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Fiat Doblò e Chevrolet Meriva atacam de formas diferentes na batalha pela sua prole

19/02/2010 - Rodrigo Ribeiro - Fotos: Rodrigo Ribeiro e Divulgação / Fonte: iCarros

Eis um drama conhecido por muita gente: chegou a hora de trocar o carro e a família resolveu ir junto à concessionária para ajudar na escolha – afinal, será o veículo que deslocará todo o grupo na maior parte do tempo. As crianças adoram os espaçosos monovolumes, enquanto os pais pensam na vantagem de viajar com os sogros ou amigos em um carro só, aqueles capazes de levar sete pessoas. Para ajudar a solucionar a questão, o iCarros alinhou o Fiat Doblò, recentemente re-estilizado, em um comparativo contra o Chevrolet Meriva. Em comum, apenas a cilindrada do motor 1.4. Cada modelo possui uma proposta diferente para atender às necessidades do mesmo público: a sua família.

Fiat Doblò ELX 1.4
Novidade da linha 2010, a versão 1.4 procura oferecer um melhor custo benefício para quem não faz questão dos 114 cv (com etanol) do motor 1.8. Por R$ 52.970, o Doblò ELX 1.4 oferece ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos e sexto banco suplementar. Despojada, a versão de entrada chamada apenas de 1.4 é voltada para frotistas – seu preço de R$ 49.270 não inclui nem o ar-quente.

Quase R$ 5.500 mais cara que o Meriva 1.4 Maxx, o Doblò justifica seu preço na hora de viajar com os amigos, passear com a família ou levar uma bagagem volumosa. Seu porta-malas de 665 litros pode ser ampliado para generosos 2.915 litros com o banco traseiro rebatido. Se a carga for humana, o sexto banco torna-se um diferencial perante os monovolumes. O sétimo banco é opcional, por R$ 850, e ambos possuem rebatimento fácil, apesar do peso um pouco elevado. As duas portas corrediças sofrem do mesmo mal: são práticas, mas o mecanismo de abertura requer um pouco de força, o que gera dificuldade para mulheres, crianças e idosos.

Ao volante, o Doblò mostra que o motor 1.4 também precisa de uma força extra. Os modestos 86 cv com etanol e 12,5 kgfm de torque a altos 3.500 rpm pedem paciência do motorista e constantes trocas de marcha. Posicionada no meio do painel, a alavanca do câmbio possui engates um pouco imprecisos, mas sua localização facilita as mudanças.

A suspensão com feixe de molas na traseira é robusta, mas faz o Fiat quicar em buracos e ondulações. Neste tipo de situação, quem mais sofre são os passageiros da segunda e terceira fileira de bancos. O consumo foi adequado para um motor que, apesar da baixa cilindrada, precisa se manter acima dos 2.500 rpm para acompanhar o trânsito: 7,5 km/l na cidade, abastecido com etanol e usando o ar-condicionado em 50% do tempo. Na estrada, o apetite foi moderado: 10,8 km/l.

Chevrolet Meriva 1.4 Maxx
Enquanto na Europa, o monovolume derivado do Corsa mudou de geração, por aqui, o Meriva segue com a mesma carroceria há oito anos, tendo como principal mudança a nova grade do radiador, apresentada em 2008. Versão topo de linha da motorização 1.4, a versão Maxx tem preço sugerido de R$ 47.552, com ar-condicionado, direção hidráulica, trio-elétrico, cd-player com MP3 e Bluetooth, rodas de liga-leve de 15 polegadas e alarme. A Chevrolet não oferece opcionais para a versão Maxx – airbag duplo e ABS só podem ser adicionados à Joy, de entrada, que pula de R$ 45.376 para R$ 48.270 com os equipamentos de segurança.

Por dentro, agrada pelo banco macio (com regulagem de altura para o motorista), mas rebarbas de plástico e peças que não se encaixam direito mostram o descuido da fábrica com o acabamento. Se no Doblò os parafusos à mostra são uma questão de estilo, no Chevrolet eles denunciam a redução de custos. Felizmente, a tendência espartana do Meriva não se reflete em sua dinâmica, que tem um rodar mais macio e silencioso que no Fiat.

A alavanca de câmbio tem engates fáceis, mas poderia ser mais alta. Não que isso seja um grande problema: o torque de 13,4 kgfm (a 2.800 rpm) e os 105 cv de potência (com etanol) empurram facilmente os 1.253 kg do Meriva. Mesmo carregado, ele subiu ladeiras com uma facilidade de dar inveja ao Doblò. Contudo, como a maioria dos carros de baixa cilindrada, ultrapassagens e retomadas são feitas com mais dificuldade. O consumo de etanol na cidade, com o ar-condicionado ligado na metade do tempo, foi de 7,8 km/l – na estrada, caiu para 11 km/l.

No banco de trás, o entre-eixos maior (são 2,63 metros contra 2,57 metros do Doblò) garante um bom espaço para as pernas dos passageiros, que contam com uma prática mesa do tipo avião no encosto dos bancos dianteiros. Apesar de modesto, o porta-malas de 390 litros possui um tampão que impede a visão da bagagem, um recurso útil para guardar objetos mais valiosos – item que não existe no Doblò.

Veredicto de Rodrigo Ribeiro - Se você precisa de um carro com capacidade superior a cinco lugares ou tem costume de carregar muita carga ou volumes avantajados, leve o Doblò. Apesar do motor 1.4 ser fraco para seu porte, a multivan oferece espaço de sobra e versatilidade para levar bagagem ou até sete pessoas. Caso sua família seja menos numerosa, o Meriva tem bom espaço interno e é mais confortável. O motor mais potente evita irritações em subidas de serra sem ter o consumo elevado. Em contrapartida o desenho do monovolume já está envelhecido, enquanto o Doblò ganhou novo fôlego com a reestilização.

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