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Novo Camaro: mais que 50 tons de amarelo

Chevrolet Camaro ficou famoso pela música sertaneja, mas quer é rock pesado com tecnologia e cara de poucos amigos

11/10/2013 - Thiago Moreno, de Indaiatuba (SP) / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros

Será que o Chevrolet Camaro faria o sucesso que fez não fosse a música “Camaro Amarelo” da dupla sertaneja Munhoz e Mariano? Difícil dizer, pois era fácil ficar “do-do-doce igual caramelo, tirando onda de Camaro Amarelo”. Pelo sim ou pelo não, a marca apresentou a linha 2014 do modelo que chega às lojas em novembro custando R$ 210.000. A Chevrolet agora quer carreira solo para o Camaro e o som que mais chega perto da proposta é o rock, daqueles bem pesados.

Com o facelift, a quinta geração do modelo ficou com cara de poucos amigos, “malvado” segundo a Chevrolet. Os faróis e a grade estão mais finos e horizontais, enquanto o bico do carro está mais curvado que na versão anterior. Tudo para melhorar a aerodinâmica do carro. Atrás, a marca optou por deixar de lado as lanternas de dois blocos em favor de um conjunto único, com dois projetores para pisca e luz de freio e um para a luz de ré.

O motor permanece o 6.2 V8 a gasolina de 406 cv e 56,7 kgfm de torque, com transmissão automática de seis velocidades que passa a força somente às rodas traseiras. A diferença é que, agora, o propulsor conta com um sistema de gerenciamento de cilindros que permite que quatro deles sejam desligados em situações em que não é exigida muita força, o que auxilia no consumo de combustível.

Por dentro, poucas alterações além da introdução de uma tela colorida central para o computador de bordo, da incorporação de um Heads Up Display (HUD) que projeta informações no para-brisa e da adição do sistema MyLink com navegação por GPS. O carro ainda traz de série o controle eletrônico de estabilidade e tração, seis airbags e bancos em couro com ajustes elétricos.

Nas medidas, o novo Camaro tem 4,8 m de comprimento, 2,8 m de entreeixos, 2 m de largura e 1,4 m de altura. Isso profere ao carro um visual clássico dos musculosos americanos das décadas de 1960 e 1970, baixo, largo, com o capô longo e traseira curta.

Andar a 160 km/h? Passeio no parque

Todos os Camaro são limitados eletronicamente a 250 km/h, mas durante o teste-drive realizado no campo de provas da marca, em Indaiatuba (SP), a Chevrolet limitou os carros a 160 km/h. Nessa velocidade, o Camaro faz pouco caso e anda a pouco mais de 2.000 rpm, com fôlego de sobra para ir além.

O esportivo da Chevrolet não é refinado pelos padrões dos demais carros nessa faixa preço. Ainda há alguns plásticos na cabine e os dois bancos traseiros são pequenos e de difícil acesso. Porém, essa não é a praia do Camaro. O carro cai bem para quem quer uma pegada mais “crua”, com o ronco alto do V8 borbulhando embaixo do capô e a carroceria sacudindo a cada acelerada com o carro parado. No quesito diversão, o Camaro vai bem, mais que em conforto ou luxo.

Reforçando essa esportividade, o carro manteve a série de mostradores no console central, como no modelo da primeira geração, de 1967, em que se inspira desde o lançamento em 2009. Mas a direção elétrica está lá para lembrar o motorista que se trata também de um carro moderno, não só nostálgico. Prova disso é a aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, apesar dos 1.790 kg do carro.

As opções de cores diminuíram, porém, ficaram apenas as mais fortes, como preto, branco (que deve responder por 35% das vendas), vermelho e, claro, amarelo. Herman Mahnke, Diretor de Marketing da Chevrolet explica a escolha: “Quem compra um Camaro, está atrás de um produto mais extravagante, por isso tiramos cores como o prata, por exemplo, das opções”.

Vai vender? - A Chevrolet vendeu cerca de 3.600 unidades do Camaro desde novembro de 2010, quando o carro foi apresentado no mercado brasileiro, e a marca está satisfeita com esse número. A Chevrolet não quis falar sobre a expectativa para o novo modelo, mas quer manter o ritmo registrado até agora.

Menos nostálgico, mais moderno e com cara de poucos amigos, o Camaro vai vender para um público que busca potência a um preço menos intimidador, além de uma experiência única atrás do volante. Como está sozinho no segmento, enquanto a Ford não traz o Mustang para o Brasil, o modelo da Chevrolet continuará vendendo bem para um carro nessa faixa de preço. Mas, por favor, nada de música sertaneja para o novo Camaro, ok?

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