CR-V: como anda o Honda mais caro do Brasil?

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Custando R$ 189 mil, CR-V Touring é o Honda mais caro do Brasil

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Preço supera até mesmo o do Accord

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No entanto, SUV cresceu em várias dimensões graças ao uso da plataforma do Civic

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Motor 1.5 turbo e câmbio CVT também são do Civic

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Bancos elétricos com memória e detalhes imitando madeira são de série

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Head-Up Display do CR-V

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SUV tem câmera lateral para monitorar ponto cego

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A antiga geração do Honda CR-V fez até que hora extra em nosso mercado, mas seu aguardado substituto chegou e trouxe tudo de melhor que a Honda tinha a oferecer, incluindo plataforma compartilhada com o Accord e motorização turbinada. No entanto, nunca na história deste país houve um Honda tão caro: R$ 189.000, valor cobrado pela versão única Touring. O preço é maior que os R$ 162.500 cobrados pelo sedã grande.

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O que mudou?

Visualmente, o SUV traz grade, faróis, para-choques e lanternas traseiras redesenhadas. As lanternas, aliás, deixam de ser verticais e passam a ser horizontais, invandindo a tampa do porta-malas. Já o interior ganha modificações mais sutis, com quadro de instrumentos, saídas de ar renovadas e central multimídia renovados. A alavanca de câmbio, porém, segue acoplada ao painel em uma posição mais elevada. 

Nas dimensões, houve um pequeno aumento. São 4,58 m de comprimento (+58mm), 1,85 m de largura (+35mm), 1,68 m de altura (+35mm) e 2,65 m de entre-eixos (+40mm).

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Ficha técnica do motor

Muda também o motor e o câmbio. Sai o 2.0 flex de até 155 cv e entra o 1.5 16V turbo que rende 190 cv e 24,7 kgfm de torque máximo, disponível entre 2.000 e 5.000 rpm. Quanto à transmissão, a antiga automática de cinco marchas dá lugar a uma CVT que simula sete marchas. A tração segue integral. Vale lembrar que, no Civic, o 1.5 turbo rende 173 cv de potência. 

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Lista de equipamentos

Entre os itens de série estão faróis full LED, partida do motor à distância, head up display, alerta de fadiga, bancos elétricos com memória, ar-condicionado digital com duas zonas e saídas de ar traseiras, freio de estacionamento elétrico, sistema Brake Hold, teto solar elétrico, rodas de 18 polegadas, abertura do porta-malas "hands free" (abre com um movimento do pé por baixo do para-choque traseiro), seis airbags (frontais, laterais e de cortina), Isofix, controle de tração e estabilidade, monitoramento de pressão dos pneus e a nova central multimídia com tela de 7" sensível ao toque, GPS integrado e conexão via Apple CarPlay e Android Auto.

Um destaque é sistema também presente no Civic Touring que utiliza uma câmera localizada na parte inferior do retrovisor interno para mostrar uma imagem em ângulo aberto da via. Essa imagem aparece quando o pisca da direita é acionado ou quando um botão localizado na ponta da alavanca do pisca for pressionado.

Como anda?

O CR-V deixou de lado o motor 2.0 flex (155 cv/etanol) e o câmbio automático de cinco marchas para adotar o mesmo conjunto mecânico da versão mais cara do Civic. Ou seja, entra o 1.5 16V turbo a gasolina com duplo comando de válvulas variável que rende 190 cv e 24,7 kgfm de torque máximo, disponível entre 2.000 e 5.000 rpm, com transmissão CVT que simula sete marchas, podendo ser acessadas por meio de borboletas atrás do volante. A tração segue integral, atuando sob demanda - não há botão nem alavanca para acionar o 4x4.

Apesar de ser o mesmo conjunto do Civic, o motor foi retrabalhado para entregar 16 cv a mais, além de contar com alterações no turbo - mudam as pás e a pressão em que o turbo trabalha. A Honda destaca ainda várias outras melhorias, como mudanças no sistema de refrigeração e no câmbio CVT. 

Com esse conjunto, o CR-V está bem mais agradável ao volante. É mesmo um novo carro. O motor caiu muito bem, com pouco "lag" (tempo para o turbo encher). Você pisa no acelerador e o SUV de 1.607 kg logo deslancha. As respostas são muito rápidas em arrancadas e retomadas e o câmbio CVT simulando marchas quebra a monotonia da aceleração progressiva típica desse tipo de transmissão - isso ajuda no consumo, mas a verdade é que o brasileiro não está tão acostumado com esse tipo de resposta. Só não espere um temperamento “espertinho” como o Civic Touring nas arrancadas.

A direção elétrica varia o peso conforme a velocidade e ficou bastante leve. Um dos trunfos do CR-V está exatamente no conforto. O SUV filtrou bem qualquer imperfeição do piso. Merece elogios também o isolamento acústico. Você quase não houve ruídos de rolagem dos pneus ou do motor dentro da cabine. Mesmo cravando o pé no acelerador, é possível manter uma conversação sem problemas. 

E um equipamento que faz diferença é a câmera localizada na parte inferior do retrovisor direito, que mostra a via em um ângulo aberto. Essa imagem aparece quando o pisca da direita é acionado ou quando um botão localizado na ponta da alavanca do pisca for pressionado. Isso ajuda bastante na hora de mudar de faixa e você logo se acostuma com tal praticidade. No entanto, fazem falta outros equipamentos de segurança, como monitor de ponto cego e alerta de colisão frontal, algo comum em rivais de preço similar.

O quadro de instrumentos, digital, customizável e de 7 polegadas, permite ainda acompanhar a distribuição da força entre as rodas, que pode ser de até 100% nas rodas dianteiras, desacoplando as traseiras quando não houver necessidade. Vale notar também que o Head-Up Display consegue também fazer o passo a passo da navegação por GPS, o que auxilia em sua função primária: manter os olhos do motorista na rua.
 

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