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Saiba como funcionam os acordos comerciais do Brasil

País pode romper com México; modelos importados do País devem ter preços elevados em 35%

06/02/2012 - Rafael Mandelli / Fonte: iCarros

Saiba como funcionam os acordos comerciais do Brasil

A novela que envolve os acordos de importação entre o Brasil e o México ainda não recebeu um desfecho. Na semana passada, na tentativa de tornar a balança comercial equilibrada em relação às exportações de veículos para o México, o governo anunciou que iria rever os critérios de importação dos modelos que vinham deste país. Até que o momento, no entanto, nenhuma resolução entre as duas partes foi tomada.

Atualmente, o Brasil tem acordo de isenção de taxa de importação firmado com os países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai - sendo que o último não possui fabricantes de automóveis) e com o México; a lei exime o pagamento do imposto de importação, de 35% sobre o valor do veículo, que possuam ao menos 60% de conteúdo local, para ambas as partes. Em relação ao tratado firmado com a Argentina, em vigor desde 1994, no último ano, o Brasil registrou superávit na balança comercial do setor automotivo de US$ 3,4 bilhões. No que diz respeito ao México, no entanto, o resultado não tem sido favorável.

Em 2011, o Brasil registrou um déficit de US$ 700 milhões na balança comercial do setor a partir da parceria mexicana. Foram enviados 1,5 milhão de carros para o México e importadas 475 mil unidades durante os 11 anos de parceria comercial. Atualmente, 15 modelos são importados para o Brasil isentos da taxação sobre produtos importados. O cenário negativo se repete desde 2009.

Na manhã de hoje (6), durante a divulgação de dados da indústria automotiva registrados em janeiro, o presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, considerou a importância da manutenção do acordo, já que uma possível reformulação das cláusulas poderia favorecer outros setores da indústria automotiva brasileira. De acordo com Belini, o rompimento seria a pior alternativa possível.

O governo brasileiro está em fase de negociação com o México para tentar manter a balança equilibrada. Além disso, para fortalecer a economia, o País precisa aumentar o nível de produção e de competição em relação ao outros mercados, como China e Índia. O governo brasileiro deve propor ao México a inclusão de outros setores da indústria automotiva no acordo. 

Restrição hermana - no dia 1° deste mês, a Argentina impôs novas regras de importação para o mercado brasileiro. O país restringiu importação de produtos de consumo (incluindo carros), levando à demora na liberação dos veículos que ficam retidos nos portos e à falta de peças de origem argentina. A restrição é somada ao processo de licenças não-automáticas, imposto pelos dois países desde o ano passado.

Confira a lista dos modelos importados do México atualmente, com os valores de entrada atuais, que podem sofrer reajuste caso haja mudança no acordo entre os dois países:
- Chevrolet Captiva: R$ 94.038
- Dodge Journey: R$ 97.500
- Fiat 500: R$ 39.990
- Fiat Freemont: R$ 81.900
- Ford New Fiesta hatch: R$ 48.950 
- Ford New Fiesta sedã: R$ 50.950
- Ford Fusion: R$ 83.660
- Honda CR-V: R$ 75.900
- Nissan March: R$ 27.790
- Nissan Versa: R$ 36 mil
- Nissan Sentra: R$ 52.990
- Nissan Tiida: R$ 50.990
- Nissan Tiida Sedan: R$ 44.500
- Volkswagen Jetta: R$ 65.755
- Volkswagen Jetta Variant: R$ 85.990

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