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HR-V x Tracker: iguais, mas (bem) diferentes

Se por um lado, o Honda HR-V é tão SUV quanto o Chevrolet Tracker, ambos entregam experiências e preços bem diferentes

27/11/2015 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: Gabriel Aguiar e Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Enquanto o Honda HR-V já se tornou vista comum nas cidades, disputando com o Jeep Renegade o topo do ranking entre os SUVs compactos, o Chevrolet Tracker é o oposto: é a escolha de quem quis ser diferente ou não entrou na longa fila de espera para adquirir um dos líderes. Apesar de se enquadrarem no mesmo segmento, HR-V e Tracker entregam experiências bem diferentes, mas só um pode levar a melhor.

Veja a opinião dos donos de Chevrolet Tracker
Veja a opinião dos donos de Honda HR-V

Chevrolet Tracker LTZ (R$ 82.590): jovialidade e um precinho mais camarada

Desde o lançamento, em 2013, o Chevrolet Tracker não mostra alterações significativas, mas ele ainda tem uma cara jovial com grandes e pronunciados arcos de roda e linhas que disfarçam seu tamanho real. Entre os itens de série da versão LTZ, única disponível na linha 2015, estão direção hidráulica, ar-condicionado, acionamento elétrico de vidros travas e espelhos, bancos com revestimento de couro, faróis de neblina, rodas de 18 polegadas, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré e central multimídia com tela de toque e conectividade via Bluetooth e USB. O carro das fotos está equipado com um pacote de opcionais que acrescenta acabamento interno em dois tons, teto-solar elétrico e airbags laterais por R$ 4.900, elevando o preço a R$ 87.490.

Nas medidas, o Tracker tem 4,2 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,6 m de altura e 2,5 m de entre-eixos. Seu bagageiro é capaz de acomodar 306 litros. O SUV pesa no total 1.355 kg. A motorização oferecida pela Chevrolet é um 1.8 16V flex capaz de entregar até 144 cv de potência e 18,9 kgfm de torque rodando com o etanol. A única opção de câmbio é um automático de seis marchas e a tração é apenas dianteira.

Confira a ficha técnica completa do Chevrolet Tracker

Desempenho, acabamento e espaço interno

Apesar do peso, o Tracker responde bem às investidas do pé direito no acelerador e o câmbio tem operação suave e sabe a hora certa de trocar as marchas. Apesar de incômoda, há a opção de trocas em modo manual por meio de botões no topo da alavanca. O sistema hidráulico da direção é mais pesado que os atuais elétricos, mas não tanto ao ponto de ser incômoda. Com bom isolamento acústico a cabine é silenciosa e a suspensão filtra bem as imperfeições do asfalto.

Mesmo com o uso de couro no interior, ainda existe muito plástico rígido na cabine do pequeno SUV da Chevrolet. Por outro lado, o Tracker mostra mais de sua jovialidade com porta-trecos extras acima do porta-luvas e na parte superior do painel. O primeiro inclusive abriga uma entrada USB, que garante um local seguro longe da vista alheia para carregar dispositivos eletrônicos.

Em espaço, o modelo vai bem até quatro passageiros, com sobra para ombros, pernas e cabeças e regulagens de altura e profundidade para o volante e o banco do motorista. Mas o terceiro passageiro na fileira de trás vai se apertar e atrapalhar os demais.

Honda HR-V EX (R$ 84.700): fama e eficiência cobram seu preço

Disputando a liderança do segmento carro a carro com o Jeep Renegade, o Honda HR-V foi bem aceito pelo público e, até hoje, ainda há fila de espera para o modelo dependendo da versão. Entre os segredos de seu sucesso estão as linhas elegantes e discretas do SUV e a motorização emprestada do sedã Civic.

A lista de equipamentos de série da versão EX inclui direção com assistência elétrica, ar-condicionado, rádio com conectividade via Bluetooth e USB, acionamento elétrico de vidros, travas e portas, rodas aro 17, controle de estabilidade e faróis de neblina. Para se ter bancos de couro como o rival é preciso subir uma configuração. A EXL (R$ 92.900) traz também a tela multimídia de toque e airbags adicionais, mas não há teto-solar.

As medidas do HR-V são similares as do rival. São 4,3 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,6 m de altura e 2,6 m de entre-eixos, carregando até 437 litros no porta-malas. O modelo pesa 1.276 kg. O motor, emprestado do Civic de entrada, é um 1.8 16V flex de 140 cv e 17,7 kgfm com etanol e o câmbio é automático de relações continuamente variáveis (CVT). A tração também é apenas dianteira.

Confira a ficha técnica completa do Honda HR-V

Desempenho, acabamento e espaço interno

A diferença de potência entre o Honda e o rival é pequena... no papel. Na prática, mesmo sendo mais leve, o HR-V parece demorar mais a acelerar. Não que seja mais lento, mas a operação do câmbio CVT eleva a rotação até determinado ponto e ali o motor fica independente do quanto o a acelerador é acionado. Se a operação manual do câmbio do Tracker é incômoda, ao menos existe, pois no Honda não há essa alternativa. Existe apenas o modo esporte, que permite usar rotações mais elevadas, e o “L”, que utiliza as relações mais curtas do CVT para se ter o máximo de força ou para utilizar o efeito freio motor em ladeiras acentuadas.

Se, na percepção de quem dirige, o HR-V fica devendo em performance, compensa pelo acabamento mais esmerado e com o uso de materiais mais macios ao toque no painel. Porém, incomoda a configuração intermediária do carro não oferecer bancos de couro e ter um plástico injetado no painel imitando costuras pelo valor que cobra. Dito isso, o espaço interno do HR-V é maior, acomodando cinco passageiros sem problemas e oferecendo o mesmo nível de silêncio e conforto a todos, sendo que a direção elétrica é mais camarada em manobras.

O grande destaque interno do carro fica para a modularidade dos bancos traseiros: além de se rebaterem facilmente, também podem ter os assentos erguidos para carregar itens altos, como plantas. O sistema, herdado do Fit, com quem compartilha a plataforma, é possível graças à acomodação do tanque de combustível sob os bancos dianteiros, como no hatch.

Escolha de Thiago Moreno - Elegante, bem acabado, prático e eficiente, o Honda HR-V mais que justifica seu sucesso. O preço, nem tanto. O Tracker, por outro lado, além de ser uma escolha “fora da caixinha”, o que me agrada, e responder melhor à vontade do motorista, o que me agrada ainda mais, é mais barato e mais bem equipado. Além disso, oferece um sistema multimídia antenado às necessidades atuais e dispõe de bons locais para acomodar a parafernalha eletrônica da vida moderna. Diferente, mais barato, obediente e mais equipado, é difícil eu convencer alguém a comprar o HR-V EX neste comparativo, ao menos que se precise muito do espaço interno extra. Por isso, é o Chevrolet Tracker que ganharia a tag da garagem do meu apartamento.

 

 

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