Novo Corolla quer o trono de volta

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Novo Corolla dá as caras no mercado brasileiro

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Toyota trouxe executivos de vários países para o Brasil para a estreia

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Apesar das radicais alterações visuais da nova geração, as versões permaneceram

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Motorizações 1.8 e 2.0 são as mesmas do antigo Corolla

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Transmissão CVT, porém, é novidade exclusiva do Brasil

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Interior do novo Corolla mantém sobriedade

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Modelos com motor 2.0 contam com modo esportivo para o câmbio CVT

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Apesar de a Toyota direcionar o modelo para mulheres, para-sol do motorista ainda não tem espelho

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Comando do retrovisor se mantém o mesmo de gerações atrás

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O mesmo pode se dizer do tradicional relojinho com iluminação azul

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Mesmo na versão de R$ 80 mil, ajuste do banco do motorista é manual

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Não faltou sotaque para descrever a excitação dos executivos da Toyota - que vieram dos Estados Unidos, Alemanha e Japão para comandar a filial brasileira - no lançamento da nova geração Corolla no mercado brasileiro. De acordo com montadora, a novidade, que chegará às lojas a partir de 14 de março, vem para retomar o primeiro lugar no segmento de sedãs médios, três anos após ficar atrás da concorrência. 

Para chegar ao topo do pódio, no entanto, a montadora terá de falar todas as línguas para se comunicar com um público órfão do Corolla (a última alteração significativa foi em 2008), que acompanhou, nos últimos anos, uma enxurrada de lançamentos na mesma faixa de preço em que chega a nova geração do modelo. "O perfil de compradores do Corolla era de homens entre 40 e 60 anos. A partir de agora, clientes com cerca de 35 anos e mais mulheres também deverão procurar pelo carro", disse Frank Gundlach, diretor de pós-venda da marca. 

O modelo será vendido em quatro versões, sem opcionais (paga-se à parte somente a pintura metálica). Os valores partem de R$ 66.570 para a mais barata (GLi 1.8 manual de seis marchas), R$ 69.990 (GLi 1.8 CVT sete marchas), R$ 79.990 e R$ 92.900 (XEi e Altis 2.0 CVT com comando esporte no câmbio de sete marchas, respectivamente). 

Além do impacto visual

Junto da nova carroceria, que ficou maior (10 cm a mais no entre-eixos, chegando a 2,7 metros), a 11ª geração do Corolla recebeu uma caixa de câmbio exclusiva para o Brasil. Chamada de Multi-Drive, a transmissão é CVT, mas simula até sete marchas, de acordo com a faixa de rotação do motor. 

O equipamento que, nas versões mais caras contam com o modo esportivo acionado por meio de um botão, pode vir casado com o já conhecido motor de 1,8 l de 144 cv ou 2,0 litros de 154 cv de potência, ambos com etanol (motor novo só a partir de 2016 com a nova fábrica). A novidade agora é que ele não precisa mais do tanque de partida a frio.  

A bordo da versão XEi, que deverá representar até 70% das vendas da linha do modelo, há dois pontos que devem ser levados em consideração: a impressão visual da cabine e a deixada pelo desempenho do modelo.

No primeiro caso, a versão intermediária da linha Corolla, que vem de série com airbags laterais e de joelho, sistema ISOFIX para fixação da cadeirinha e kit multimídia com bluetooth, entrada USB, GPS e DVD com televisão digital, entre outros, pouco impressiona. Muitos elementos foram aproveitados de gerações anteriores (veja fotos) e outros pecados, como falta de espelho no para-sol do motorista (afinal, mulheres também deveriam se interessar pelo carro, não?), continuam sendo cometidos. 

Já no que diz respeito ao desempenho, o saldo é só positivo. Em substituição ao antigo câmbio de quatro marchas, o novo CVT, auxiliado ainda pelo modo esportivo, que estica as marchas, é muito mais eficiente e, segundo a Toyota, em conjunto com o motor, tornou o consumo até 12% melhor. No modo manual, o motorista pode usar a alavanca ou borboletas (um pouco pequenas, o que dificulta o posicionamento correto das mãos ao volante). Não houve dificuldade em lidar com o conjunto mecânico, seja no congestionamento ou em via livre na estrada.  

Vai vender? - "Estamos seguros em retomar a liderança no mercado médios", acredita o presidente executivo da Toyota no Brasil Luiz Carlos Andrade Jr. A meta da montadora é chegar a aproximadamente 60 mil unidades no ano. Em 2013, de acordo com a Fenabrave, foram vendidas 60.970 unidades do Honda Civic contra 54.103 do Corolla. 

A questão, porém, não é calcular se o Corolla chegará à liderança entre os sedãs médios, mas avaliar quais são seus reais competidores atualmente. A batalha com seu inimigo mais antigo, o Civic, se mantém, mas, nas versões mais em conta, o Honda é mais barato. Já pela faixa de preço em que a configuração Altis está posicionada, pode ser considerada uma briga do Toyota contra sedãs premiuns, como os alemães que, em poucos anos, ainda serão brasileiros. 

De uma forma geral, o Corolla melhorou para entrar em 2014, mas foi uma transformação, não uma revolução. O modelo brasileiro sofreu diversas modificações em comparação ao norteamericano e europeu para se adaptar ao gosto nacional. Mesmo com tantas melhorias, um carro nacional com uma trajetória de sucesso como a do Corolla justifica estes valores? O mercado vai responder.

Confira os preços da linha do novo Corolla:
- GLi 1.8 manual seis marchas: R$ 66.570
- GLi 1.8 CVT sete marchas: R$ 69.990
- XEi 2.0 CVT sete marchas: R$ 79.990
- Altis 2.0 CVT sete marchas: R$ 92.900

Viagem a convite da Toyota