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VW Virtus Highline TSI: sedã se destaca no segmento | Teste

Avaliamos a versão mais cara do sedã - e com os opcionais - para mostrar onde o Virtus se destaca

11/04/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

O Volkswagen Virtus chegou ao mercado brasileiro recentemente e, já no primeiro mês de vendas, emplacou mais que veteranos como Fiat Siena e Chevrolet Cobalt. Ele somou 1.455 unidades, de acordo com a Fenabrave, o que o colocou entre os 30 automóveis mais vendidos no país em fevereiro - quando estreou nas concessionárias. O iCarros já avaliou as versões MSI e Comfortline. Agora é a vez de avaliarmos o custo/benefício da configuração topo de linha, a Highline TSI, de R$ 79.990.

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Motorização e desempenho

O motor é o desejado 1.0 12V flex com turbo que entrega 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque máximo com etanol ou 116 cv e 20,4 kgfm com gasolina. O câmbio é o automático de seis marchas, com trocas manuais na alavanca ou nas borboletas atrás do volante. E com a função "S" que retarda as trocas de marcha.

Na prática, o Virtus TSI é muito bom de guiar, com respostas excelentes em arrancadas e retomadas. Ao pisar até o fundo no acelerador, você chega a sentir o corpo ser jogado contra o banco. Isso porque o turbo lag - tempo para a turbina encher - é bem curto, o que dá a vantagem do desempenho do motor turbo com pouco atraso aos comandos no pedal. Além disso, o torque máximo está disponível entre 2.000 e 3.500 rpm, o que significa agilidade desde baixos giros. 

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Segundo a fabricante, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e chega à velocidade máxima de 194 km/h, ambos os dados com etanol. Uma vantagem do Virtus é seu peso: 1.192 kg - ele é mais leve que muitos concorrentes. Na estrada, rodando a 120 km/h, o motor trabalha em torno de 2.125 rpm, o que também significa baixo nível de ruído dentro da cabine. 

O câmbio é que não agradou tanto quanto o motor. Ele parece vacilar na escolha das marchas em alguns momentos e, em reduções, por vezes causou trancos. Nessas horas, vale usar as borboletas e intervir manualmente. E também é bom ser delicado com o freio, já que o pedal se mostrou bastante sensível. Aliás, o Virtus conta com discos nas quatro rodas como item de série nas versões TSI.

Pelos dados do Inmetro, o consumo é de 7,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol ou 11,2 km/l e 14,6 km/l, respectivamente, com gasolina no tanque. Durante uma semana de teste, conseguimos a melhor média de 7,9 km/l em uso urbano e de 16,6 km/l em uso rodoviário, com gasolina, e rodando com o ar-condicionado ligado. Com trânsito pesado, porém, o computador de bordo caiu para 5,4 km/l. 

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A direção elétrica mostrou peso na medida independente da velocidade e é bem leve ao manobrar. O raio de giro não é nada mal e você não precisará girar tantas vezes o volante para entrar em vagas mais apertadas. Mas o sensor de estacionamento emite alertas bem altos e por vezes incomoda. 

Por fim, chegamos à suspensão. Ela é firme, como vemos também no Polo, oferecendo ótima estabilidade em curvas. O Virtus é um carro daqueles que chamamos "grudado no chão". No dia a dia, esse conjunto se mostrou bastante confortável para os ocupantes dentro da cabine, mas se você não ver um buraco ou passar um pouco mais rápido em uma lombada entenderá porque chamei esse acerto de firme. Explico: em uma rua com asfalto irregular você não sentirá as ondulações, mas um impacto maior como de um buraco é sentido com bastante força dentro da cabine. 

Acabamento e espaço interno

Um dos destaques do Virtus é, provavelmente, o espaço interno. Os passageiros na frente ficam confortáveis e, no banco traseiro, três adultos se acomodam bem. Há bastante espaço para as pernas, além de haver saídas de ar atrás. O porta-malas de 521 litros é uma vantagem em seu segmento e a abertura da porta facilita na hora de carregar o carro com as malas.

O problema é que ele adota alças tipo "pescoço de ganso", que podem acertar as malas se você não prestar atenção na hora de dispor tudo no bagageiro. Por esse preço, ele podia trazer amortecedores na tampa traseira. E ao acionar a tampa remotamente pela chave, ela não abre totalmente. 

Confira um vídeo com o Virtus por todos os ângulos

O acabamento é simples, com uma área de plástico liso ao centro, o que quebra um pouco a sobriedade do interior quase todo em preto. Ponto positivo para o material sem rebarbas ou falhas de encaixe. A posição de dirigir também é muito boa e há ajustes no banco do motorista, volante e cinto de segurança. 

No modelo avaliado, contudo, o que mais chama a atenção é o quadro de instrumentos digital. Ele é opcional e faz parte do pacote Tech High de R$ 3.300. Há três modos de visualização, com um modo que deixa o mapa do navegador em destaque. Outra opção de visualização traz os mostradores circulares para velocímetro e conta-giros - mas o velocímetro circular não é muito preciso e recomendo usar o mostrador em número logo abaixo para conferir a velocidade exata em que você está rodando. 

Essa pacote opcional inclui ainda a central multimídia que você vê nas fotos, com tela de 8" e sensor de movimento. Ao mover a mão diante da tela, ele exibe o menu na parte de baixo. 

Equipamentos de série e opcionais

A versão topo de linha Highline vem com ar-condicionado automático com saídas de ar para o banco traseiro, direção elétrica, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), luzes diurnas de LED, rodas de liga leve de 16 polegadas, chave presencial, piloto automático, porta-luvas refrigerado, alarme, trio elétrico, isofix, suporte para celular integrado ao painel com tomada USB, bloqueio eletrônico de diferencial, assistente de partida em rampa, freio a disco nas quatro rodas, controle de tração e estabilidade, volante multifuncional, faróis com função Cornering Light, borboletas atrás do volante para trocas de marcha, sensor de estacionamento traseiro, volante com ajuste de altura e profundidade e central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple CarPlay.

Compare o Virtus com os concorrentes

Cores sólidas acrescentam R$ 450, enquanto as metálicas somam mais R$ 1.450 ao valor do carro. Entre os opcionais estão: bancos revestidos de couro (R$ 800), rodas aro 17" (R$ 1.200), banco do passageiro dianteiro rebatível (R$ 300) e o pacote Tech High (R$ 3.300) que adiciona sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, divisória e rede no porta-malas, comando de voz, câmera de ré, detector de fadiga, retrovisor interno antiofuscante, farol com ajuste automático de intensidade e função coming/leaving home, indicador de pressão dos pneus, quadro de instrumentos digital, sensor de chuva e crepuscular, GPS e central multimídia Discover Media com tela de 8", Bluetooth e sensor de aproximação. 

Conclusão

O Virtus é um ótimo carro, com boa dirigibilidade, confortável, espaçoso e econômico. E o sedã ainda chamou bastante atenção nas ruas pelo visual. Além disso, não se esqueça de que ele recebeu nota máxima nos testes de colisão do Latin NCAP. É praticamente um mini Jetta, como foi apelidado, e faz jus à comparação com o irmão maior. O acabamento merecia um pouco mais de atenção, mas talvez o que pese mais seja o preço. Com tudo que tem direito, o Virtus chega a cobrar R$ 87.040 - apenas para comparar, o Fiat Cronos mais equipado sai por R$ 82.330. 

 

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