Na última semana, Abdul Ibraimo, presidente da Brasil Montadora, empresa responsável pela importação dos veículos das marcas Ssangyong, Changan e Haima, assinou um protocolo que garante a intenção de instalação de uma planta para fabricação de modelos das marcas, de origem asiática, no Brasil. O tratado foi firmado junto ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
A confirmação e início das obras de implantação da fábrica aguarda o desfecho do novo regime automotivo, que faz parte do programa Brasil Maior, que deve ser anunciado pelos Ministros da Fazenda, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência, Tecnologia e Inovação, ainda este mês. O novo processo é referente à flexibilização dos índices de nacionalização de peças e de regionalização da montagem de automóveis. O regime em vigor, anunciado em setembro passado, afirma que ao menos 65% das peças e 11 etapas do processo de produção devem ter origem nacional, para não sofrerem com o
aumento do IPI.
Abdul espera que o governo brasileiro atenda ao pedido de de nacionalização de 15% no primeiro ano de produção e que, gradativamente, seja aumentado para 65%, até o quinto ano de atividades da planta. Se o Governo Federal atender a este pleito, certamente, a Brasil Montadora de Veículos garantirá seus investimentos no Brasil, confirmou Abdul. Cerca de R$ 300 milhões serão investidos para a implantação da nova fábrica, que terá capacidade de produzir 10 mil carros por ano, a partir de 2014. O projeto deve gerar mais de 1.000 empregos diretos. O objetivo final é produzir 50 mil unidades anuais depois de cinco anos de funcionamento da planta.
Montadoras - a mais conhecida entre as três marcas é a Ssangyong, que atualmente vende no Brasil três modelos: Actyon, que tem a variante picape chamada de Actyon Sports, Rexton e Kyron, todos utilitários esportivos. A Changan comercializa o utilitário compacto MiniStar e a picape Star. Já a Haima trouxe ao Brasil o Haima 2, hatchback de entrada, o Haima 3, com opção sedã e hatch, e o SUV Haima 7.