Fiat Palio era pra substituir o Uno? Conheça essa história

Quando alguém fala Fiat, você pensa no Uno na mesma hora. Mas, você conhece a história do sucessor? Senta aí que hoje vamos contar algumas curiosidades sobre o Fiat Palio.

O Palio surgiu do chamado projeto 178 da Fiat e tinha a dura função de ser o substituto do Uno. Olha o Spoiler: não conseguiu.

Lançado em 1996, o Palio trazia um melhor aproveitamento de espaço e linhas mais modernas, seguindo os passos do Chevrolet Corsa e do Volkswagen Gol da época.

Aliás, seu design é de grife, assinado pelo estúdio I.D.E.A.

O nome vem de uma antiga corrida de cavalos italiana, chamada Palio di Siena. Se você é mais esperto, também já entendeu de onde veio o nome do sedã.

Já em 2000, a Fiat deu o primeiro tapa no visual do Palio, que ficou mais sério com faróis retangulares.

O design é assinado pelo Giorgetto Giugiaro, que também desenhou o primeiro Volkswagen Golf. Só que não caiu muito no gosto dos brasileiros e foi substituído pouco tempo depois.

Em 2003, a Fiat apresentou o Palio 2004. Chamaram o Giugiaro de canto e dessa vez o italiano acertou a mão.

Com um conjunto de faróis duplos, esse visual deu bem mais certo e ficou em linha por muito tempo nas versões Fire. Há quem diga que é o mais bonito, o que você acha?

Em 2007, surgiu a última reestilização do Palio de primeira geração. Os faróis ficaram maiores e mais retangulares e a traseira ficou bem diferente.

Foi nessa geração que a Fiat trouxe de volta a versão R que, como no Uno, era a opção mais esportiva.

Durante a primeira geração, a Fiat tinha a mania de manter a versão antiga em linha, mesmo com a nova já lançada. Então, no mesmo ano, você podia comprar o Palio velho mais barato, ou pagar a mais pelo novo.

E tem também os motores. Teve de tudo 1.0 do Uno, 1.3, 1.4, 1.5, 1.6 e 1.8. Esse primeiro 1.8 inclusive é outra confusão, porque ele era fornecido pela Chevrolet. Mais para frente, a Fiat comprou uma fábrica de motores chamada Tritec, que fornecia para a BMW. Foi daí que surgiram os motores E.Torq.

O Palio tentou inovar no câmbio. Logo na primeira geração, a Fiat lançou o Palio Citymatic. A alavanca estava lá, mas o pedal não. Vendeu pouco, mas foi um dos únicos semiautomáticos oferecidos no Brasil.

Anos depois veio o automatizado Dualogic, mas esse tipo de câmbio nunca emplacou no Brasil

A segunda geração do Palio apareceu apenas em 2011, já como linha 2012.

O visual ficou bem mais moderno, para a época, claro, e o carro cresceu em todas as dimensões. Outra mudança bem-vinda foi a cabine repaginada. Afinal, ter as mesmas saídas de ar-condicionado do carro de 1996 não era muito legal.

Só que os tempos já eram outros...

Apesar de muito melhor, o novo Palio nunca vendeu tanto quanto o original. Com a Fiat já tendo o Argo no forno, o Palio saiu de linha em 2018. Pouco mais de 4 anos depois do Uno original, que ele deveria ter substituído.

Mesmo assim, no final das contas, o Fiat Palio acumulou 22 anos de vendas e mais de 3,2 milhões de unidades fabricadas no Brasil. Então está longe de ser qualquer coisa que não seja um sucesso.

O Palio pode não ter cumprido a sua função de matar o Uno no Brasil, mas sempre tentou inovar e oferecer mais para o público.

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