Frente tem nova grade e para-choque
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Atrás, lanternas de LED
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Lanternas são de LED, assim como no Freemont
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Painel é novo, assim como o computador de bordo
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Capacidade para sete desde a SXT
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Motor substitui o antigo V6 de 2,7 litros
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Tela maior ainda não veio por problemas do fornecedor
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O rebadging, termo em inglês que significa a troca de logotipos no mesmo carro, é muito comum nos Estados Unidos e na Europa, e já chegou a existir no Brasil nos tempos da Autolatina, quando o mesmo carro era vendido como Volkswagen Apollo e Ford Verona. Com a junção de Fiat e Chrysler, a prática voltou a se tornar comum e no Brasil aconteceu com o Fiat Freemont.
O carro nada mais é que o Dodge Journey re-estilizado de entrada, com motor de 2,4 litros. As versões topo de linha chegam com a marca americana, que melhorou o crossover antigo para ficar em uma faixa de preços acima, começando em R$ 97.500 na versão SXT e R$ 107.900 na R/T. Só lembrando que o Freemont vai de R$ 81.900 a R$ 86 mil.
O Journey sai da mesma linha de montagem do Fiat, no México, com airbags frontais, laterais e de cortina, ar-condicionado automático de três zonas, freios ABS, controle de estabilidade, de tração, sensor anticapotamento e de oscilação de reboque. Este último freia as rodas individualmente caso haja mudança de trajetória de uma carreta acoplada no crossover. O modelo também tem, de série, rodas de 17 polegadas, sistema de som com tela sensível ao toque, bluetooth e capacidade para sete lugares. A configuração R/T tem rodas de 19 polegadas, maçanetas e rack do teto cromados e sistema de som Premium da marca Alpine, além do teto solar elétrico.
Para diferenciar ainda mais o lançamento do Freemont, a Dodge optou pelo motor Pentastar V6 de 3,6 litros com 280 cv de potência a 6.350 rpm e torque máximo de 35 kgfm a 4.350 giros. Os comandos de válvulas são continuamente variáveis tanto para admissão como para exaustão. A transmissão é automática de seis velocidades e a tração, por enquanto, é dianteira. Segundo Emílio Paganoni, gerente de produtos da Chrysler do Brasil, há estudos para uma versão de tração integral.
Desempenho padrão famíliaQuem espera um desempenho esportivo do crossover não pode se animar muito. Apesar dos bons números de potência e torque, o câmbio do Journey foi escalonado para ter uma saída mais lenta com a primeira marcha longa. Isso deixou o carro confortável, sem aquele arranque brusco. Segunda, terceira e quarta marchas são mais curtas para compensar e é justamente aí é que o V6 é sentido. A quinta é mais longa e a sexta deixa o Dodge a 120 km/h abaixo de 2.000 rpm. A aceleração divulgada é de 8 segundos para chegar a 100 km/h e a velocidade máxima chega aos 208 km/h.
Segundo o fabricante, o consumo médio é de 9,6 km/l em uso misto (urbano/rodoviário). Em condições ideais e na estrada, a Dodge promete que o motorista pode dirigir o Journey por 993 km até esvaziar o tanque de 77,6 litros. No novo Journey, a suspensão foi recalibrada para deixar o carro mais firme e estável. Agrada em estradas com muitas curvas, mas torna o carro cansativo em trechos esburacados.
Outro ponto que também melhorou foi o novo painel, menos quadrado que no Journey antigo e com materiais mais agradáveis ao toque. Os bancos são espaçosos e o motorista pode contar com regulagens de distância, altura e lombar elétricas. O encosto ainda é ajustado pela velha alavanca manual. São detalhes que, como o freio de estacionamento acionado pelo pé, fazem lembrar que estamos em um carro americano, livre de mimos, mesmo sob um guarda-chuva italiano.
Teste drive a convite da Chrysler