entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Civic Touring x Cruze LTZ: o duelo dos anti-Corolla

Apesar de não superarem o líder de vendas, os sedãs da Honda e da Chevrolet mostram porque são a antítese do Toyota

01/02/2018 - Texto e fotos: Thiago Morneo / Fonte: iCarros

O Toyota Corolla foi o sedã médio mais vendido de 2017 sem discussão e com uma ampla vantagem sobre os demais adversários. Entre eles, o Honda Civic e o Chevrolet Cruze. O iCarros testou os dois últimos nas versões mais completas para mostrar porque eles são tão diferentes do Corolla e qual é o melhor para quem não está com a maioria e preferiu pegar um sedã médio que não tem o emblema da Toyota na grade.

Vai trocar de sedã? Simule aqui o valor da parcela

O Civic Touring custa R$ 124.900 e não tem opcionais. Já Cruze LTZ custa R$ 109.190, mas o modelo das fotos estava com o único opcional instalado: LTZ 2, que eleva o preço até R$ 117.690. Apenas para comparação, o Corolla Altis custa R$ 117.900.

Veja como anda o Toyota Corolla Altis

O que cada um traz?

O Cruze LTZ traz de série airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, faróis de neblina, direção elétrica, rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis com regulagem de altura, volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade, controle de tração e de estabilidade, luzes diurnas, sistema isofix para cadeiras infantis, controlador de velocidade, computador de bordo e central multimídia MyLink com tela de sete polegadas sensível ao toque, comandos de voz e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.

Veja a ficha técnica completa do Chevrolet Cruze

Há ainda assistente de partida em rampa, monitoramento da pressão dos pneus, sistema Start/Stop, modo Eco, retrovisores externos com aquecimento, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.

O opcional LTZ 2 acrescenta assistente de permanência na faixa, alerta de colisão frontal, alerta de ponto cego, indicador de distância do veículo à frente, sistema de estacionamento automático em vagas paralelas e perpendiculares, farol alto inteligente adaptativo, carregador de celular sem fio e banco do motorista com ajustes elétricos.

Já o Civic Touring traz partida por botão, acionamento remoto do motor pela chave, alarme, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis de neblina, teto solar elétrico, piloto automático, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, retrovisor interno antiofuscante, banco do motorista com ajustes elétricos e revestidos de couro e central multimídia com tela de 7” sensível ao toque, Bluetooth, comandos no volante, GPS, streaming de áudio, comandos de voz, conexão HDMI e espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto.

Veja a ficha técnica completa do Honda Civic

Entre os itens de segurança estão controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, airbags frontais, laterais e de cortina, luz diurna de LED, sistema isofix para cadeiras infantis, faróis full LED e freio de estacionamento eletrônico com função Brake Hold (mantém o carro freado sem a necessidade de manter o pedal pressionado).

Ficha técnica

Tanto o Civic quanto o Cruze adotam táticas similares na motorização. Ambos trazem propulsores pequenos e turbinados focando na maior eficiência energética, apesar de a Chevrolet conseguir oferecer o motor flex, enquanto a Honda traz o propulsor a gasolina, monocombustível.

Em termos de transmissão, soluções bem diferentes. O Cruze tem um câmbio automático convencional de seis velocidades, enquanto o Civic oferece o CVT, de relações continuamente variáveis. Ambos oferecem alavancas atrás do volante para a troca de marchas em modo manual, o que faz mais sentido no Chevrolet, que tem marchas. O CVT do Civic simula sete velocidades no modo manual, que são posições pré-programadas nas correias de transmissão do câmbio.

O motor do Cruze é 1.4 turbo capaz de entregar até 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque com etanol. Já o Civic Touring é o único da linha do sedã da Honda com o 1.5 turbo a gasolina que rende 173 cv de potência e 22,4 kgfm de torque.

Nas medidas, o Cruze tem 4,67 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,48 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 440 litros de bagagens. Na versão LTZ, o modelo pesa 1.321 kg.

Já o Civic mais caro tem 4,63 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,43 m de altura e os mesmos 2,70 m de entre-eixos. O porta-malas é maior, com 519 litros. O peso total dessa configuração mais completa do sedã é de 1.326 kg.

Iguais, mas não poderiam ser mais diferentes

Apesar de medidas similares e soluções parecidas sob o capô, Civic e Cruze não poderiam ser mais diferentes, o que é apenas evidenciado pelas versões mais caras de ambos os sedãs.

O Cruze se modernizou bastante no visual na comparação com a geração anterior, o que não quer dizer que ele chame a atenção pelas ruas. A cara é moderna, mas não ousada. A silhueta lateral, apesar da linha de cintura alta, e a traseira não enchem os olhos. O Civic, por outro lado, parece mais baixo e largo do que realmente é. Com a grade proeminente, faróis afilados (com uma bela sequência de LEDs na versão Touring) e lanternas envolventes, ele chamou a atenção por onde passou, repetindo o sucesso daquele New Civic de 2007.

Em termos de espaço interno, na real, é quase um empate. A escolha fica a cargo de sua preferência. Dificilmente você estará em uma situação em que ficará se sentindo apertado, ou qualquer um de seus passageiros.

A diferença mesmo é que o Civic posiciona o motorista em uma posição mais baixa e esportiva, enquanto o Cruze é mais elevado e prioriza o conforto. O Civic tem um pouco menos de espaço para a cabeça no banco traseiro, mas o Cruze tem menos porta-malas. É difícil escolher quem ganha e quem perde.

Veja ofertas de Chevrolet Cruze perto de você

Em termos de acabamento, não há falhas para apontar em nenhum dos dois. O que há é uma boa escolha de materiais e execução esmerada na montagem para ambos. O que difere um do outro é que a Chevrolet optou por uma opção mais tradicional no desenho e com tons claros, ampliando a sensação de conforto. A Honda fez o inverso: visual de nave espacial e cabine praticamente toda preta, para complementar a pegada do visual externo mais esportivo.

Para quem considera a tecnologia da central multimídia algo primordial, a tela do Cruze é maior e tem gráficos mais nítidos, enquanto a do Civic, menor, deu um pouco mais de trabalho para acertar os comandos.

No Chevrolet, ainda há botões físicos mais intuitivos. No Honda, é difícil até aumentar o volume sem tirar os olhos da rua. Com meu aparelho Android, tive uma experiência melhor também no Cruze, que pareou mais rápido e com menos engasgos. Dito isso, no Civic, mesmo usando o Google Maps pelo Android Auto no lugar da navegação nativa, o passo a passo da navegação também era mostrado no painel de instrumentos, como se fosse o GPS convencional.

O que nos leva ao comportamento dos sedãs. Tudo que foi dito acima se repete. O Cruze é mais confortável, não só em termos de acerto de suspensão e conforto a bordo, como também na segurança oferecida pelo opcional LTZ 2. Ele permite uma condução mais relaxada, sabendo que o carro está cuidando de você.

Dito isso, o não é um esportivo. Conduzi-lo é um ato de sair do ponto A até o ponto B com o mínimo de esforço, o que tem muito mérito também, afinal, nem todo mundo quer se sentir o Ayrton Senna parado no trânsito.

Mas se você é essa pessoa que quer se sentir o Ayrton Senna, o Civic é o seu carro. A direção é rápida e a posição mais baixa também dá uma sensação de controle maior. O volante leva pouco mais de duas voltas para ir de batente a batente. A suspensão também é mais firme que a do Cruze, ampliando a vantagem em dinâmica. Como a Honda optou por usar buchas hidráulicas na suspensão do Civic, as pancadas dos buracos não se traduzem necessariamente em traumas à coluna, mesmo tendo amortecedores mais firmes que o rival.

Veja ofertas de Honda Civic perto de você

As respostas dos motores são parecidas, mas o Cruze, apesar de não ser mais rápido no papel, faz trocas de marcha mais ágeis e o motorista percebe a velocidade crescendo. No Civic, o CVT usa uma rotação constante, enquanto a velocidade apenas sobe. Peguei-me mais vezes andando mais rápido do que gostaria sem perceber no Civic do que no Cruze.

Conclusão

Se você prioriza dirigibilidade e visual, pode investir no Honda Civic Touring, que ainda vai retornar um consumo de 10,4 km/l na cidade (de acordo com o computador de bordo). Se a sua palavra de ordem for segurança, tecnologia embarcada e conforto, o Cruze ganha, mas, com gasolina, o consumo médio ficou em 9,9 km/l.
 

 

Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no:

Facebook (facebook.com/iCarros)
Instagram (instagram.com/icarros_oficial)
YouTube (youtube.com/icarros)

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.