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Ssangyong Actyon Sports, Korando, Tivoli e XLV: como andam?

Com retorno programado para 2018, nós já andamos nas quatro novidades que a marca trará ao Brasil. Surpreendem?

07/12/2017 - Thiago Moreno, de Salto (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Em novembro, a Ssangyong anunciou seu retorno mais uma vez para o mercado brasileiro, desta vez comandada pelo grupo JLJ por meio da Venko Motors, que já representou a Chery (antes de ter fábrica no Brasil) e Rely. Agora, o cenário está pronto para que a marca sul-coreana volte ao país já no primeiro trimestre de 2018, quando se iniciarão as vendas dos SUVs Tivoli, XLV e Korando e da picape Actyon Sports.

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Segundo Marcelo Fevereiro, diretor de operações da marca, a picape deverá ser o carro chefe da marca, atuando mais fortemente no interior, onde esse tipo de veículo é mais representativo. Já para os centros urbanos, o Tivoli será a aposta. No primeiro semestre do ano que vem serão abertos 30 pontos (entre lojas, showrooms e oficinas), mas a ideia é encerrar 2018 com 50 pontos.

A marca tem planos de comercializar cerca de 3.000 unidades dos modelos Ssangyong no próximo ano, mas a fábrica na Coreia do Sul já está pronta para oferecer 6.000 unidades por ano, se necessário.

Agora que já sabemos deste novo renascimento da Ssangyong, faltava andar nas quatro novidades e ver se dessa a vez a marca tem chances de se estabelecer definitivamente tomando por base seus produtos. Não falta mais, mas é bom lembrar que os carros que andamos são os modelos usados na homologação, então nem todos os equipamentos estão ou estarão presentes nos carros vendidos. Todos terão ao menos duas versões, mas sempre equipados com câmbio automático.

Actyon Sports – picape média à moda antiga

A picape já é conhecida dos brasileiros, mas o visual controverso deu lugar a uma frente mais convencional. A unidade avaliada já trazia itens como ajuste elétrico do banco do motorista, direção elétrica, freio a disco nas quatro rodas, revestimento de couro, teto solar, ar-condicionado de duas zonas, central multimídia, chave presencial, bancos dianteiros com aquecimento e ventilação e direção com assistência elétrica. A previsão é de que a Actyon Sports custe algo entre R$ 120 mil e R$ 135 mil.

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O motor é um 2.2 turbodiesel capaz de gerar 178 cv de potência e 41 kgfm, torque aparece já em 1.400 rpm. O câmbio é automático de seis velocidades e a tração 4x4 conta com reduzida. Nas medidas, a picape tem 4,99 m de comprimento, 1,91 m de largura, 1,79 m de altura e 3,06 m de entre-eixos. A Actyon pesa 2.059 kg e tem capacidade de carga de 720 kg.

O visual externo é uma mistura de emoções: a frente parece bem acertada, enquanto a linha lateral é baixa, deixando a picape com boa área envidraçada e visibilidade interessante, com a cabine bem arejada. Mas na traseira, a caçamba parece desconectada do restante da carroceria. Algo literal, pois, entre uma e outra, pode-se colocar a mão.

Por dentro, o painel aparenta boa construção e emprega bons materiais, macios ao toque, até nas portas. Apenas o console central destoa com plásticos rígidos. O visual é o que pega, pois já aparece um tanto datado, o que pode ser mais bem exemplificado pelo pequeno relógio digital laranja no topo do painel, entre as saídas de ar.

Mas é andando que a picape se revela ser uma média das antigas. O motor é arisco nas respostas e não se percebe a ação do câmbio. O que se percebe é que as rodas destracionam com facilidade nas arrancadas. Potência e torque a Actyon Sport entrega de sobra.

Mais uma lembrança de outros tempos: a direção é leve e exige várias voltas para ir de batente a batente, como era normal antigamente. O mesmo pode ser dito da suspensão, com acerto macio e o eixo traseiro pula bastante quando a caçamba está vazia. O que não lembra em nada as picapes antigas é o isolamento acústico. De dentro do carro é difícil dizer até que está ligado. Andando na rodovia, lembra SUVs de segmentos superiores.

Tivoli e XLV – que Soul sou eu?

Carinha de Kia Soul com porte de JAC T40, a realidade é que o Tivoli consegue ter uma identidade própria. A impressão vem da carroceria relativamente quadrada e alta com teto pintado em cor contrastante. Ele e o XLV são basicamente o mesmo carro, compartilhando a mecânica e os equipamentos, mas o último é mais comprido e tem um porta-malas maior. Lembrando ainda se tratar de modelos de homologação, os valores ainda não são os definitivos, mas devem variar entre R$ 85 mil e R$ 100 mil para o Tivoli e entre R$ 90 mil e R$ 105 mil para o XLV.

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Ambos os que andamos traziam um nível de equipamento relevante, como chave presencial, ar-condicionado de duas zonas, rodas de 18 polegadas, aquecimento para os bancos dianteiros, seletor de modo de condução, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, central multimídia e um seletor para aumentar ou diminuir o esforço para esterçar o volante.

Mecanicamente, Tivoli e XLV compartilham o motor 1.6 16V a gasolina capaz de entregar 128 cv de potência e 16,3 kgfm de torque, sempre acompanhado por um câmbio automático de seis marchas.

Nas medidas, ambos têm 1,79 m de largura e 2,6 m de entre-eixos. O Tivoli tem ainda 4,20 m de comprimento e 1,59 m de altura, com um bagageiro de cerca de 423 litros de acordo com a Ssangyong. Respectivamente, o XLV tem 4,44 m, 1,63 m e 728 litros.

Na dupla, surpreendem o espaço interno e o silêncio a bordo. Os botões do console central são bonitos e diferentes, pintados de vermelho, mas são pequenos e não muito práticos para usar no dia a dia. A suspensão também não se mostrou da forma que eu esperava, pois é até firminha e, junto à direção mais rápida, passou bastante segurança para o motorista mesmo em trechos de serra e mesmo se tratando de carros mais altos.

A briga real do Tivoli e do XLV será com o motor, pois os carros não são leves e o propulsor não tem ajuda de um turbo nem nada do tipo. Andando na cidade, tudo ocorre normalmente, mas na estrada é fácil perceber o carro perdendo embalo e as constantes trocas entre quinta e sexta marchas para manter 110 km/h com o carro vazio.

Em resumo, visual e comportamento dinâmico estão aprovadíssimos. O câmbio faz o que pode, mas o motor poderia ter mais fôlego.

Korando – o mais caro e o mais refinado

Se a Actyon Sports chega a ser arisca nas respostas e falta um pouco de fôlego para a dupla Tivoli e XLV, o Korando mostrou ter o conjunto mais acertado. A mecânica é a mesma da picape só que, no lugar do 4x4 com reduzida, o SUV tem tração integral, com a força chegando ao eixo traseiro apenas quando o dianteiro perde tração ou acionando um botão no painel.

O Korando é o que tem a dirigibilidade mais prazerosa, pois sua aceleração é progressiva e bem alinhada com o esforço no acelerador, enquanto a direção responde rápido. A suspensão também está mais voltada para o conforto, então é perceptível o rolamento da carroceria nas mudanças de direção, mas nada que pegue o motorista de surpresa. A transferência de peso acontece de forma controlada.

O retorno é que a suavidade do Korando na entrada é exemplar. Mesmo a 120 km/h pouco se ouve dentro da cabine. Seja motor, vento ou rolagem dos pneus, pode-se susurrar dentro do SUV para manter uma conversa sem a intrusão de ruídos externos.

O melhor dos quatro? Falando apenas de acerto, sim. Mas ele também é o mais caro, com previsão de preço ficando entre R$ 135 mil e R$ 150 mil. Vale lembrar que os carros avaliados ainda não tinham os pacotes definitivos de equipamentos, mas, mesmo considerando o preço mínimo na versão de entrada, fica difícil justificar o Korando sem regulagem elétrica dos bancos ou ar-condicionado de duas zonas (este presente até no Tivoli).

Vai virar?

Sem visual controverso, a Ssangyong consegue trazer carros que têm chance de vingarem no mercado, seja para cativar o olhar (Tivoli) ou para entregar um ótimo custo-benefício na categoria (Actyon Sports). Falta ainda saber os preços definitivos e os equipamentos que chegarão montados nos carros que serão vendidos oficialmente.

O que já dá para dizer é que a Ssangyong voltou das cinzas e não tem a menor intenção de voltar para lá.
 

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