Mercedes celebra 60 anos no Brasil de olho no futuro

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Linha Mercedes-Benz

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Mercedes-Benz 190 SL 1956

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Caminhão L 7500 1952

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Caminhão L 7500 1952

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Caminhão LP 331 1961

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Ônibus O 321 1958

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Ônibus O 355 1972

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O 321 1958 (à esq.) e O 355 1972 (à dir.)

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Caminhão 710

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Caminhão 1113

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Chassi de ônibus LPO 1113 encarroçado

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Conceito Mercedes-Benz Future Truck 2025. Modelo conta com condução autônoma

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Mercedes-Benz Future Truck 2025

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Única empresa na América Latina a produzir automóveis, vans, caminhões e ônibus, a Mercedes-Benz tem o que comemorar em 2016, quando celebra 60 anos de operação no Brasil. Da primeira fábrica inaugurada em 28 de setembro de 1956 em São Bernardo do Campo (SP) até hoje, já são mais de 2,12 milhões de veículos comerciais feitos no País, com 50 anos na liderança de vendas entre os comerciais e incríveis 60 anos líder entre os ônibus. 

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Considerando os automóveis, a Mercedes soma 157 mil unidades comercializadas no Brasil. E agora inicia uma nova fase após a inauguração da planta de Iracemápolis (SP) no mês passado, onde já produz o sedã Classe C e fará o SUV compacto GLA a partir do segundo semestre deste ano. A fábrica possui capacidade para produzir 20 mil unidades por ano, tendo recebido investimentos de R$ 600 milhões. Vale lembrar que esta é a segunda iniciativa da Mercedes-Benz de fabricar automóveis no País. A empresa produziu a primeira geração do Classe A em Juiz de Fora (MG) entre 1999 e 2005, onde também foi feito o hatch CLC de 2008 a 2010.

Atualmente são quatro unidades fabris no País. Em São Bernardo são feitos caminhões, chassis de ônibus, cabinas e agregados, como motores, câmbios e eixos. De lá saem os caminhões das famílias Atego, Atron e Axor. Já em Campinas (SP) estão as atividades de pós-venda, como a Central de Distribuição e Logística de Peças e a linha de produção de peças remanufaturadas. De Juiz de Fora (MG), inaugurada em 2012, saem os modelos Actros e Accelo. E por fim há a recém-inaugurada planta de Iracemápolis construída para produzir automóveis de passeio. 

Momento não é bom

A empresa aproveitou a celebração de 60 anos para trazer a Brasil o "Caminhão do Futuro 2025", um veículo autônomo apresentado como conceito no Salão Internacional de Veículos Comerciais IAA 2014 na Alemanha. Segundo a empresa, ele reúne inovações que devem estar nas ruas até 2025. Para o Brasil, contudo, essas novas tecnologias devem chegar aos poucos em função da legislação - o Actros vendido aqui já conta com sistemas de assistência à condução.

De olho no futuro, a Mercedes reconhece que o momento atual do Brasil não é bom e que mudanças são necessárias para retomar a estabilidade econômica. "Continuamos investindo no País e ao mesmo tempo trabalhando a nossa flexibilidade para lidar com os altos e baixos", afirma Wolfgang Bernhard, membro do Conselho de Administração da Daimler e responsável pela Daimler Trucks e Buses. Os números do primeiro trimestre deste ano apontam uma queda de 19,7% nas vendas de automóveis em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Anfavea. Entre os comerciais leves a redução foi de 45,4%. O executivo destacou ainda a produção de uma picape média, confirmada para chegar ao mercado até 2020. Ela deverá ser feita na Argentina, com grandes chances de chegar ao mercado brasileiro.

Mas a marca alemã também quer enaltecer seu passado, criando uma espécie de museu na fábrica de São Bernardo do Campo onde expõe modelos clássicos como um 190 SL de 1956, um caminhão L 7500 de 1952 - modelo emblemático, foi usado na construção de Brasília e da Usina de Itaipu -, um LP 331 de 1961 e os ônibus O 355 da Viação Garcia e O 321 do acervo da Mercedes-Benz, o primeiro monobloco do País.

"Nossa história no Brasil começa antes mesmo da inauguração da fábrica. Ela começa em 1951 quando dez carros da Mercedes participaram da primeira corrida das 24 Horas de Interlagos", lembra Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. Do passado para o presente, Schiemer também se mostrou preocupado com a atual situação do País. "Além dos R$ 2,5 bilhões que investimos de 2010 a 2015 para a modernização das fábricas, teremos ainda outros R$ 1,3 bilhão investidos no Brasil até 2018. Mas um País como o Brasil tem obrigação de achar um caminho para o progresso e para isso precisa de um governo forte. Estamos trabalhando para sairmos dessa crise juntos", completou o executivo.

Os 60 anos da Mercedes-Benz em números

Foram fabricados no Brasil:
- 2.120.000 veículos comerciais 
- 1.450.000 caminhões 
- 670.000 ônibus 
- 2.900.000 motores 

Foram vendidos no mercado brasileiro:
- 1.830.000 veículos comerciais 
- 1.200.000 caminhões 
- 463.900 ônibus 
- 131.300 comerciais leves 
- 120.000 veículos Sprinter 
- 157.000 automóveis 
- 17.500 automóveis em 2015, um recorde para o ano

Entre os ícones, foram comercializados no País:
- 200.500 unidades do caminhão L 1113 
- 78.300 modelos do leve 710 
- 52.200 chassis de ônibus LPO 1113
- 43.800 chassis urbanos OF 1721 
- 1.000 ônibus superarticulados 
- 540 superesportivos AMG vendidos em 2015, um recorde no País

Outros números de mercado:
- São 50 anos de liderança nas vendas de veículos comerciais no Brasil
- São 60 anos na liderança de vendas de ônibus no País
- 432.000 caminhões e ônibus Mercedes-Benz feitos aqui foram exportados
- 60 países importam modelos feitos no Brasil
- São 250 concessionários de veículos comerciais e de automóveis pelo Brasil
- Ao longo dos 60 anos, mais de 100.000 colaboradores trabalharam ou ainda trabalham na Mercedes-Benz do Brasil
- Foram criados ainda outros 500.000 empregos indiretos

O amplo portfólio inclui:
- 207 versões na linha de caminhões
- 90 versões na linha de ônibus
- 65 versões na linha de vans
- 50 modelos na linha de automóveis
- Há veículos de 1 a 500 toneladas
- Há opções que levam de 1 a 200 passageiros

Frota circulante:
- 1.166.800 caminhões Mercedes-Benz rodam pelo Brasil
- De cada 10 caminhões que circulam no País, 4 são Mercedes-Benz
- 360.300 ônibus Mercedes-Benz rodam no mercado brasileiro
- De cada 10 ônibus que circulam no Brasil, 6 são Mercedes-Benz

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