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Sandero e March saem do básico com motor 1.6

Com motor mais potente e uma lista de equipamentos mais farta, Renault e Nissan se enfrentam

25/07/2012 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e Aline França / Fonte: iCarros

Mais potentes e equipados, modelos 1.4 e 1.6 servem aos motoristas que desejam sair da categoria popular, mas sem deixar de lado a relação custo-benefício. É nesse nicho de mercado em que o Nissan March 1.6 SV e o Renault Sandero 1.6 Privilège se enfrentam para ver quem vai ser o novo habitante da garagem.

O compacto da montadora de origem nipônica feito no México leva vantagem no preço. São R$ 35.390 pela versão SV, enquanto o Sandero Privilège custa R$ 38.470. Com 1,5 m de altura, 1,7 m de largura, 4 m de comprimento e 2,6 metros de entre-eixos, o Sandero  responde a diferença de valor com mais espaço interno que o March, além de ter um porta-malas com 320 litros de capacidade. O Nissan mede 1,5 m, 1,6 m, 3,8 m e 2,4 metros, respectivamente, com um bagageiro de 265 litros.

O March dá o troco na mecânica. A motorização 1.6 16V flex de 111 cv de potência e 15,1 mkgf de torque, seja com gasolina ou etanol, é mais potente que o 1.6 8V flex de 92cv/95 cv e 13,7 mkgf/14,1 mkgf do Sandero. Ambos possuem câmbio manual de cinco velocidades.

Os dois modelos oferecem de série direção assistida, ar-condicionado e vidros elétricos nas quatro portas, além de espelhos e travas de acionamento elétrico. Apesar de freios ABS e airbag duplo serem opcionais custosos no Sandero (R$ 2.320), o modelo está à frente do rival, que tem airbag duplo frontal de série, mas sem ABS nem como opcional.

Projetos distintos para servir o mesmo público

Renault e Nissan pertencem ao mesmo grupo, mas não poderiam ter feito carros tão diferentes. Em seu lançamento, há quase cinco anos, o Sandero causou o mesmo impacto do seu "irmão" Logan: um carro de porte médio com preço de compacto. E esta é a principal arma do modelo fabricado em São José dos Pinhais (PR). Por dentro, a área é ampla e os bancos largos não fizeram economia na espuma. Atrás, três adultos viajam bem, graças à largura do veículo. O March não fica muito atrás no conforto oferecido aos passageiros. O espaço para as pernas atrás é similar ao do Renault, porém, três pessoas ficarão apertadas no banco traseiro pelo fato de a carroceria ser 10 cm mais estreita.

Nenhum dos dois é forte candidato a ganhar um concurso de design, mas o Sandero chama mais a atenção pelas linhas marcantes e acabamento com detalhes cromados. Por dentro, a cabine tem um desenho com peças em preto brilhante no console central, mas a qualidade do interior fica a desejar, pois, no modelo avaliado, o painel estava desalinhado em relação às colunas da porta, além de as maçanetas internas flexionarem para dentro conforme a força das mãos. O Nissan adota a política da simplicidade: linhas menos complexas por fora e por dentro, mas acabamento superior na montagem, com  fixação firme das peças.

Na pista urbana e rodoviária

O motor de oito válvulas como o do Sandero tem mais torque em baixa e, portanto, é mais rápido nas respostas ao acelerador. Só que o grande trunfo do carro, seu tamanho, literalmente pesa. O Renault tem 1.055 kg, quase 100 kg a mais que os 964 kg do March. O resultado é um comportamento mais "preguiçoso", o que ainda é agravado pelo câmbio, de curso longo e engates imprecisos. 
 
Apesar de aumentar a comodidade, o tamanho do Sandero faz diferença no momento de fazer curvas e nas mudanças bruscas de direção. Em linha reta, na estrada, porém, o carro é mais silencioso que o rival. Outro ponto em que a massa do carro atrapalha é o consumo: abastecido com etanol, o Sandero cravou 5,5 km/l de consumo urbano, enquanto nas mesmas condições, o March fez 7,1 km/l, conforme computador de bordo.

O March tem uma proposta diferente. Mais comedido, tanto no design como na decoração da cabine, agrada mais quem gosta de guiar, pelo fato de o motor 1.6 16V estar sempre disposto e ganhar giro rapidamente na medida em que o ronco do motor cresce - por outro lado, esta vantagem revela que o isolamento acústico da cabine não parece ser tão eficiente como o do Sandero, já que o interior é mais barulhento.

O acerto de suspensão do March é mais firme e, aliado ao entre-eixos mais curto, faz com que o carro "pule" mais quando passa pelos buracos. O comportamento em curvas, entretanto, é correto, sem rolar ou desgarrar. A direção de assistência elétrica progressiva faz com que as manobras sejam leves, enquanto o volante ganha peso conforme a velocidade aumenta. A assistência elétrica do March se mostrou mais vantajosa que a hidráulica do Sandero na hora de manobrar.

Veredicto de Thiago Moreno - o Renault Sandero agrada mais aos olhos que ao motorista. Com desempenho superior, tanto na cidade como na estrada, e acabamento mais caprichado por um valor mais baixo que o do concorrente, o Nissan March tem mais apelo para aposentar o 1.0.


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