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Ainda com fôlego, Focus bate o Bravo

Perto de uma possível troca de geração, médio da Ford tem mais atributos do que o recém-chegado hatch da Fiat

20/04/2011 - Texto e fotos: Fernando Pedroso / Fonte: iCarros

Em janeiro de 2009, essa mesma geração do Ford Focus que temos hoje nas lojas, esteve nas páginas do iCarros em um comparativo com o já veterano Fiat Stilo. Pouco mais de dois anos depois, o médio da Fiat deu lugar ao sucessor Bravo, mais moderno, que chegou tarde, é verdade, mas ainda em tempo de incomodar os rivais.

Para começar, o motor é novo e não o velho 1.8 abandonado pela fábrica de Betim (MG). O Bravo usa o E.TorQ de 1,8 litro 16V de 130 cv com gasolina e 132 cv com álcool sempre a 5.250 rpm. O torque máximo é de 18,4 kgfm e 18,9 kgfm a 4.500 giros. Muito mais moderno, mas ainda abaixo dos números do Focus, que tem um bloco de 2,0 litros 16V com 143 cv (g) e 148 cv (a) a  6.250 rpm e 18,4 kgfm  e 19,1 kgfm a 5.250 giros com seus respectivos combustíveis.

Os números de torque próximos, aparecendo mais cedo no Bravo, fazem parecer que os dois se comportem de forma semelhante, mas não é bem assim. O motor Fiat tem boas respostas, mas mais em rotações mais altas. O Focus trabalha melhor desde os 1.500 giros e apresenta boas retomadas mesmo com o ponteiro do conta-giros em escalas mais altas graças ao comando de válvulas de admissão variável. O Bravo não conta com isso. Os 11 cv a mais também fazem a diferença a favor do Ford.

Outro ponto que o médio da Fiat melhorou em relação ao Stilo foi o câmbio, mas que também não alcançou o rival. As marchas estão mais precisas, mas sem os engates suaves do Focus. Ponto alto é a posição da alavanca, mais ao alcance das mãos no Fiat do que no Ford. O volante também tem melhor empunhadura e os comandos de som, mais usados do que os do controlador de velocidade, ficam próximos aos dedos, enquanto a outra ferramenta está presa à coluna de direção. No Focus é o contrário.

Com motor e câmbio melhores, o Focus ganha outro ponto positivo na dirigibilidade ao adotar suspensão traseira multlink, ao invés do eixo de torção do Bravo. O resultado disso é maior conforto e estabilidade. Em curvas mais rápidas, o Bravo apresenta tendência a sair de frente e a direção é indireta, agravando a sensação de insegurança. O conforto, no entanto, não é tão prejudicado por causa da calibração mais macia do carro.

Preços próximos, mas precisa equipar o Bravo

O Ford Focus cedido para avaliação ao iCarros foi na versão Titanium, apresentada no Salão do Automóvel do ano passado e que entrou no mercado na linha 2011 do modelo. Ele já vem com ignição automática por botão, ar-condicionado digital de duas zonas, direção com assistência elétrica, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, freios ABS, airbag duplo, rodas de 16 polegadas, bancos de couro e teto solar. Tudo isso sai por R$ 71.660. O único opcional é o câmbio automático, que elevaria o valor para R$ 76.410.

O Bravo avaliado é o Essence, mas para efeitos de comparação, consideramos o Absolute, que tem conjunto mecânico idêntico e altera apenas o pacote de equipamentos. Em todo caso, a versão vem com a mais com rodas de 17 polegadas por R$ 62.560, mas teto solar, bancos de couro, sensores de chuva e faróis e comandos de voz para rádio e telefone são opcionais, elevando o preço a R$ 71.187, muito próximo do Focus. A vantagem do Bravo é poder escolher por mais alguns itens, como airbags laterais e de joelho, sensor de estacionamento dianteiro e sistema de navegação embutido no painel. Completo, o médio sai da loja por R$ 79 mil. Com o câmbio automatizado, então, o valor já chega aos R$ 81.971.

Entre os equipamentos, os dois carros têm itens em comum, mas com funcionamento diferentes. O primeiro são os faróis direcionáveis, que no Focus é com o bloco elíptico se movimentando conforme o esterço do volante, como acontece no Citroën C4. O Bravo faz algo parecido, mas acendendo o farol de neblina do lado para qual o carro está virando. Outro item é o comando por voz. No Ford, é possível mudar até a temperatura do ar-condicionado e mudar a estação de rádio. Nos testes do iCarros, poucas vezes o sistema não entendeu o comando. Já no Fiat, foi melhor parar na terceira tentativa de discar um número por comandos de voz e esperar um lugar para encostar e fazer a ligação de forma tradicional.

No espaço interno, outro ponto para o Focus. O entre-eixos tem apenas 4 cm a mais (2,64 m), mas o suficiente para acomodar melhor dois adultos no banco traseiro. Na largura, são 5 cm a mais para o Ford (1,84 m). O Bravo só é mais alto, com vantagem de 1 cm (1,50 m). No porta-malas, o Fiat Bravo tem ampla vantagem, com 400 litros de capacidade contra os 328 do rival. Além de menor, o bagageiro do Focus tem o piso muito alto, dificultando a colocação de objetos mais pesados.

Veredicto de Fernando Pedroso – Quando comparado com o Fiat Stilo, o Focus custava a mais e era movido somente a gasolina. Mesmo assim, venceu o duelo. Com o Bravo, os preços estão próximos e o Ford agora é flex e continua na frente, mesmo com a evolução do novo Fiat em relação a seu antecessor. Mas não que isso seja motivo para descartar o Bravo, basta lembrar que a versão básica do Absolute, sem os equipamentos do Focus Titanium, mas ainda assim bem recheado, sai da loja por cerca de R$ 9.000 a menos.
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