kg. O tanque, contando-se a reserva, tem capacidade para 14,6 litros.

A suspensão dianteira tem garfos telescópicos convencionais com curso de 115 mm, enquanto a traseira é bichoque com regulagem de pré-carga e 82 mm de curso. As rodas raiadas têm 18 polegadas de diâmetro e são calçadas por pneus da marca Levorin nas medidas 80/100 (frente) e 90/90 (traseira). Os freios são a tambor nas duas rodas, ambos com 130 mm de diâmetro.

Na lista de itens de série há poucos mimos. Entre eles estão o painel totalmente digital contendo velocímetro, odômetro total, odômetro parcial e marcador de combustível. A trava de guidão é acionada pelo miolo da chave no contato, em posição mais cômoda. No demais, a partida é apenas a pedal e não há nem interruptor de ignição.

Não tem erro com o básico

Se você tem cerca de R$ 700 a mais, olhe também a CG 160 Start (R$ 7.990), que tem motor mais moderno com 14,9 cv e partida elétrica. Essa é a principal diferença dela para a CG 125i. A Start é básica, mas a Fan 125i é mais básica.

No primeiro contato eu precisei recalibrar a mão do freio, pois já tinha algum tempo que eu não andava em motos com freio dianteiro a tambor. O seu funcionamento é correto e vai parar a moto mesmo em situações de emergência (sim, eu precisei frear com tudo mais de uma vez). A diferença mesmo fica por conta da força ao se acionar o manete, maior que nos sistemas com disco.

A CG 125i foi testada no alto do inverno paulista, com temperatura abaixo dos 10ºC. Como ela roda apenas com gasolina e tem injeção eletrônica, não achei que isso seria um problema. Mas em algumas situações foi. Foram precisas algumas “pedaladas” na alavanca para dar a partida e certa manha com o acelerador para fazer o motor acordar. Mas essa questão pode ter como origem combustível com etanol em proporção acima do que é permitido por lei, não o sistema de ignição da moto.

Sinceramente, acho que subi na CG 125 esperando algo como um desempenho levemente inferior ao do motor 160, também usado da CG Titan. Mas a diferença é sensível e, com garupa, a moto vai pedir reduções de marcha nas ladeiras mais inclinadas. No entanto é notável a diferença que a injeção eletrônica faz, melhorando as respostas em baixas rotações e fazendo com que o motor funcione liso em qualquer rotação.

Mas sempre ficava algo no fundo na minha cabeça sem entender qual era o sentido da moto. Foi apenas lá para o terceiro dia com a moto que eu comecei a reparar nos pontos positivos que a moto oferece. O principal deles é o conforto. Claro que ter que dar a partida no pedal é inconveniente (principalmente quando o novato aqui deixa a moto morrer na saída do farol), mas o banco é largo e tem boa densidade. Foi elogiado até pelos garupas.

A suspensão também ajuda nessa boa impressão. Como a CG 125 não tem a menor pretensão de ser esportiva, a Honda pôde trabalhar o conjunto com um acerto mais macio. A moto filtra as imperfeições como se “flutuasse” sobre elas. Lembrando a proposta trabalhadora da moto e dos milhares de profissionais que ganham a vida em cima da motocicleta, isso faz a diferença no final do dia.

Mas o desempenho um pouco aquém do esperado me intrigou até o último dia, quando abasteci a moto para conferir o consumo. Após mais de 300 km rodados apenas na cidade, o marcador indicava meio tanque ainda. Calculando o quanto rodei pela quantidade de combustível que entrou veio a resposta: a CG 125i fez média urbana de 53,5 km/l na minha mão, incluindo ladeiras e garupa. Aí a moto fez todo o sentido.

Comprar uma CG 160 pode ser a resposta para quem quer um pouco mais de desempenho e partida elétrica, mas para quem for atrás de conforto e a última palavra em economia (leia-se: vai trabalhar todo dia, o dia inteiro, com a moto) a Honda CG 125i Fan ainda é a resposta.
 

 

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