Sentra faz plástica e assume personalidade tiozão

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Sétima geração do Sentra chega ao Brasil

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Modelo está disponível em três versões

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Nova geração foi reformulada

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Luzes de led são de série

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Indicadores de mudança de faixa no retrovisor também

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Interior é simples, mas bem acabado

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Mostradores do novo Sentra

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Ignição se dá por meio de um botão no painel

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Tela com GPS é equipamento da versão mais cara

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Câmbio CVT equipa opção intermediária e topo de linha

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Espaço é o que não falta no Sentra

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Detalhe do acabamento da porta

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Teto solar é exclusividade da configuração mais cara

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Porta-malas ficou maior e carrega 503 litros

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Por muito tempo, ele lutou para não carregar o estigma de carro de tiozão, mas após passar por uma plástica que o mudou radicalmente, em vez de afastar uma das principais características dos sedãs, acabou aderindo ao rótulo. Só que, dessa vez, assumiu sua personalidade como um carro que tem na comodidade seu principal trunfo, diferentemente da geração anterior, que tentava se vender por uma "suposta" jovialidade.

A sétima geração do Sentra desembarca nas revendas da Nissan a partir da semana que vem sem pretensões esportivas, mas com apelo no conforto, espaço e custo-benefício. Importado do México, está disponível em três versões: S, SV e SL. Toda a linha é equipada com motor 2.0 16V bicombustível de 140 cv de potência, que aposentou o tanquinho de partida a frio. A versão de entrada conta com câmbio manual de seis velocidades, enquanto a intermediária e a topo de linha recebem transmissão CVT (continuamente variável). 

O Sentra mais barato traz de fábrica freios ABS, airbag duplo, direção elétrica, comandos no volante, farois de neblina, rodas de liga leve de 16 polegadas, CD player com MP3 e bluetooth, chave presencial, ignição por meio de botão e acionamento elétrico dos vidros, travas e retrovisores. A intermediária soma a estes itens ar-condicionado digital de duas zonas e piloto automático, enquanto a mais cara agrega teto solár elétrico, retrovisor interno eletrocrômico, airbags laterais e de cortina, sensor de estacionamento com câmera de ré, revestimento de couro, acendimento automático dos farois, rodas de 17 polegadas e tela para GPS.

Sem o arrojo da juventude, Sentra reconhece personalidade

O novo Sentra é a ponte entre o Versa e o Altima, sedã grande que chega ao mercado brasileiro em novembro. É mais sofisticado que o irmão menor, mas não chega a ousar visualmente como o maior. A sétima geração do sedã médio da Nissan tem um conjunto mais harmônico que a família anterior e, com isso, deverá garantir uma nova parcela de clientes, como jovens e mulheres, além de manter os tiozões na mira.

Na parte de dentro, o novo Sentra tem um bom acabamento, com material agradável ao toque, peças bem encaixadas e baixo nível de ruído. Os comandos são funcionais e bem localizados. Com entre-eixos de 2,70 metros, que garante espaço suficiente para quatro adultos com 1,80 m de altura, o Sentra ganhou mais 61 litros de capacidade no porta-malas, que passa a acomodar 503 litros.

De acordo com a Nissan, para a nova geração, o câmbio CVT passou por melhorias, com o objetivo de ficar mais leve e produzir menos atrito entre seus componentes. Na prática, este tipo de câmbio em um sedã de quase 1.348 quilos fica responsável por oferecer, acima de tudo, conforto na condução. O equipamento tem infinitas marchas para promover uma aceleração contínua, portanto, o papel do motorista, neste caso, se resume a operar o pedal do acelerador com mais ou menos intensidade.

No trânsito, o desempenho é suave - característica acentuada pela leveza da direção elétrica - e agrada principalmente pelo trabalho dos engenheiros na suspensão - reforçada na traseira para rodar em território brasileiro -, que ficou mais macia. Quando uma performance mais agressiva para ganhar ou retomar velocidade é exigida, no entanto, o Sentra não muda seu comportamento. É necessário chegar perto das 5.000 rotações por minuto para o carro reagir e embalar. No processo, o motorista chega a sentir falta da opção de trocas manuais de um câmbio automático convencional, e o motor fica ruidoso e deve em agilidade para ultrapassar, por exemplo, mas não significa que o carro seja fraco (a força máxima de 20 kgfm está na faixa dos concorrentes), mas a proposta do casamento entre o motor e o CVT não é inspirar esportividade, mas transmitir comodidade.

Vai vender? - dessa vez, com o novo Sentra, a Nissan não mostrou preocupação em afastar o estigma de carro de tiozão. Ao contrário, a dirigibilidade voltada ao conforto e o espaço interno do modelo parecem ter sido assumidos como diferenciais nesta nova geração, o que dá mais credibilidade ao veículo para concorrer no disputado segmento de sedãs médios. Com a nova geração, a montadora espera comercializar até 1.400 modelos mensalmente. Design mais atraente e performance condizente com sua proposta se mostram favoráveis para fechar esta equação. Para o fator manutenção, a Nissan programou uma tabela de revisão com preços fixos (com valores entre R$ 189 para 10 mil km e R$ 589 para 60 mil km), válida para todo território nacional. Já para a questão rentabilidade na revenda, somente o tempo para mostrar se o tiozão ficará bom de mercado.

Confira os preços do Nissan Sentra:
- 2.0 S manual: R$ 60.990
- 2.0 SV câmbio CVT: R$ 65.990
- 2.0 SL câmbio CVT: R$ 71.990