Suzuki Jimny: o menor jipe que você respeita

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Suzuki Jimny pode ser comprado por R$ 65.990

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Versão 4Sport das fotos sai por R$ 71.990

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Pequenas medidas e posição elevada para guiar são uma das vantagens

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Acabamento, porém, não é um dos destaques

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Nem o espaço no banco traseiro

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E nem o porta-malas

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Ao menos os bancos são bipartidos

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Nada de luxos no Jimny, apenas o básico

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Console central abriga o comando do 4x4

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Motor 1.3 gera apenas 85 cv

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Convenhamos, R$ 65.990 não é barato para nenhum carro, quanto mais um que entrega motor 1.3 e pouco mais do que o mínimo esperado: ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico, além de levar apenas quatro ocupantes e ter um porta-malas bem pequeno. Esse é o preço do Suzuki Jimny mais em conta, só que o valor não fala toda a história do jipinho. O iCarros testou a versão um pouco mais completa, 4Sport, de R$ 71.990.

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O que tem e o que traz?

Todas as configurações do Jimny trazem de série direção hidráulica, ar-condicionado, acionamento elétrico de vidros, travas e espelhos, rádio com conectividade via Bluetooth e USB, limpador e desembaçador traseiro, rodas de liga leve de 15 polegadas, rack de teto, luzes de neblina dianteira e traseira e máscara de farol pintada na cor do carro. A 4Sport acrescenta ainda pneus com perfil mais agressivo para off-road, engate traseiro, para-choque modificados para melhorar os ângulo de ataque e saída e chapa de proteção inferior. Opcionalmente, ainda pode ter engate dianteiro e snorkel como no carro das fotos.

Em números, o jipe traz um pequeno motor 1.3 16V a gasolina apenas com comando variável para as válvulas de admissão. O resultado são 85 cv de potência a 6.000 rpm e 11,2 kgfm de torque a 4.100 rpm. Pode parecer pouco – e é mesmo -, mas o Jimny tem apenas 1.090 kg de peso.

Veja a ficha técnica completa do Suzuki Jimny

O ponto alto da mecânica está na transmissão: o câmbio de cinco marchas é acoplado a uma caixa de transferência que pode enviar a força para as rodas traseiras ou para as quatro. Há ainda a caixa de redução, que multiplica a força do motor em sacrifício da velocidade, tornando o Jimny um legítimo fora de estrada. Mesmo porque o jipe tem construção do tipo carroceria sobre chassi e eixos rígidos, apesar de usar molas helicoidais. São três eixos cardã no total: um do câmbio para a caixa de transferência e, de lá, saem dois: um para cada eixo. A mudança entre 4x2, 4x4 e 4x4 com reduzida é feita por meio de botões no painel.

Nas medidas, o Suzuki tem 3,65 m de comprimento, 1,6 m de largura, 1,7 m de altura e 2,25 m de entre-eixos. O porta-malas é tão pequeno que a marca nem divulga sua capacidade, mas duas mochilas são o suficiente para esgotar o espaço de bagagens. O banco traseiro é bipartido e pode ajudar a acomodar mais carga, mas o motorista ficará no eterno dilema entre levar mais pessoas ou mais coisas.

Tem lá seus defeitos, mas cativa mais que filhote de bulldog francês

Antes de mais nada: sim, eu adoro o Jimny. Porém, até eu entendo que ele não é para qualquer um. O jipe é apertado por dentro, emite muito ruído para a cabine, tem a direção pesada e o acabamento interno lembra muito os carros asiáticos do final da década de 1990.

Agora vamos falar de coisa boa. A começar pelas dimensões compactas do carro. O Jimny é menor que muitos carros de entrada, então manobrar em espaços apertados e se virar bem no trânsito é com ele mesmo. Apesar de ser pequeno, sua posição de guiar é mais elevada que a dos SUVs compactos. Então o Jimny consegue ter as vantagens de um hatch aliadas às de um pequeno utilitário.

Confira a opinião dos donos de Suzuki Jimny

E ainda nem comecei a falar do que esse jipe é capaz de fazer no fora de estrada. São 41º de ângulo de ataque e 44º de saída, com 200 mm de altura livre em relação ao solo. Quando o asfalto acaba, tais medidas e a tração 4x4 de verdade fazem diferença. E mais: vai ter jipe grande “de verdade” que não vai passar onde o Jimny passa por conta do baixo peso e das medidas externas diminutas. Na prática, vai ser difícil achar buraco, valeta, lombada ou pirambeira na cidade que vá desafiar o jipe. E o Jimny vai fazer tudo isso com o ar-condicionado ligado.

O comportamento do motor e do câmbio na cidade é praticamente um flashback: pouco mais que um carro 1.0 até 3.000 rpm e depois disso o Jimny começa a disparar e encorpar o ronco. O câmbio não tem os engates mais precisos, nem os mais curtos, então reserve tempo para se acostumar com o jeito certo de fazer as mudanças (e com a alavanca vibrando em marcha lenta).

Na minha opinião, são esses carros que demandam um pouco de aprendizado para se guiar melhor que se tornam os mais legais no longo prazo. Porque, no futuro, você vai saber “a tocada certa” e a condução se torna mais prazerosa que apenas girar a chave e colocar o câmbio em Drive. Carro não é geladeira, não tem apenas que “funcionar”, tem que agradar também.

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E o Jimny não agrada apenas quem gosta de dirigir. Quem o vê passando também curte. Não só porque o carro testado estava com adesivos gigantes (ele participou de algumas etapas da Copa Suzuki de rali), mas também porque ele é diferente de quase tudo que se vê rodando hoje em dia.

Seu visual é até caricato, mais alto do que largo. E nada de linhas fortes, com ângulos acentuados ou cara de mau. Não dá para evitar de sorrir perto do Jimny (ainda mais nas chamativas cores que a Suzuki oferece), ele parece sempre querer “brincar” toda vez que o motorista entra no carro. E isso não é algo que se vê todo dia.

Conclusão

Definitivamente o Jimny não serve para ser o único carro de uma família. Mas quem é solteiro, ou está indo para um segundo carro na garagem, tem no jipinho da Suzuki uma opção que se destaca na rua e ainda tem diversas vantagens que a preparação para off-road ajuda no uso urbano. Então relaxe, baixe os vidros e curta o passeio enquanto deixa o trânsito um pouco menos sério e mais colorido.

P.S.: obrigado Suzuki por oferecer mais cores que branco, preto, prata e cinza.
 

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