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Nissan Altima quer comprar briga com sedãs grandes

Maior sedã da Nissan no Brasil, Altima quer brigar com Ford Fusion e companhia custando R$ 99.800

09/11/2013 - Thiago Moreno, de Guararema (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

A briga na casa dos sedãs grandes está brava. Na região dos R$ 100 mil, Volkswagen Passat e Ford Fusion disputam os clientes que ainda não chegaram ao patamar dos modelos da Mercedes-Benz, Audi e BMW. Agora é a vez de a Nissan entrar nessa rusga com a nova geração do Altima que estará disponível nas lojas da marca a partir de 11 de novembro custando R$ 99.800 na versão 2.5 SL, a única disponível para o Brasil. O Nissan é mais caro que Fusion (R$ 96.990 na versão de entrada) e mais em conta que o Passat (R$ 114.480 sem opcionais).

Na lista de equipamentos de série, estão a direção com assistência eletro-hidráulica, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos em couro com regulagem elétrica para o motorista, teto-solar, piloto automático, chave presencial, tela multimídia de toque com 7” e GPS em português brasileiro integrado, sistema de som da marca Bose e aquecimento para os bancos dianteiros e o volante.

Entre os itens de segurança, a palavra de ordem é eletrônica embarcada. Como é vendido em versão única, o Altima recebeu todos os mimos da versão vendidas nos EUA, de onde o carro é importado para o nosso País. Entre eles, sensor de estacionamento traseiro com câmera e detector de movimento, monitoramento de ponto cego, controles de estabilidade e tração, sistema ativo de neutralização de subesterço (para suavizar as saídas de frente), aviso de mudança de faixa e monitoramento da pressão dos pneus.

Na mecânica, o Altima traz motor 2.5 16V só a gasolina de 182 cv (a 6.000 rpm) e 24,8 kgfm de torque (4.000 rpm) acoplado a uma transmissão de relações continuamente variáveis (CVT). O sistema de suspensão é independente nas quatro rodas. O conjunto lida com 1.469 kg de peso do carro, que mede 4,9 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,5 m de comprimento e, o mais importante, 2,8 m de entreeixos. No porta-malas, é possível acomodar 436 litros de bagagem.

Altima, um (quase) brasileiro

O Nissan Altima que chega ao mercado brasileiro não é flex, mas precisou de jogo de cintura - literalmente - para se acomodar por aqui. Entre os 150 mil quilômetros de testes realizados em nossas estradas, foi constatado que a suspensão traseira precisava de ajustes para aguentar a buraqueira. O carro que vem para cá conta com amortecedores de maior curso. Tarefa simples, só que não.

O desafio era fazer as alterações num complexo sistema de suspensão do carro, de três braços atrás. O conjunto permite que as rodas possam se movimentar sobre o próprio eixo, seja em cambagem (ângulo entre a roda e solo) ou em convergência (ângulo entre a roda e ponta do eixo). A Nissan diz que a alteração não mexeu com a estabilidade do carro. Será?

Embalando no trem dos sedãs grandes

O iCarros avaliou uma unidade do Altima num teste-drive curto, mas variado, entre as cidades de Guararema e Santa Branca, ambas no Estado de São Paulo. De estradas bem asfaltadas a pequenas ruas de terra esburacadas, o sedã da Nissan não se abalou e passou a mesma impressão independentemente da condição: um carro confortável e que sabe se manter estável quando exigido.

Em terrenos irregulares, o maior curso faz com que o Altima passe sem grandes sustos pelos obstáculos e sem transmitir solavancos fortes aos passageiros. Nas curvas, e em bom asfalto, o sedã aderna pouco e passa segurança ao motorista, mesmo em velocidades pouco civilizadas. É possível sentir o movimento das rodas do eixo posterior equilibrando a traseira do carro.

A cabine do carro fica bem isolada acusticamente. O interior do Altima conta com materiais macios ao toque e é bem montado. Apesar de sóbrio e com linhas simples, agrada. O mesmo acontece com o visual do carro. Harmonioso, mas pouco ousado. Quem procura por um carro sem extravagâncias, porém, vai aprovar.

Quem também vai bem com o carro movimento é o sistema eletro-hidráulico de assistência da direção. Leve em manobras, ganha peso com a velocidade e, por não ser puramente elétrica, não parece artificial e tem respostas naturais aos movimentos das mãos do motorista. O que você esterça é o que carro se movimenta.

O conjunto motriz (motor e câmbio), no entanto, não se sobressai. É cumpridor e o propulsor conta até com um coletor de admissão variável para tornar as respostas do motor mais lineares, enquanto o câmbio CVT evoluiu muito em relação às gerações anteriores da caixa. Porém, não empolga. O carro leva certo tempo para sair da inércia, mas, uma vez embalado, tem disposição para ir muito além do limite de velocidade. Uma pena, uma vez que a carroceria é bem equilibrada e aguentaria um motor mais potente. Mas, opa, o Altima tem um motor mais potente!

Cadê o V6? - Sim, o sedã da Nissan tem a opção de um bloco de 3.5 V6 de 275 cv disponível nos EUA e até na Argentina, ele só não é para brasileiros. Por quê? Quem explica é Ana Serra, Gerente de Produto da Nissan: “Em todas as pesquisas que fizemos com clientes em potencial, poucos despertaram interesse na configuração mais potente. Nós optamos por não arcar com os custos de homologação de um motor que responderia por menos de 3% do mix de vendas”, diz.

Vai vender? - a Nissan não quis falar em números de vendas, mas as primeiras 250 unidades do Altima que foram importadas deverão ser vendidas até o final do ano, nos planos da marca. O modelo se sobressai em relação à concorrência em conforto, estabilidade e itens de série, enquanto está na média em visual e desempenho. Se for para se estapear pelos clientes, o Altima não vai se entregar fácil. Atributos para isso o carro tem.

Teste-drive a convite da Nissan

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