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Mobi Way: entre Kwid e cross up!, o que resta à Fiat?

Versão aventureira do subcompacto da marca serve de meio de campo entre o Renault, mais simples, e o VW, mais caro

30/10/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Há quem diga que encontrar o caminho do meio é sempre a melhor opção. Entre os que buscam um carro de entrada com apelo aventureiro, o Renault Kwid é a opção mais barata e o VW cross up! é a mais cara. Entre eles, aparece o Fiat Mobi Way 2018, que custa a partir de R$ 41.790, avaliado aqui na versão Way On da linha 2017 cedida para avaliação. No meio do caminho entre os rivais, o Mobi consegue ter seu espaço?

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O que ele traz de série?

Apesar de ser uma versão intermediária, sendo mais barata apenas que o Mobi Drive GSR com motor mais moderno e câmbio automatizado, a lista de equipamentos de série do Mobi Way é um tanto enxuta e, nesse quesito, se aproxima mais do Renault Kwid Zen, que custa R$ 34.990.

De fábrica, traz direção com assistência ainda hidráulica, ar-condicionado, banco traseiro bipartido, volante com regulagem de altura, travas elétricas, barras longitudinais no teto, molduras plásticas nas caixas de roda, abertura interna do porta-malas, vidros elétricos apenas dianteiros e rodas de aço de 14 polegadas com calotas.

Veja a opinião dos donos de Fiat Mobi

O carro das fotos, pertencente ainda à linha 2017 do Mobi, traz alguns opcionais que não aparecem mais no site da marca, como o sensor de estacionamento traseiro, banco do motorista com ajuste de altura e rodas de liga leve de 14 polegadas.

O único opcional presente no modelo das fotos que ainda está disponível no site da Fiat é o Kit Connect, que acrescenta rádio com conectividade via Bluetooth e comandos de áudio no volante, adicionando R$ 2.227 ao preço final. Soma-se a esse valor ainda a pintura perolizada Branco Alaska, que hoje custa R$ 1.363.

Ficha técnica

A versão Way, assim como todas do Mobi que não trazem o emblema Drive no tampão traseiro, tem ainda o motor Fire EVO 1.0, de quatro cilindros e oito válvulas, nada de tecnologia de ponta aqui. Mas esse propulsor, pelo menos, entrega mais potência que o Kwid, que chega aos 70 cv com etanol.

Veja a ficha técnica completa do Fiat Mobi

O Mobi Way desenvolve 75 cv com etanol e 73 cv com gasolina. Respectivamente, o torque máximo é de 9,9 kgfm e 9,5 kgfm. A única opção de câmbio nessa configuração é manual de cinco velocidades. Vale lembrar que a versão aventureira conta com barra estabilizadora dianteira (que as demais versões não têm) e molas e amortecedores com calibração específica para acompanhar a altura 52 mm maior do Way na comparação com as demais versões do Mobi.

Nas medidas, o subcompacto tem 3,59 m de comprimento, 1,68 m de largura, 1,54 m de altura (1,49 nos demais Mobi) e 2,30 m de entre-eixos. O vão livre em relação ao solo no Mobi Way é de 171 mm, contra 146 mm nas demais configurações. O porta-malas acomoda até 235 litros de bagagem. Vale lembrar que up! e Kwid ficam na casa dos 280 litros e ambos possuem mais entre-eixos que o rival da Fiat. Na versão Way, o Mobi pesa 966 kg, de acordo com a marca.

Agora embolou o meio de campo

Não vou adentrar na questão visual do Mobi, julgue você aí em casa. É muito subjetivo: é fácil achar quem goste na mesma proporção de quem não gosta. Mas olhando para Kwid e up!, ninguém é unanimidade no visual também. Então, escolha seu favorito.

Dentro, aí não tem muito o que discutir. Acabamento e design da cabine são pontos em que o Mobi deixa o up! e, principalmente, o Kwid para trás. Muito foi herdado do Uno, como volante e comandos, daí a impressão de ser algo melhor acabado. O visual agrada e os plásticos não parecem tão rígidos quanto nos rivais. O espaço entre os ombros também agrada, pois, mais largo que o Kwid, deixa os ocupantes mais à vontade.

Compare o Fiat Mobi com os seus rivais

A fase de amor com a cabine acaba mais ou menos por aí. A espuma na altura da lombar do motorista é rígida e bem para frente, forçando a coluna a ficar mais ereta que o necessário. Pelo menos foi o que eu senti ao dirigir. O banco traseiro tem um espaço justo e acomoda com certa limitação até dois adultos, vítima do entre-eixos mais curto

A suspensão é outro aspecto que merece elogio, especificamente na versão Way. Mesmo mais alta, faz bom uso da recalibração de molas, amortecedores e da barra estabilizadora. O carro parece melhor plantado no chão, filtra melhor as imperfeições e passa mais confiança ao motorista nas mudanças de direção.

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Em resumo, é um carro mais confortável de rodar que seus rivais diretos nessa configuração. Lembrem-se também de que o Kwid tem mais altura em relação ao solo (180 mm), mas o Mobi Way é mais elevado que o cross up!, que traz pouca alteração quando comparado às demais configurações do subcompacto da VW. Na vida real, isso se traduz em mais facilidade para ultrapassar valetas e lombadas.

Dois aspectos que mais me incomodaram especificamente foram a direção e o ruído do motor. A primeira por ainda ser hidráulica e mais pesada que a dos rivais. Já o segundo item foi uma questão levantada por um passageiro: “nossa, parece um Mille acelerando”.

Por si só isso não é algo negativo, mas lembrando que o Fire EVO não é tão moderno, ainda usa tanquinho auxiliar de partida e teve pouca alteração desde o lançamento da atual geração do Uno, em 2010, vê-se que um carro de visual e proposta tão modernos poderia ser vendido apenas com a nova família FireFly de três cilindros da versão Drive.

Dito isso, o Fire EVO ainda dá conta de empurrar o Mobi sem sustos, dado que se trata de um carro relativamente leve. O consumo com gasolina em uso urbano e sempre com o ar-condicionado ligado ficou em 9,7 km/l de acordo com o computador de bordo do carro.

Conclusão

Mesmo com reveses, o Mobi Way é uma opção pra quem quer um mini aventureiro com visual “diferentão”, espaçoso para quem vai na frente (afinal, quando foi a última vez que você levou alguém no banco de trás?) e com acabamento bem feito. Essas são as armas dele contra o Renault Kwid. Contra o cross up!? O preço.

 

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