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Mobi Way chega na próxima semana partindo de R$ 39.300

Versão com visual aventureiro estará nas lojas um mês depois das demais opções com a missão de alavancar as vendas

02/06/2016 - Anamaria Rinaldi, de Itu (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

A Fiat apresentou há um mês e meio o seu novo compacto, o Mobi. Mas o modelo chegou às concessionárias inicialmente apenas nas configurações Easy e Like. A partir da próxima semana, começa a chegar às lojas também a versão com apelo aventureiro Way, que parte de R$ 39.300.

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A marca italiana aproveita sua tradição em modelos com visual fora de estrada, iniciada em 1999 com a perua Palio Weekend Adventure e depois estendida a Strada, Doblò e Idea, agora no Mobi. Chamado de "aventureiro light" pela Fiat, o Mobi Way se diferencia das demais versões pelas barras longitudinais no teto, pelas rodas e para-choques exclusivos e pelas molduras dos para-lamas e das caixas de roda. E como nas outras opções que levam o sobrenome Way em sua gama, o compacto possui suspensão elevada em 15 mm. Vale lembrar que já foram oferecidos Mille, Palio Fire e Uno Way no mercado brasileiro. Por dentro, a exclusividade está no console no teto com porta-objetos e espelho adicional, de série apenas na mais completa Way On, de R$ 43.800.

Como anda?

O Mobi Way conta com o mesmo motor 1.0 8V Fire EVO flex do Uno, que rende 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque com etanol. Com gasolina, os números são 73 cv e 9,5 kgfm, respectivamente. O câmbio é manual de cinco velocidades. Mas a Fiat faz questão de ressaltar que o Mobi não é um "Uno pequeno". "Eles são produtos diferentes, com propostas diferentes dentro da linha de ser um carro focado em mobilidade urbana", afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto e brand da Fiat. "O processo de fabricação também é diferente, com o Mobi adotando 94 pontos de solda a menos e com estrutura 19,5 kg mais leve", completa Claudio Demaria, diretor de engenharia.

Na prática, o Mobi é realmente um pouco mais ágil que o "irmão" em função do seu peso 40,4 kg menor que o Uno Way, pesando 940 kg. A diferença é mais perceptível em subidas íngremes, embora por ser ainda um 1.0 as reduções sejam necessárias e constantes nessas condições. O câmbio tem bons engates e a direção, embora hidráulica, é bem precisa e tem peso na medida certa. A Fiat também reforça a preocupação com o consumo, embora o Mobi não tenha se saído assim tão bem nas medições do Inmetro, com 8,4 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada com etanol ou 12 km/l e 13 km/l, respectivamente, com gasolina. Para comparar o melhor posicionado, o Peugeot 208 1.2, fez 10,9 km/l, 11,7 km/l, 15 km/l e 17 km/l na mesma ordem. Durante a avaliação do iCarros, o Mobi Way chegou à melhor média de 14,8 km/l em trecho rodoviário e de 11,9 km/l mesclando cidade e estrada com 50% de estanol e 50% de gasolina no tanque.

A suspensão elevada, obtida por meio de molas e amortecedores recalibrados e a adição de uma barra estabilizadora dianteira inexistente nas outras versões do compacto, torna a condução confortável mesmo em estradas de terra, como foi possível perceber durante a avaliação do iCarros em trechos no interior de São Paulo. Até na cidade, com tantos buracos, lombadas e valetas, esses 15 mm a mais ajudam. A estabilidade também se mostrou boa em curvas.

Dimensões e espaço interno

Com 3,56 m de comprimento e 2,30 m de entre-eixos, a versão Way se diferencia das demais pelas medidas maiores apenas na largura (1,68 m contra 1,63 m) e na altura (1,51 m contra 1,50 m). O tamanho diminuto ajuda (e muito) nos deslocamentos urbanos, tornando fácil manobrar ou mesmo encontrar uma vaga para o Mobi na rua. Mas o preço a ser pago por isso está no banco traseiro mais apertado do que no Uno - que tem 2,37 m de entre-eixos - e no porta-malas de apenas 215 litros - são 290 litros no Uno. Vale a pena destacar que as versões Easy, Easy On e Like On levam mais, com 235 litros.

Cabem bem apenas dois adultos atrás e, de preferência, com não mais do que 1,70 m de altura. Entrar no carro, por outro lado, não será um problema, uma vez que a porta traseira conta com um bom ângulo de abertura de 80%. Já o bagageiro acomoda somente uma mala pequena. Há, em contrapartida, o cargo box, um compartimento para objetos pequenos localizado abaixo do assoalho, naquele espaço normalmente perdido em função do estepe, com uma divisória que permite dividir em três posições.

Falando no porta-malas, um dos destaques do Mobi é a tampa de vidro, com 5 mm de espessura. A Fiat ressalta que isso não traz riscos aos ocupantes em caso de colisão traseira, já que o para-choque foi reforçado para absorver o impacto. Ao contrário, ela é 4 kg mais leve que a tampa convencional do Uno, além de exigir menos espaço para ser aberta.

O acabamento interno é bom, ainda que simples, sem falhas ou rebarbas aparentes. E os comandos ficam à mão do condutor. O quadro de instrumentos tem boa visualização e uma tela digital para o computador de bordo que passa uma sensação de modernidade com potencial para agradar aos mais jovens junto com o design externo inovador. A posição de dirigir não é ruim, mas a embreagem mais funda aliada ao trilho curto do banco do motorista pode prejudicar o conforto de condutores com menor estatura. Vale destacar ainda que não há regulagem de profundidade no volante. O banco do motorista, porém, tem ajuste de altura, assim como no cinto de segurança.

Equipamentos de série

O Mobi Way vem de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de 14 polegadas com calotas, volante e banco do motorista com regulagem de altura, vidros e travas elétricas, computador de bordo, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores externos pintados na cor da carroceria, cargo box (caixa organizadora no bagageiro) e predisposição para rádio. 

São opcionais: rádio Connnect com Bluetooth e função streaming de áudio, alarme, comandos no volante e central multimídia Live On. Esse dispositivo não possui tela sensível ao toque. No lugar, há um suporte para celular e, por meio de um aplicativo, a tela do telefone vira a interface, com acesso a informações do veículo, rádio, músicas e serviços online de mapas e músicas escolhidas pelo usuário. O Live On deveria estar disponível no País já a partir deste mês, mas sua estreia foi adiada para julho ou agosto.

Já a versão Way On acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas exclusivas, faróis de neblina, retrovisores externos elétricos com função tilt-down (abaixa o lado esquerdo automaticamente ao engatar a ré) e repetidores de seta, sensor de estacionamento, rádio Connect com Bluetooth, função streaming de áudio e comandos no volante, revestimento exclusivo em tecido bicolor, painel com acabamento preto brilhante, apóia-pé, porta-óculos e alças de segurança no teto, além do console com porta-objetos e espelho adicional. Essa versão não tem opcionais. 

Manutenção e segurança

O Mobi possui três anos de garantia e revisões a cada 10 mil quilômetros. A primeira custa R$ 188, enquanto a segunda sai por R$ 388 e a terceira por R$ 584. Até os 60 mil quilômetros, as revisões programadas somam R$ 3.216. Quanto à segurança, a Fiat acredita que o Mobi conseguirá três estrelas de proteção segundo as novas regras mais rígidas do Latin NCap. O modelo ainda não foi testado pelo órgão.

Vai vender? - A Fiat espera que as duas versões Way e Way On representem pelo menos 35% das vendas do Mobi, já que no Uno e no Palio Fire a linha Way hoje soma 47% das vendas. Com isso, o compacto deve ultrapassar 4.000 unidades emplacadas por mês, sendo que em maio ele teve 2.400 unidades vendidas com apenas as opções Easy e Like disponíveis. "Ainda é cedo para falar em canibalização de outros modelos, como o Uno, porque ele teve redução nos emplacamentos no último mês em função da saída de linha da versão Vivace, a mais vendida para frotistas. Isso pode ocorrer, mas só conseguiremos avaliar daqui a uns dois meses", afirma Dutra.

Após guiar o Mobi, fica claro que ele é uma boa opção para pessoas solteiras que não precisam de muito espaço, já que seu desempenho não é ruim, nem o consumo. Mas talvez o sucesso fosse maior se ele já viesse equipado com o novo motor 1.0 de três cilindros que Dutra confirma que será lançado no Brasil, embora não revele a data nem o modelo que fará a estreia - provavelmente será o Uno reestilizado, a ser apresentado em novembro no Salão de São Paulo.

Viagem a convite da Fiat

 

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