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Testes: o que o carro enfrenta antes de chegar às lojas

Depois dos desenhos, o veículo passa por centenas de testes antes mesmo de começar a ser montado. Veja como funciona

22/08/2014 - Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros

Nesta semana você conferiu no iCarros como o carro é desenhado (veja o texto completo aqui), mas ainda há um longo caminho até o veículo chegar às ruas. Entre as várias etapas, os testes são muito importantes para que os carros cheguem cada vez mais preparados para enfrentar o dia a dia. No último 15 de julho, o Campo de Provas de Cruz Alta da General Motors, em Indaiatuba (SP), completou 40 anos e a fabricante aproveitou para mostrar o trabalho que dá para colocar um novo produto à venda.

Os testes de segurança

Não é só o fato de seu carro ter airbags e ABS que o tornam seguro. Diversos outros itens são testados. Estrutura do carro, cintos de segurança, encostos de cabeça e ancoragem dos bancos também são verificados. Mas antes de chegar aos testes reais, todos os componentes passam por uma bateria de simulações virtuais para agilizar e baratear os custos dessa fase do desenvolvimento.

“Aqui em Cruz Alta, apesar do uso intensivo de computação, destruímos cerca de 150 carros todos os anos durante os testes”, afirma Daniel Rishter, Gerente do Laboratório de Segurança Viária da GM a respeito dos conhecidos crash-tests. Neles, é possível verificar se a interação dos componentes do carro se dá de maneira mais segura com os ocupantes.

Os testes obrigatórios

Alguns testes, mais que necessários, são obrigatórios para se homologar um carro. É o caso das verificações de emissões de poluentes e ruídos. O primeiro é checado numa sala isolada, onde computadores medem em tempo real o que sai pelo escapamento e concluem se o motor está de acordo com as regulamentações vigentes.

O mesmo ocorre com os testes sonoros, que se dão em câmaras anecoicas (sem eco). O palavrão designa espaços especialmente desenhados para que não haja reverberação ou interferência externa nas ondas sonoras, possibilitando assim encontrar a origem de todos os ruídos gerados pelo veículo.

Quem dá o ponto final não é o computador

“Por mais que o computador evolua, o toque final é sempre de um profissional, que dá o acerto definitivo ao carro. Geralmente são os funcionários mais antigos que se encarregam disso”, revela William Bertagni, Vice-Presidente de Engenharia da General Motors.

Com o carro seguro e apto a atender às legislações vigentes, ainda restam testes reais para o último acerto fino da carroceria e do sistema de suspensão. Eles são feitos em pistas fechadas, com diferentes condições de piso, para simular o que é encontrado na vida real. Algumas pistas são bem específicas, feitas para analisar de forma acelerada o desgaste de componentes. Outras são criadas para facilitar a identificação de ruídos indesejados. Por exemplo, um chicote elétrico mal fixado pode parecer perfeito nas simulações, mas quando levado a uma situação real, pode gerar estalos inesperados.

Eletrônica (bem) embarcada

Antes, a elétrica do carro se restringia a alternador e lâmpadas, mas hoje já são componentes e subsistemas eletrônicos que ultrapassam a casa das centenas em seu carro. Mais do que verificar se esses itens funcionam corretamente de forma individual, é testada também a interação entre eles e a resistência a descargas eletromagnéticas, por exemplo.

Até os testes são globalizados

Por mais que sejam desenvolvidos veículos para mercados específicos, os protótipos rodam o mundo para completar todos os testes. No caso dos carros da Chevrolet, por exemplo, os modelos nacionais são enviados à Alemanha, sede da Opel, outra subsidiária da General Motors, para realizar testes com descargas eletromagnéticas.

Por outro lado, são enviados para o Brasil veículos de outros países, como foi o caso do Opel Astra e da Chevrolet Colorado (nome da S-10 no mercado asiático) das fotos. Para se ter uma ideia do trabalho que dá, só em Cruz Alta, a GM precisa manter um pequeno estoque de 12 tipos diferentes de combustível para simular o que é usado ao redor do globo.

Os 40 anos de Cruz Alta

Em 1974, quando o campo de provas da GM foi inaugurado, havia apenas uma pista de testes, a que acelera os efeitos do uso, chamada de “Durabilidade acelerada”. Hoje, são sete laboratórios e 16 pistas diferentes, que totalizam 42,2 km. O Campo de Provas de Cruz Alta ocupa uma área de 11,27 km² e emprega atualmente 624 funcionários.

Confira no vídeo como é feito o crash-test

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