Botão ECON gerencia mecânica para gastar menos
5/15
Rodas diferenciadas na versão topo de linha
6/15
Câmera de estacionamento traseira
7/15
Porta-malas cresceu para 449 litros
8/15
Interior muda para receber equipamentos
9/15
Há dois anos, o Civic tem visto a liderança do segmento de sedãs médios se afastar cada vez mais. Do posto de oitavo modelo mais vendido do País em 2008 - dois anos após sua transformação radical para chegar à oitava geração mundial -, desceu para o 27º lugar em 2011. Além de ver seus concorrentes passarem à sua frente, em especial, o novo Toyota Corolla, mostrado em 2008, o volume de vendas do modelo também foi afetado pela tragédia que aconteceu no Japão em março deste ano, já que o acidente prejudicou o fornecimento de peças e produção, e atrasou o lançamento da nona geração em dois meses.
A estreia foi ontem, mas a chegada do novo Civic às lojas será apenas na segunda quinzena de janeiro. Por isso, a Honda ainda não possui os valores definidos para as versões LXS (manual e automática), LXL (automática) e EXS (automática), que serão mantidas. A montadora, no entanto, afirmou que os valores deverão ser similares aos das versões do modelo 2011, que começam em R$ 66.660 e terminam em R$ 86.750. A garantia será de três anos.
Para matar a curiosidade dos fãs do sedã, que completa 40 anos de história (no Brasil, passou a ser importado em 1992 e fabricado em 1997) e mostrar à concorrência que quer a coroa de volta, a Honda adiantou um breve contato dos jornalistas com o modelo, na pista da Fazenda Capuava, no interior de São Paulo.
"Atendendo a pedidos"Visualmente, a atualização sofrida pela nona geração do Civic, já vendida na Europa e nos Estados Unidos, não chega nem perto daquela sofrida em 2006. De qualquer maneira, os farois e para-choques diferenciados, além dos dois vincos no capô e grade com pintura na cor preta, somados às novas lanternas estendidas para dentro da tampa do porta-malas por meio de refletores, tiraram o ar cansado do sedã. Ele está 1,6 cm maior no comprimento e 3 cm menor no entre-eixos. Segundo a Honda, porém, não houve diminuição do espaço interno, já que a parede corta-fogo foi reposicionada.
Por outro lado, o espaço do bagageiro pulou de 340 litros para 449 litros, graças à substituição do estepe (anteriormente era a roda original do carro; agora trata-se daquele pneu fino, de emergência). O tanque do combustível ganhou mais 7 litros, chegando à capacidade de 57 litros.
Outras modificações, a pedido dos clientes, de acordo com o fabricante, vieram atrasados, mas em boa hora para tentar recuperar a liderança perdida: câmera traseira de estacionamento, tela touch screen com navegador, tecnologia bluetootth, computador de bordo ao lado do velocímetro, teto solar elétrico, acendimento automático dos farois, ar digital e automático, além de fechamento dos vidros e teto solar por meio da chave. Vale ressaltar que alguns destes equipamentos só estão presentes nas versões intermediárias e topo de linha. Itens de segurança, como airbag duplo e freios ABS, estão presentes desde a configuração mais barata.
Botão econômico é novidade do Civic brasileiroO conjunto formado pelo motor 1.8 16v bicombustível de 140 cv de potência e 17,7 mkgf de torque, e câmbio manual/automático de cinco velocidades foi conservado, mas passou por alterações no comando de válvulas, nos pistões, entre outros componentes, para oferecer mais força em baixas rotações e ficar mais econômico. A Honda promete uma economia de até 2,2% no consumo.
Na prática, esta modificação pode ser resumida por meio de um botão que fica ao lado esquerdo do painel, em todas as versões. Desenvolvido apenas para o mercado brasileiro, a tecla ECON tem como missão gerenciar o funcionamento do ar-condicionado, a retomada de velocidade e antecipar a mudança de marcha, com o objetivo de tornar o carro menos beberrão. De forma simples, esta tecnologia atua de forma contrária à tecla S do câmbio automático, que alonga a marcha para oferecer mais do motor. Falando nesta transmissão, ela teve modificações nas relações de marcha para oferecer mais linearidade.
Durante a avaliação do Civic, no modo ECON e normal, a dirigibilidade do modelo foi mantida, com a diferença de que, no primeiro caso, o sedã ficar levemante mais pacato, esperando pelo melhor momento para troca de marchas. Conjunto da suspensão bem ajustado, direção elétrica e desempenho do motor continuam agradáveis para o motorista. Lembrando, porém, que o teste drive foi feito em uma pista particular, sem as condições encontradas pelos condutores nas ruas.
Além do fator mecânico, o nível de ruído na cabine foi trabalhado de forma a se tornar menos perceptível. Ao volante, o condutor também vai perceber que a coluna A ficou mais fina, fazendo com que a visualização externa melhore.
Ainda é cedo para avaliar se a nona geração do Civic vai retomar a primeira posição em um mercado que tem recebido boas novidades, como o novo Volkswagen Jetta, por exemplo. O fato é que a Honda está tentanto correr atrás do prejuízo com a incorporação de elementos tecnológicos e de conforto. As mudanças foram bem-vindas; resta aguardar agora a definição de quanto vai sair do bolso do consumidor para levá-lo para casa.
Teste drive a convite da Honda