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Toyota Corolla 2.0 2020: Honda Civic, se cuida| Impressões

Honda Civic e Toyota Corolla sempre viveram realidades completamente diferentes, agora não mais

06/09/2019 - João Brigato / Fotos: João Brigato / Fonte: iCarros

Historicamente, a Toyota demora mais tempo para trocar o Corolla de geração que a Honda para fazer o mesmo com o Civic. Além disso, a imagem do sedã da Honda sempre foi mais associada a esportividade e jovialidade que seu eterno rival, que aposta no conforto e na sobriedade. Mas agora, Honda Civic e Toyota Corolla nunca se aproximaram tanto.

Nada de cupê

Na nova geração, o Toyota Corolla 2020 adorou estilo mais esportivo, ainda que não tenha aberto mão do visual típico do modelo. Ainda é um Corolla, só que mais garboso. Não há linha de cintura alta demais ou traseira curta para simular um cupê: ele mantém o perfil tradicional de um sedã clássico e design que facilmente identificável com a geração anterior.

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Donos de Civic, acostumados ao estilo mais esportivo do Honda olharão para o Toyota com outros olhos agora. Um dos maiores pontos de ousadia é a dianteira, que adota grade frontal generosa e faróis interligados por uma barra cromada e preta. Na traseira lanternas finas se ligam pelo friso cromado, enquanto o para-choque tem desenho limpo.

Ambiente interno

A versão que pude testar é a XEi, que promete se manter como a mais vendida do Corolla 2020. Diferentemente da Altis 2.0 e da Altis Premium Hybrid, que contam com interior bicolor, aqui é tudo preto. Ao primeiro olhar há certo ar de simplicidade por conta do ambiente monocromático, salvo por alguns detalhes em cinza e em preto piano.

Passada essa primeira impressão, o Corolla revela um ótimo acabamento, com materiais emborrachados em todos os cantos que a mão alcança. Existem alguns plásticos duros pela cabine, mas de qualidade muito superior aos anteriormente usados. Até o volante mudou e abandonou o couro áspero e de baixa qualidade de antes por um material mais nobre e liso.

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Sem a tela de instrumentos digital, o painel do Corolla XEi é mais simples, mas de fácil leitura. Vale destaque ainda para a central multimídia bem posicionada e para os comandos físicos do ar-condicionado digital (de apenas uma zona nessa versão). A visibilidade do Corolla é ótima: essa geração teve pilares afinados, capô rebaixado em 10 mm e retrovisores reposicionados.

Outro ponto em que o Corolla manda bem é no conforto. Os bancos são macios e oferecem bom suporte para o corpo. Na traseira há espaço suficiente para pessoas altas. A Toyota ganha ponto positivo ao oferecer porta com revestimento macio, mas perde outros ao deixar o encosto de cabeça fixo e abrir mão da saída de ar para quem senta atrás.

Conforto ou esportividade

Na lógica dos sedãs médios, quem prefere esportividade opta pelo Civic e quem gosta de conforto escolhe o Corolla. Essa situação continua na nova geração, mas é notável o ganho de força que a Toyota deu ao seu sedã médio graças à troca de motores. Sai de cena o 2.0 VVT-i de 154 cv e 20,7 kgfm de torque e entra o 2.0 Dynamic Force.

O novo motor traz injeção direta e indireta, mudanças nos pistões e outras novidades mecânicas. Como resultado, o Corolla não híbrido teve sua potência e torque elevados para 177 cv e 21,4 kgfm de torque – em relação ao antigo Corolla, o modelo 2020 ganhou 23 cv e 0,7 kgfm de torque.

O Corolla 2020 com novo motor 2.0 VVT-iE Dynamic Force faz na cidade 8 km/l com etanol e 11,6 km/l com gasolina. Na estrada, ele registra 9,7 km/l com etanol e 13,9 km/l na gasolina. Os números são melhores do que o do atual Corolla que faz na cidade 7,4 km/l com etanol e 10,7 km/l com gasolina. Na estrada ele registra 9,1 km/l com etanol e 13,2 km/l com gasolina.

Só que o grande destaque dessa nova geração está na transmissão CVT. Completamente nova, ela traz dez marchas simuladas, sendo que a primeira é feita por engrenagens físicas. Na prática, o novo Corolla arranca como um carro automático normal, para depois entrar em funcionamento como um CVT.

Diferentemente de outros tantos carros com esse tipo de câmbio que dizem simular marchas (e não fazem isso na prática), o Corolla se comporta como um automático comum quanto isso é exigido. Após a primeira marcha física, o CVT simula as trocas aos 4 mil rpm. Isso ajuda na sensação de velocidade e aproveita melhor a força do motor. Ao tirar o pé do pedal, a rotação cai para privilegiar o consumo.

Voltado para o conforto, o Corolla não vai encarar as curvas com tanta voracidade quanto o Civic, mas se mostra mais vivaz nas aceleradas e com comportamento evidentemente melhor da transmissão CVT. Apesar de ser apspirado, vale lembrar, o motor 2.0 Dynamic Force do Corolla tem mais potência que o 1.5 turbo do Civic, mas perde em torque (177 cv e 21,4 kgfm no Corolla contra 173 cv e 22,4 kgfm no Civic).

O que é necessário

Versão intermediária do Corolla, o XEi traz o que é preciso nessa faixa de preço: chave presencial, ar-condicionado digital de uma zona, revestimento de couro, retrovisores e vidros elétricos, rodas de 17 polegadas, modo Sport de condução, faróis de neblina, retrovisor eletrocrômico, troca de marcha no volante e central multimídia.

Para subir à versão Altis, ele adiciona alguns itens interessantes que faziam muita falta ao Corolla, como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de manutenção em faixa e o tão requisitado teto solar. Há ainda faróis de LED, revestimento bicolor, roda diamantada e sensor de chuva.

Vale fazer as contas para saber se os R$ 14 mil cobrados a mais pelo Corolla Altis (R$ 124.990 conta R$ 110.990 do XEi) valem à pena para você. O Corolla XEi 2020 já entrega o necessário na categoria e revela um interessante custo-benefício. Não atoa deve manter o posto de versão mais vendida do Corolla.

Conclusão

Se antes donos de Civic não olhavam para o Corolla como uma possibilidade a habitar sua garagem, a nova geração mudou o jogo. O visual deixou de ser careta e a mecânica superior são atrativos suficientes para que os fãs da Honda visitem as revendas Toyota.

Para os que já gostam do Corolla, a nova geração manteve sua essência e melhorou justamente nos pontos que mais precisava. Tem ótima dirigibilidade evidentemente voltada ao conforto, interior com acabamento esmerado e espaçoso e preço no mesmo patamar da categoria. Não vai ser nada difícil para o Corolla 2020 se manter líder da categoria.

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