Ford New Fiesta SE x Honda Fit EX
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Ford New Fiesta SE x Honda Fit EX
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Ford New Fiesta SE x Honda Fit EX
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Interior do New Fiesta
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Painel central do New Fiesta
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Parte interna da porta do New Fiesta tem excesso de plástico
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Bancos traseiros do New Fiesta são bipartidos
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Porta-malas do New Fiesta carrega 290 litros
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Rodas do New Fiesta são de 15 polegadas
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Interior do Fit EX manual
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Painel do Fit tem melhor acabamento
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Interior do Fit é modulável
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Porta-malas do Fit carrega 384 litros
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Rodas do Fit são de 16 polegadas
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Fit tem melhor acabamento que rival
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Assim como no New Fiesta, Fit não possui marcador de temperatura
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Com quatro anos de mercado no Brasil, o Honda Fit se consagrou pela oferta de um conjunto equilibrado. Levando em conta sua faixa de preço, a carroceria monovolume e motorização, vaga por segmentos diferentes, à procura de um concorrente direto.
Lançado no final de 2011, o New Fiesta não agregou somente uma nova nomenclatura à linha. A oferta do Fiesta tinha ganhado um hatch premium. Preço, acabamento e lista de equipamentos de fábrica justificaram a ascensão social da gama.
Colocados lado a lado, Honda Fit e Ford New Fiesta são modelos com características comuns. Oferecem dirigibilidade, boa oferta de itens de série, além de desempenho satisfatório para quem roda na cidade e, por vezes, segue o caminho da estrada. Um elemento, no entanto, pode ser o fator decisivo para finalizar este embate: o preço.
Na configuração escolhida, o New Fiesta 1.6 SE (só com câmbio manual) sai de fábrica com airbag duplo, freios ABS com assistente de saída em rampa, ar-condicionado manual, direção elétrica, trio elétrico, rodas de liga leve de 15 polegadas, CD player com MP3 e sistema SYNC (aquele que funciona por meio de comandos de voz do motorista, como ligações de celular via bluetooth).
Ainda no processo do monte seu carro, o comprador do New Fiesta pode agregar como acessório sensor de estacionamento (R$ 351) e revestimento de couro dos bancos (R$ 1.341). O Fit EX 1.5 manual, por sua vez, conta com os mesmos equipamentos do New Fiesta, mas soma sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga leve de 16 polegadas e ar-condicionado digital. Não há opcionais.
Guardadas as devidas proporções
O hatch da Ford é maior, mas acomoda pior. O modelo ocupa 4,06 m de comprimento por 1,97 de largura. Com entre-eixos de 2,48 metros, os dois passageiros traseiros contam com pouco espaço para as pernas; a carência também se revela no porta-malas: são 290 litros de capacidade. O Fit chega aos 3,90 m de comprimento e aos 2,50 metros de entre-eixos. Além de oferecer uma melhor disposição na cabine, com opção de rebater encosto e parte de baixo dos bancos de trás, também há vantagem no tamanho do bagageiro: são 384 litros disponíveis.
Na ficha técnica, o New Fiesta se serve de um motor de 1,6 litro 16V Sigma, feito de alumínio com componentes desenvolvidos para oferecer mais durabilidade, e câmbio manual de cinco velocidades. A potência varia entre 110 cv/6.250 giros (g) e 115 cv/5.500 rpm (a), enquanto o torque vai de 15,8 mkgf a 16,2 mkgf a 4.250 rotações. O Fit, com motor de 1,5 litro i-VETC, que otimiza o torque em baixa e alta rotação, não fica muito atrás em potência e força: são 115cv/116cv aos 6.000 giros e 14,8 mkgf, a 4.800 rotações. O sistema de transmissão também é manual de cinco marchas.
Visualmente, na cabine, o New Fiesta chama a atenção pelo desenho diferenciado do console central, mas perde em acabamento. O uso abusado de plástico no painel e na parte interna da porta rebaixam o modelo de premium a popular; a sensação é confirmada pelo tecido escohido para revestir os bancos. No Fit, as linhas retas e a praticidade do painel não criam impacto, mas a escolha de materiais, que vão desde o plástico até o detalhe de veludo dos bancos, é mais seletiva. Na
linha 2013, o Fit passou por algumas mudanças externas e ganhou cinco litros de autonomia no tanque (47 litros).
Girando a chave, engatando a marcha e pisando no pedal, o condutor vai não se decepcionar em nenhum dos dois modelos. Tanto o Sigma como o i-VTEC do Honda não fazem feio. O casamento com a transmissão manual de cinco velocidades é harmônico, enquanto a agilidade no trânsito, com as primeiras marchas mais curtas e as seguintes mais longas, é perceptível. Não há nenhuma grande diferença na atuação mecânica que possa favorecer um modelo ou outro.
Veredicto de Anelisa Lopes seguindo o raciocínio lógico do comparativo, o Fit leva vantagem no acabamento e no espaço interno, enquanto no quesito motorização e itens de fábrica, os dois modelos se equivalem. Se o leitor voltar os olhos ao terceiro parágrafo, no entanto, vai notar que falta uma informação crucial: o preço dos carros.
Neste comparativo, para levar a versão SE do New Fiesta, equipada com o catálogo intermediário, são desembolsados R$ 46.490 (mais R$ 1.017 de pintura metálica ou R$ 1.255 para a perolizada), enquanto para o Fit EX, o comprador assina um cheque de R$ 57.480. Se a opção for pelo catálogo mais caro do New Fiesta (que soma sete airbags, bancos de couro, retrovisores com luzes de direção, aquecimento e ponto cego), que custa R$ 50.270, mesmo assim, cerca de R$ 7.000 vão pesar contra o Fit.