A nova família brasileira

Diferença de pontos E como é preciso se diferenciar para se destacar, a Chrysler instalou difusores de ar com controle de temperatura na segunda fileira de bancos, bolou um sistema de iluminação interna por LEDs e cavou dois fundos falsos no assoalho da segunda fileira de bancos (que, na versão americana, recebe uma geladeira portátil em um deles). Só faltou abrir espaço na traseira para um porta-malas com capacidade condizente à proposta do veículo. A Chrysler considera a capacidade com volumes até o teto. E, surpresa!, embora seja o carro mais comprido e de assoalho mais fundo, o Journey não abriga mais que 758 litros de bagagem. O X-Trail é melhor, com seus 885 litros e o Captiva fica na boa média com 821 litros. Além do maior volume, o Nissan tem fundo falso com uma inusitada gaveta e é todo em plástico, podendo ser lavado. Se você precisa de um carro com sete lugares, não há o que discutir: entre os três, sua escolha é o Journey. Do contrário, sinal amarelo. Quem paga R$ 100 mil, espera bancos de couro de série com todo tipo de regulagem elétrica para o motorista (ele só tem ajuste do assento). As limitações do Journey fizeram com que o X-Trail, mais caro e com motor menor, chegasse perto na soma das nossas notas, mas o segundo lugar do Dodge foi garantido pela melhor dirigibilidade, pelos dez air bags (Nissan e Chevrolet têm seis) e pelo estilo mais agressivo. 1ºLUGAR: Chevrolet Captiva Sport AWD 3.6 O Captiva Sport vendido no Brasil é diferente do modelo vendido na Argentina, que é importado da Coréia do Sul (o nosso é mexicano). Por aqui, o modelo se destaca pela boa relação custo-benefício. Por R$ 92.990, leva-se um modelo 4x2. O carro testado, com tração integral, custa R$ 99.990. Não há opcionais e a diferença entre os dois modelos, fora a tração, são os revestimentos em couro e o rádio com disqueteira na versão mais cara. Outro ponto que pesa a favor do modelo são os 550 pontos de assistência técnica da rede Chevrolet (a Dodge tem 39 e a Nissan, 66). O Captiva tem vários detalhes para tentar seduzir o motorista. É possível dar a partida pelo controle remoto – embora a solução, por questões de segurança, não seja completa: para sair com o carro é preciso colocar a chave no contato e girá-la. Serve mais para mostrar a solução para os amigos. Faróis que acendem como luz de cortesia não são novidade, mas este Chevrolet liga também a luz de ré ao travar as portas por fora – esta, sim, uma boa solução em garagens e locais sem iluminação.