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S10 e Frontier dão touradas na arena

Segmento de picapes médias se renova e aguarda chegada da nova Ford Ranger

05/04/2012 - Texto e fotos: Anelisa Lopes/divulgação / Fonte: iCarros

Originalmente concebidas para atender às demandas de transporte de carga e uso off-road, as picapes médias sofreram diversas transformações ao longo dos anos com o objetivo de oferecer mais conforto e sofisticação aos passageiros. Entre o final do ano passado e o primeiro semestre deste ano, no entanto, o segmento tem passado por uma (r)evolução para fazendeiro nenhum botar defeito.

A Toyota deu o pontapé inicial com a a atualização visual e inclusão de motor flex para a Hilux. A Nissan seguiu com o desenvolvimento de um novo motor diesel para a Frontier. A Cherolet, por sua vez, tirou a S10 da roça para fazer bonito na cidade. A Volkswagen equipou a novata Amarok com um câmbio automático de oito marchas. E a nova geração da Ford Ranger já está pronta para chegar em breve às concessionárias. 

Deste time renovado e cheio de vigor, o iCarros selecionou a S10 e a Frontier, em suas versões topo de linha - cabine dupla, motor turbodiesel, câmbio automático (cinco velocidades na Frontier e seis na S10) e tração 4x4 - para se enfrentar na arena. A Frontier LE Attack 2.5 custa R$ 128.990 e a S10 LTZ 2.8 sai por R$ 135.250.

Enquanto a Nissan desenvolveu um novo motor turbodiesel para se enquadrar na nova lei de emissões de poluentes do Proconve L6 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), em vigor desde 1º de janeiro, a Chevrolet jogou fora a carcaça da S10 antiga para lançar um modelo totalmente novo.

Sem plástica, Frontier mostra mais vigor no desempenho

Desde 2007, a Frontier não passa por mudanças radicais em seu visual. A geração atual já dá sinais de cansaço quando colocada frente às atualizações sofridas pela concorrente. Para enfrentar as novidades do segmento e se adequar à legislação de motores a diesel, a Nissan aumntou a potência do motor, além de deixá-lo um pouco mais econômico. Também foram incorporarados equipamentos opcionais como itens de série na picape.

Mais potente que o motor da rival, o turbodiesel da Nissan despeja 190 cv de potência a 3.600 rpm e 45,8 mkgf de torque a 2.000 giros. Apesar de a diferença ser pequena em comparação aos números da S10 - 180 cv a 3.800 rpm e 47,9 mkgf a 2.000 giros -, é notório que há mais disposição vinda do capô da Frontier, principalmente para arrancar e ganhar velocidade final.

O carro se mostra mais firme ao passar por lombadas e valetas, e passa mais irregularidades da via para cabine. A razão desta impressão está no ajuste mais rígido das molas e na calibração dos amortecedores do conjunto da suspensão, já que os dois modelos possuem sistema independente na dianteira e eixo rígido na traseira. Além disso, a Frontier tem rodas menores, de 16 polegadas, enquanto as da S10 são de 17.

Nenhum dos dois modelos avaliados contava com sensor de estacionamento, item obrigatório para um veículo deste porte. Enquanto a Frontier dá mais visibilidade traseira, a S10 se mostra mais dócil para manobrar: a direção (hidráulica nos dois modelos) é mais leve e o diâmetro de giro é menor, o que resulta em menos trabalho braçal para quem está ao volante. Quem for no banco de trás em uma longa viagem na Frontier, vai ter mais espaço para pernas que na S10, mas também sentirá um pouco de incômodo, uma vez que o encosto do assento tem pouca inclinação.

S10 joga lama na rival quando assunto é design

Toda a engrenagem off-road da Frontier é acionada manualmente por meio de um botão seletor, que oferece tração traseira, 4x4 e reduzida. Na S10, tudo é feito eletronicamente, por meio de um toque. O mecanismo não desfavorece o comportamento fora-de-estrada da picape da Nissan, mas confidencia ao motorista que é hora de se atualizar. A Frontier não declara sua idade só por este detalhe. Na versão topo de linha, o ar-condicionado é manual e a antena do sistema de som é daquelas fincadas sob o capô. Você vai se lembrar da idade da picape toda vez que bater o acessório em um galho de árvore.

A S10 perdeu o ar simplório. Na nova geração, ficou mais incrementada, mas sem exageros. Na parte de fora, a dianteira se destaca pelo tamanho da grade e pelos farois esticados, enquanto na cabine, os passageiros são servidos por um acabamento caprichado e bom gosto nos detalhes, como a iluminação azul nos mostradores.

Apesar de os dois modelos se equipararem nos equipamentos de série, a Frontier só vem com santoantônio, estribos laterais, capota marítuma e rack de teto quando estes são pagos à parte. Entre os itens de fábrica, há airbag duplo, freios ABS, farois de neblina, piloto automático, ajuste de altura da direção e ar-condicionado manual. No quesito segurança, a S10 soma a esta lista controle de estabilidade e para melhorar o conforto, dá também regulagem elétrica do banco do motorista e ar-condicionado automático.

Veredicto de Anelisa Lopes - o novo motor da Frontier, incorporado à linha 2013 em fevereiro ainda não deu impulso às vendas da picape; entre os principais modelos vendidos no mercado, ela fica com a última posição, com menos da metade do volume de vendas da líder Toyota Hilux, que somou pouco mais de 6.900 unidades entre janeiro e março deste ano, de acordo com a Fenabrave. Mérito no desempenho, com certeza, ela leva. A performance não desaponta: o conjunto mecânico agrada e a carroceria balança menos. Estas qualidades, porém, não convencem frente às novidades trazidas pela nova geração da S10. O projeto da Chevrolet, além de ser mais atraente visualmente e mais bem equipado, agrega mais modernidade em sua construção.

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