16/03/2015 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
A atual geração do Audi A3 Cabriolet nasceu com a adoção do sedã como carro base, graças à modularidade da plataforma MQB do grupo Volkswagen. Talvez o único ponto negativo para os herdeiros desta família seja a sensação de que, ao entrar na cabine desta versão peculiar da linha A3, fique a impressão de que já esteve presente em todos os outros.
O que distingue este modelo dos demais, além da capota retrátil, é o preço. A3 Cabriolet custa hoje R$ 165.990. Sua plataforma é a mesma do VW Golf, que pode ser comprado por menos de R$ 70 mil, e sua carroceria compartilha peças com o A3 sedã, que custa menos de R$ 100 mil. Vale a pena gastar a mais para conseguir uma experiência ao ar livre? É o que o iCarros quer descobrir.
A3 em quatro não dá
A versão conversível do A3 possuí 4,4 m de comprimento, 1,4 m de altura, 1,8 m de largura e 2,6 m de entre-eixos. Mas a medida mais importante e que mais mudou com a alteração da carroceria de hatch para sedã foi o porta-malas: com 320 litros, é maior que a geração anterior e permite uso do compartimento mesmo com a capota recolhida. Apesar dessa “bombada” no tamanho, o A3 conversível ainda não é um carro ideal para quatro adultos, já que o espaço para pernas no banco traseiro é bem limitado, assim como o acesso, em razão da oferta de apenas duas portas - que exigem mais espaço para abertura por causa do tamanho avantajado.
Usado por até duas pessoas, o Audi é um carro confortável. Sem o teto, basta levantar os vidros para que pouco ou nenhum vento invada a cabine. Se esqueceu de passar protetor solar ou a chuva começou a pingar, basta apertar o botão de acionamento da capota que fica atrás da alavanca de câmbio e esperar que ela feche. A operação pode ser feita com o A3 em movimento, desde que seja a menos 50 km/h.
Um 1.8 para três A3
O motor 1.8 a gasolina do A3 Cabriolet é compartilhado também com as versões topo de linha do A3 Sportback (hatch) e do A3 sedã. Turbinado e dotado de injeção direta, entrega 180 cv e potência e 25,5 kgfm de torque. O câmbio de dupla embreagem tem sete velocidades e a tração é dianteira. O resultado de tudo isso é uma aceleração rápida desde as rotações mais baixas. Nessa configuração, o conversível acelera de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos.
O interessante do conjunto mecânico é a mescla de diversão com eficiência. Conta com sistema Start/Stop e uma função no câmbio que simula uma “banguela”: ao tirar o pé do acelerador em linha reta ou em declives, o carro entra em ponto morto até que o motorista acelere novamente ou acione o freio. O resultado é economia. Na cidade, não foi difícil fazer com que o computador de bordo do carro marcasse mais que 10 km/l, enquanto em regime rodoviário essa marca não foi mais baixa que 15 km/l.
O A3 Cabriolet tem temperamento típico de um germânico: silencioso, rápido e preciso. A direção com assistência eletromecânica (um conjunto elétrico aciona a caixa de direção mecânica) exige pouco esforço em manobras e ganha firmeza conforme a velocidade aumenta. Não só é bom como também é necessário, pois o carro responde prontamente a qualquer movimento no volante.
Com suspensão independente nas quatro rodas e 1.505 kg (290 kg a mais que A3 sedã de entrada), sua dinâmica poderia ser questionável, pois, em tese, ganhou em massa e perdeu em rigidez estrutural. No mundo real, em que dificilmente se chega ao limite do chassi, não se nota tal diferença. O acerto do conjunto é firme, mas filtra bem as imperfeições do solo.
Graças à modularização de plataformas, o A3 Cabriolet é prático, ágil, econômico e divertido. Não se justifica racionalmente o valor extra investido em relação às versões sedã similares. Mas, pensando bem, quem é que compra um conversível vermelho por motivos racionais?
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