C4 Pallas fica mais competitivo com motor flex

A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, é conhecida como a capital da produção de cana-de-açúcar e do chopp. Este foi o cenário escolhido pela Citroën para anunciar que o C4 Pallas agora também bebe álcool. E era isso o que faltava para o sedã vindo da Argentina brigar de igual para igual com os seus rivais mais vendidos neste segmento: Honda Civic, Toyota Corolla e Chevrolet Vectra, todos flex. A principal mudança está no motor de 2 litros, compartilhado pelo hatch e sedã Peugeot 307, que ficou mais esperto com seus 151 cv a 6.000 rpm e 21,6 kgfm de torque a 4.000 rpm quando abastecido com álcool. Com gasolina, a potência continua com 143 cv e torque de 20,3 kgfm. As mudanças ficaram por conta do novo coletor de admissão, pistões, bielas e velas. O resultado disso é um motor de funcionamento suave e com boas respostas, tanto em baixas como em altas rotações. É notável também o silêncio a bordo. A 120 km/h constantes, o conta-giros marca um pouco acima dos 3.000 rpm. O mérito também fica para o bom isolamento acústico. O câmbio automático peca por ter quatro marchas, enquanto o Honda Civic, líder da categoria, conta com cinco. Há a opção das trocas seqüenciais, mas as mudanças são lentas, mesmo com a modificação no software para se adequar à maior potência do motor. O escalonamento, porém, não foi mudado. A volta da caixa manual associada ao motor 2.0 está prevista somente para janeiro de 2009. O consumo não é divulgado pela Citroën, mas no teste drive entre Ribeirão Preto e São Paulo, com velocidade constante de 120 km/h, o computador de bordo marcou média de 8 km/l, com o carro abastecido somente com álcool. O tanque, porém, tem capacidade para 60 litros, o que garante boa autonomia. Preços não mudam Os valores do Citroën C4 Pallas também não sofreram alterações. A versão GLX, que já vem com airbag duplo, freios ABS com distribuição de frenagem, ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, regulador e limitador de velocidade. O preço parte de R$ 69.495 com câmbio automático. Se a política de preços continuar a mesma até janeiro, mês que chega a opção do câmbio manual, o Pallas vai custar a partir de R$ 65.640. Segundo a montadora, 60% das vendas são da versão Exclusive, sendo 72% do total, com câmbio automático. A versão top de linha, a Exclusive, começa em R$ 74.995 e inclui detector de obstáculo dianteiro e traseiro, bancos de couro, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno eletrônico, ar-condicionado digital de duas zonas e faróis de neblina. Como opcional, há um pacote com airbags laterais e de cortina, faróis de xenônio direcionáveis, e banco do motorista com regulagem elétrica. O kit custa R$ 6.735. Só as quatro bolsas infláveis adicionais podem ser compradas por R$ 1.210. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.