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Conheça o carro mais velho do mundo

Nesse 13 de maio, Dia do Automóvel, conheça o veículo mais antigo ainda em produção. Dica: ele é um senhor de 80 anos

13/05/2015 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Aqui no Brasil, o dia 13 de maio celebra o Dia do Automóvel. Primeiro, um pouco de história: a data foi instituída em 1934 pelo então presidente Getúlio Vargas. No decreto, o mandatário cita que o dia foi escolhido como uma forma de homenagear a abertura da primeira estrada de rodagem do país, ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis (RJ), em 13 de maio de 1926.  Agora que você já sabe a origem da data, o iCarros presta uma homenagem ao automóvel mais antigo ainda em produção: o Chevrolet Suburban, que viu a luz do dia pela primeira vez ainda em 1935, já como modelo 1936.

Hipster Suburban: SUV “before it was cool”

Décadas, quase um século antes de os utilitários esportivos caírem no gosto do público, o Chevrolet Suburban era lançado ao público geral cumprindo exatamente essa função. Baseado numa picape de carga, o modelo era nada menos que uma versão de passageiros. Cheia de janelas, levava até oito ocupantes e era chamada de Chevrolet Carryall-Suburban. Vale ressaltar que na década de 1930, qualquer van de passageiros derivada de picape e com grande área envidraçada era chamada de Suburban. Dodge e Plymouth também tiveram modelos com o mesmo nome.

Porém, o de 1935 já representava a segunda geração do Suburban. Como assim? Em 1933, a primeira encarnação do carro apareceu com as laterais feitas de madeira, mas foram vendidas exclusivamente para o uso da Guarda Nacional dos EUA. A segunda geração, a primeira vendida ao público em geral, é esse veículo com as laterais de estamparia.

A terceira geração chegaria apenas em 1941 ainda com os faróis saltados para cima dos para-lamas. Porém, esse é um dos modelos mais raros, pois foi apresentado às vésperas da Segunda Guerra Mundial e os carros fabricados entre 1943 e 1945 foram destinados ao exército dos EUA e seus aliados. Apenas em 1946, a terceira geração voltou a ser oferecida para público. Nesse período, o modelo usou motores 3.5 e 3.7 de seis cilindros em linha que foram os precursores do famoso 4.1 que foi usado no Brasil pelo Chevrolet Opala.

Já em 1947, a Chevrolet apresentava a quarta geração do Suburban, que ficou em linha até 1955 com os mesmos motores e sempre mantendo a capacidade para sete ou oito ocupantes, dependendo da configuração dos bancos. A grande grade frontal cromada denunciava a época em que o SUV foi concebido. A partir de 1954, o veículo passou a oferecer como opcional um câmbio automático de quatro marchas chamado de Hydra-Matic. Daí veio o apelido “hidramático” para os Chevrolet brasileiros com essa transmissão.

A quinta geração, apresentada em 1955, já se parecia com os veículos de passeio da Chevrolet. Carros como o Bel Air, por exemplo. Foi a primeira configuração do Suburban a oferecer opcionalmente tração nas quatro rodas e a dar origem a uma réplica de uma das subsidiárias da General Motors: a GMC, divisão de veículos comerciais do grupo. Pela primeira vez em sua história, o Suburban era equipado apenas com motores V8, um 4.3 e outro 4.6, sendo que o câmbio podia ser manual de três marchas - como em todas as gerações anteriores - ou ainda manual ou automático, ambos de quatro velocidades.

Em 1960, chegava a sexta geração, produzida até 1966. Foi nessa época em que a opção de motorização cresceu exponencialmente. Agora eram quatro opções de seis cilindros em linha, variando do 3.8 a 4.8, passando pelo 4.1 conhecido dos brasileiros. Havia também um 5.0 V6 e dois V8: 4.6 e 5.4. O câmbio poderia ser manual de três marchas ou automático de quatro velocidades.

A sétima geração e por que ela é importante para o Brasil

Entre 1967 e 1972, o Suburban era oferecido em sua sétima geração. As linhas mais sóbrias e retas eram típicas para a época, enquanto as opções de motorização se multiplicavam. Havia apenas um seis em linha de 4,8 litros, enquanto o V6 5.0 permaneceu. Além deles, era possível escolher entre quatro motores V8: 4.6, 5.0, 5.7 e 6.5. As transmissões eram as mesmas da sexta geração. Se você olhou para o carro e achou ele meio conhecido não é coincidência: foi a sétima geração do Suburban que serviu de inspiração para o conhecido Veraneio, o SUV preferido das forças policiais brasileiras e também da ditadura militar. O modelo usava o famoso 4.1 que já era utilizado pelo Opala.

A oitava (e quase imortal) geração

Cria da primeira crise do petróleo, no início da década de 1970, a oitava geração do Suburban foi apresentada em 1973 e foi a primeira a apresentar opções de motorização a diesel, numa tentativa de oferecer maior autonomia e menor consumo. Era possível equipar o SUV com blocos 5.7 e 6.2, ambos V8 a diesel, enquanto para o nosso Veraneio era restrito a um 4.0 de quatro cilindros. Mesmo assim, os grandes V8 a gasolina ainda estavam lá em três opções e maiores do que nunca: 5.7, 6.6 e 7.2. As transmissões eram automáticas, de três ou quatro velocidades, mas havia a opção por uma manual de três marchas com caixa de redução para as versões de tração 4x4. Foi nessa época que os faróis duplos e horizontais apareceram pela primeira vez e marcaram o design do Suburban até hoje.

Porém, a oitava geração entrou para a história do modelo não apenas por ter feito esse gigante de aço sobreviver à crise do petróleo, mas também por ter sido a mais longeva, uma vez que foi produzida até 1991. Nada menos que 18 anos seguidos, mas vale lembrar que os anos 1980 foram de crise nos EUA, principalmente para os veículos grandes, o que pode explicar a longevidade dessa geração.

Anos 1990 e 2000: três gerações

Enquanto a oitava geração durou muito tempo, a sua sucessora viveu menos: de 1992 a 1999. Porém, apenas motores V8 estavam disponíveis: 6.5 (a diesel), 5.7 e 7.4, estes a gasolina. A nona geração do Suburban foi a última a oferecer a oferecer a opção de câmbio manual, agora com cinco velocidades. Apenas uma transmissão automática estava disponível com quatro marchas.

Entre 2000 e 2006 o Suburban sobreviveu à virada do milênio oferecendo apenas um câmbio automático de quatro marchas. A opção de motor a diesel ainda era V8, mas agora tinha 6,6 litros de capacidade cúbica e turbina. Os motores a gasolina - sempre V8, claro - eram 5.3, 6.0 ou um imenso 8.1. Porém, o que mais marcou essa encarnação do Suburban foi uma de suas variantes: o Cadillac Escalade, que virou febre entre os rappers norteamericanos da época.

A décima primeira geração, apresentada como modelo 2007, sobreviveu até o ano passado e trouxe diversas comodidades para o Suburban, que nasceu como um humilde utilitário. Entre os destaques estava a suspensão opcional que se autonivelava, de acordo com o peso sobre a carrocerria. Nessa geração a Chevrolet deu uma “enxugada” nas opções de motores. Desde que fosse V8 a gasolina, o comprador podia ter o que quisesse. Os blocos tinham 5,3, 6 e 6,2 litros de capacidade cúbica, enquanto as transmissões, sempre automáticas, poderiam ter quatro ou seis velocidades.

Na 12ª geração e se adaptando ao futuro

A atual geração do Suburban já se distanciou e muito de seu passado utilitário. Mas ainda mantém algumas características. Além obviamente do tamanho, o modelo continua sendo uma opção para quem quer um carro de sete lugares e porta-malas para todos e, em algumas configurações, o SUV pode levar até nove passageiros.

Além disso, que compra um pode contar até com rádio via satélite e opcionalmente com um sistema de internet sem fio para os passageiros via modem com tecnologia 4G. Os motores permanecem os V8 do passado, com 5,3 ou 6,2 litros de capacidade, mas podem rodar com o E85, uma mistura de etanol com 25% de gasolina, e gasolina pura.

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