Senhor 16,1 km/l, mas pode chamar de VW Fox Bluemotion

A Volkswagen apresentou a versão Bluemotion para o compacto Fox. Em sua versão com apelo econômico e ecológico, o modelo recebeu modificações para entregar um consumo mais baixo e, por consequência, menores índices de emissões de poluentes. O propulsor, porém, é o mesmo 1.6 VHT flex do restante da linha da marca alemã, capaz de gerar 104 cv com etanol e 101 com cv com gasolina. A marca prevê que cerca de 5% das vendas de todos os Fox seja da nova versão. Em números, são por volta de 300 a 400 Fox Bluemotion vendidos por mês em todo o País.

Entre as mudanças, estão a grade frontal exlusiva para melhorar a aerodinâmica, recalibragem da central eletrônica, adoção de pneus de baixo atrito com calibragem mais alta, câmbio alongado e suspensão retrabalhada. Com esses atributos, a Volkswagen promete que o Fox Bluemotion consegue atingir 16,1 km/l de gasolina num ciclo combinado entre trechos urbanos e rodoviários. No etanol, esse número é de 10,9 km/l. Segundo a Volkswagen, o consumo com gasolina é 12,7% melhor que o de um Fox 1.6 convencional. Outra característica que auxilia na economia é o baixo peso: 1.009 kg. A economia no litro da bomba sai por R$ 36.730 na versão de duas portas e R$ 38.300 na versão com quatro. 

Quando se fala da linha Bluemotion e Ecomotion da Volkswagen, já é de se esperar que o desafio de consumir menos tenha sido levado a sério. Porém, dessa vez, a montadora equipou os modelos do teste com um medidor de consumo de alta precisão. Num trecho de velocidade média entre 80 km/h e 100 km/h, o iCarros conseguiu uma média de 23 km/l com gasolina. Nada mau, mas vale lembrar que os vidros estavam fechados e o ar-condicionado desligado.

Já que o carro cumpriu sua função primária, chega a hora de ver o restante do modelo, pois o Fox Bluemotion não pode ser apenas "rei' da economia e se esquecer de todo os restante da dinâmica da condução de um automóvel.O desenho do carro é bastante comum aos outros modelos Fox, mas as pistas das intervenções começam a aparecer nas rodas: são de 14" e calçadas por pneus de medida 175/70 fabricados com sílica como um dos componentes. Isso, aliado à calibragem de 36 psi nas rodas dianteira e 34 psi nas traseiras, impede que o pneu se deforme muito durante a rolagem sobre o asfalto, o que deixa o carro mais "livre" para percorrer seu caminho. No Fox convencional, a calibragem é de 29 psi e 28 psi, respectivamente.

A alta calibragem, no entanto, costuma ter um efeito colateral: o carro fica rígido. Porém, com o rearranjo feito pelos engenheiros da Volkswagen, o carro ficou mais firme, sem dúvidas, mas não desconfortável. No resumo, boa estabilidade sem comprometer o descanso dos ocupantes. O lançamento é equipado com o I-System, o computador de bordo da Volkswagen que, no Fox Bluemotion, traz medidor de consumo, mostrador digital de velocidade e indicador de troca de marcha. Tudo para auxiliar o motorista a dirigir mais economicamente. O dispositivo, porém, não considera aclives, pois indica que se passe a marcha para manter a rotação do motor baixa, mesmo que ele não tenha força para continuar subindo com a marcha maior. Falando em relações da transmissão, elas são mais longas que o convencional e o motorista pode estranhá-las no início. A 100 km/h, por exemplo, o carro gira a 2.000 rpm.

Para bater de frente com rivais, como o Fiat Idea Adventure Dualogic, a Volkswagen apresentou também a versão com câmbio automatizado I-Motion para o CrossFox. A novidade acrescenta 8 kg ao peso do carro, que agora é de 1.158 kg, e R$ 2.780 sobre o preço da versão equivalente com câmbio manual. O conforto de não se trocar as marchas no CrossFox sai por R$ 53.880. A marca diz que o modelo corresponde a 15% da venda total de Fox no Brasil e que cerca de 40% dos carros dessa versão serão equipados com a novidade.

A transmissão I-Motion caiu bem na versão aventureira do Fox e mostra como o sistema evoluiu ao longo do tempo. Os característicos "soluços" nas trocas de marcha, apesar de ainda presentes, foram suavizados. Utilizado-se a transmissão em modo manual, é possível conduzir sem se perceber que o câmbio é automatizado.