13/07/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
O XF foi o carro mais vendido da Jaguar no Brasil no ano passado, com 294 unidades emplacadas ao longo dos 12 meses. Ele só perdeu o posto em outubro após a chegada do XE, modelo de entrada e agora o mais barato da marca de origem britânica. De janeiro a março de 2016, o XF vendeu 32 unidades contra 142 do XE, passando, então, a ocupar o posto de segundo carro mais vendido da fabricante no País.
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Esta conta, no entanto, não apaga seu brilho. Sedã com linhas de cupê, o XF chama a atenção por onde passa. A nova geração chegou ao mercado brasileiro em fevereiro deste ano em três versões com preços entre R$ 263.120 (Prestige) e R$ 381.120 (S V6 de 380 cv). A configuração avaliada pelo iCarros é a intermediária R-Sport, de R$ 283.420.
Desempenho
As duas versões básicas têm motor 2.0 turbo a gasolina de 240 cv e 34,6 kgfm de torque, com câmbio automático de oito marchas e opção de trocas manuais nas borboletas atrás do volante. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em sete segundos, pesando 1.590 kg. Segundo a Jaguar, a nova geração está até 190 kg mais leve e 28% mais rígida em comparação à anterior, o que melhorou o desempenho e a estabilidade. Equipado com suspensão esportiva, a divisão de peso é de cerca de 50% na frente e 50% atrás, contribuindo para uma dirigibilidade ímpar. Colabora também o fato de 75% da carroceria ser feita de alumínio.
A aerodinâmica é outro ponto forte do carro, com o coeficiente melhorado de 0,29 para 0,26 no novo modelo. E ela está presente ainda no kit visual esportivo da versão R-Sport, com aerofólio traseiro, saias laterais e para-choque dianteiro exclusivo. São diferenciadas ainda a grade frontal em preto brilhante e as saídas de ar laterais que trazem o nome da versão.
Se tudo isso não for o bastante, o XF conta com diversos equipamentos que ajudam a adotar uma direção confortável e segura, como vetorização de torque (sistema já presente no F-Type que aciona os freios se necessário para manter o carro na trajetória em uma curva) e sistema Drive Control que permite selecionar entre os modos Normal, Econômico, Dinâmico e Inverno. Ele altera parâmetros de aceleração, trocas de marcha e direção, sendo que o modo Inverno é ideal para pisos com baixa aderência.
O resultado é um carro muito prazeroso de guiar e sempre “na mão” do motorista. Se você está passeando com a família no final de semana ou indo para o trabalho, prefira a docilidade do modo Econômico. Na opção Normal, o carro também fica mais pacato, então se você quer respostas mais diretas, mude para o Dinâmico. Nesse modo, ele se transforma de um gatinho de estimação para um leopardo. O ronco do motor fica mais forte, o sedã fica mais ágil e há alterações perceptíveis nas acelerações e nas trocas de marcha. E mesmo assim ele mantém o conforto e a dirigibilidade impecáveis esperados de um “lord”.
O silêncio a bordo é confortante e a 120 km/h o carro roda a baixos 2.000 rpm. As suspensões também são dignas de elogios, filtrando bem as imperfeições do piso sem comprometer em nada a estabilidade em curvas. E vale destacar que se trata de um sedã com tração traseira. A direção, antes hidráulica, agora é elétrica e facilita muito a vida do motorista em qualquer velocidade, mas principalmente em manobras. Quanto ao consumo, o sedã registrou médias de 5,7 km/l na cidade rodando no modo Normal e 8,2 km/l na estrada no Dinâmico – usando o modo Econômico, o sedã chega aos 13 km/l em uso rodoviário. Os dados do Inmetro apontam 8,7 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada, recebendo nota C na classificação geral.
Dimensões e interior
O XF mede 4,95 m de comprimento, 1,98 m de largura, 1,45 m de altura e 2,96 m de entre-eixos. São 7 mm a menos no comprimento, contra 5,1 cm a mais no entre-eixos do que no modelo anterior. A fabricante afirma que, com isso, oferece agora muito mais espaço interno: são 1,5 cm a mais para as pernas, 2,4 cm a mais para os joelhos e 2,7 cm a mais para a cabeça. E na prática? Você se sente na sala de casa. Mas só para quatro passageiros. Quem tentar viajar no assento do meio sofrerá com o túnel central elevado, resultante da tração traseira. O porta-malas leva 505 litros ou 885 litros com os bancos traseiros rebatidos, sendo menor que seus rivais BMW Série 5 (520 litros), Audi A6 (530 litros) e Mercedes-Benz Classe E (540 litros).
Por dentro, a sensação de refinamento é tão presente quanto no exterior, com volante e bancos revestidos de couro – em dois tons -, uso de materiais muito agradáveis ao toque e aos olhos e desenho moderno. Um dos destaques é a alavanca de câmbio que, na verdade, é um botão giratório que sobe ao ligar o carro e recolhe quando o motor é desligado. Junto com o requinte, o XF oferece ainda um toque de esportividade presente, por exemplo, nas pedaleiras de metal. A iluminação interna tem 10 opções de cores e, como opcional, o XF pode trazer quadro de instrumentos configurável com tela de 12,3” e tela da central multimídia de 10,2”.
Equipamentos de série
A versão R-Sport vem de fábrica com direção elétrica, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, ajustes elétricos nos bancos dianteiros e no volante, retrovisores e banco do motorista com memória, retrovisor interno antiofuscante, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, partida por botão, câmera de ré, teto solar panorâmico elétrico, rodas de liga leve aro 18”, faróis bixenônio com LEDs, controlador de velocidade adaptativo, tela sensível ao toque de oito polegadas, sistema de som de alta qualidade da Meridian, GPS, sensor de pedestres e sistema que espelha a tela de smartphones na central multimídia.
Entre os opcionais estão: head up display (projeta informações no para-brisa) e para-brisa com refletor por R$ 5.429, kit visual Black Pack com acabamento em preto por R$ 3.633, InControl Apps (acessa aplicativos do smartphone) por R$ 1.751, acabamento em fibra de carbono por R$ 4.504 e o pacote Active Safety com controlador de velocidade adaptativo, detector de tráfego, monitor de ponto cego, sensor de aproximação, assistente de faixa de rodagem e sensor de fadiga por R$ 10.616. Completo, o XF R-Sport ultrapassa os R$ 300 mil.
Vale a pena?
Ah, vale e muito! Se você pode desembolsar mais de R$ 200 mil em um sedã, considere seriamente o Jaguar XF. Comparando as versões de entrada, ele é R$ 7.830 mais em conta que o BMW Série 5 (parte de R$ 270.950 com motor 2.0 de 245 cv), R$ 19.870 mais barato que o Audi A6 (parte de R$ 282.990 com motor 2.0 de 252 cv) e custa R$ 16.780 menos que o Mercedes Classe E (parte de R$ 279.900 com motor 2.0 de 211 cv). E na configuração avaliada R-Sport, o pacote de equipamentos faz valer a diferença de preço, tanto que a empresa espera que essa versão represente 70% das vendas. Você leva para casa um carro confortável, espaçoso, refinado, com um lindo desenho e ótima dirigibilidade. É mesmo um lord.
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