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Você sabe dirigir com segurança?

Dicas como postura correta ao volante e conhecimento das tecnologias do carro ajudam a sair de situações perigosas

13/05/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Rodolfo Buhrer/La Imagem/Renault / Fonte: iCarros

Você já passou por uma situação perigosa no trânsito e precisou desviar de um objeto ou um animal na via? Ou se distraiu por apenas alguns segundos e foi necessário usar o freio com carga total para evitar a colisão? Casos como esses são muito comuns e nem sempre os motoristas estão preparados para reagir de forma correta. Pensando nisso, existem cursos de direção defensiva que orientam os alunos sobre como guiar de modo seguro e como aproveitar da melhor maneira os equipamentos do veículo. O iCarros participou de um e dá algumas dicas muito úteis fornecidas em um dia de aula promovido pela Renault a bordo de um Sandero RS.

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Entenda a sua importância nesse processo

Ter um carro com diversos equipamentos de segurança ajuda - e muito - em uma situação de perigo no trânsito. Mas de nada adiantam os inúmeros sistemas eletrônicos do veículo se você não fizer o seu papel atrás do volante. Estar concentrado na direção é fundamental. "Nada é mais importante do que os motoristas. Tanto que a maior parte dos estudos revela que pelo menos 90% dos acidentes são causados por imprudência ou falha humana", afirma Cacá Clauset, piloto, jornalista e instrutor do curso.

O primeiro passo para adotar uma direção segura é estar bem posicionado no carro. "Uma boa postura ao dirigir tem tudo a ver com segurança. Se você estiver na posição certa, conseguirá reagir mais rapidamente e evitará danos físicos em um acidente", alerta Clauset. O ideal é manter braços e pernas flexionados, os calcanhares apoiados no assoalho do veículo, as costas totalmente em contato com o encosto do banco e as mãos na posição 9h15, como num relógio. "A maior parte dos volante hoje em dia já vem até com um encaixe exatamente para mostrar a posição correta de segurá-lo. Mantendo as mãos nessa posição, você conseguirá fazer as manobras mais rapidamente. E é importante: jamais cruze os braços ao fazer uma curva", alerta o instrutor.

Tenha atenção ainda à manutenção do veículo. Clauset revela que cerca de 8% dos acidentes ocorrem por falta de manutenção, geralmente por negligência com freios e pneus.

Equipamentos salvam vidas

Os veículos contam cada vez mais com itens de segurança ativa, aqueles que ajudam a evitar os acidentes, como sistema de freios, direção, suspensão e controle de estabilidade (conhecido pelas siglas ESP ou ESC). O controle de estabilidade usa sensores nas rodas que identificam quando há perda de tração, acionando os freios em cada roda individualmente para manter o veículo na trajetória, evitando derrapagens em curvas ou pisos com baixa aderência. Para Clauset, o ESP será o item que salvará mais vidas daqui em diante, lembrando que ele será obrigatório em todos os carros novos feitos no Brasil a partir de 2020 e em todos os veículos comercializados no País até 2022. "Ele é o equipamento mais importante desde a chegada no ABS na década de 1970. E muitos nem percebem que o sistema está atuando, porque ele é praticamente imperceptível", diz.

Clauset lembra ainda da importância dos freios. "Estudos apontam que 80% das pessoas normalmente não aplicam 100% da carga nos freios em uma emergência, quando a carga correta no pedal do freio deveria ficar próxima de 80 kg. Aqui, mais uma vez, a postura correta ajuda bastante. Se a pessoa estiver com o encosto do banco muito inclinado, por exemplo, poderá ser jogado para cima do encosto ao pressionar com força o pedal", alerta. E se você já precisou pisar fundo no freio em um carro com ABS, com certeza sentiu uma trepidação. É bom saber que isso é normal. É o sintoma de que o sistema está atuando. Nesse caso, jamais alivie a pressão no pedal, pois isso fará com que o sistema perca sua eficiência. Mesmo que sinta a trepidação, continue pressionando o pedal até o final até que o carro pare totalmente.

Uma informação que também pode ajudar é que o ABS, o sistema antitravamento das rodas, surgiu com o objetivo de permitir que o veículo freie e desvie do obstáculo ao mesmo tempo. Sem o ABS, ao pisar bruscamente no pedal do freio, as rodas travam e perdem contato com o solo, ficando então sem tração para parar o carro ou girar a direção. O ABS permite que as rodas sigam em movimento nessa condições, mantendo a dirigibilidade do carro. Ou seja, ele freia o carro enquanto você consegue desviar para a direita ou para a esquerda. Outra vantagem é que o sistema reduz o espaço de frenagem. Mas não se anime demais ainda. "Quanto maior a velocidade, a distância de frenagem é sempre multiplicada por quatro", destaca Clauset. Ou seja, se você precisar de 20 metros para parar totalmente o carro a 50 km/h, a 100 km/h são necessários 80 metros.

Cinto de segurança é fundamental

Além dos equipamentos de segurança ativa existem aqueles de segurança passiva, que são os itens que evitam danos aos ocupantes caso haja um acidente. São eles os airbags, os cintos de segurança, os apoios de cabeça e até a própria carroceria, feita para se deformar em uma colisão e assim absorver o impacto protegendo as pessoas dentro da cabine. Por isso, não estranhe se o seu carro amassar bastante, o capô se dobrar ao meio e a coluna de direção quebrar. Tudo isso é pensado para que o próprio carro não vire uma arma conta quem está em seu interior.

Mas nada disso adianta se a pessoa não estiver usando o cinto de segurança - você deve se lembrar do caso recente do cantor sertanejo Cristiano Araújo, que faleu junto com sua namorada após um acidente porque ambos não estavam de cinto e foram projetados para fora do veículo. "O cinto de segurança é o item mais importante, porque todo o carro é projetado para se comportar em uma colisão pressupondo que os ocupantes estão de cinto", alerta Clauset.

Agora também obrigatórios, os airbags são muito relevantes quando se fala em segurança. E seu funcionamento é muito, mas muito rápido. Eles se abrem a uma velocidade entre 30 e 35 milissegundos. Para comparar, um piscar de olhos leva 100 milissegundos. Ambos os equipamentos precisam de manutenção. Assim como os airbags devem ser trocados após terem sido ativados, os cintos de segurança e todo o seu mecanismo também devem ser substituídos após uma colisão forte, já que eles perdem a eficácia. Mesmo que eles pareçam estar funcionando normalmente, vale a pena verificar se não foram avariados.

Por fim, não se esqueça de regular o encosto de cabeça, um item muitas vezes negligenciado pelas pessoas. Para que funcione corretamente, ele deve estar na altura dos olhos do ocupante. Se ele estiver muito baixo, pode ocorrer o efeito chicote, quando a cabeça é projetada para a frente e em seguida para trás com força, podendo causar lesões graves e até levar à tetraplegia. 

Não se esqueça: o Brasil possui hoje 43 mil mortes por ano de vítimas de acidentes de trânsito. "E isso inclui apenas as vítimas fatais no próprio local do acidente. Considerando também aqueles que morrem depois nos hospitais, esse número pode ser multiplicado por três. Sem contar as vítimas que ficam com lesões permanentes, multiplicando essa estatística por sete", aponta Clauset. O custo desse balanço também é elevado. Segundo o  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são gastos R$ 14 bilhões a cada ano com vítimas de trânsito no País. "Hoje, 50% dos leitos de hospitais são ocupados por pessoas que se envolveram em acidentes de trânsito", completa o instrutor. Diante de tudo isso, vale a pena ficar atento à direção quando estiver ao volante, sem distrações, para estar apto a reagir quando for preciso.

 

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