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Andamos: o Honda WR-V é só um Fit aventureiro?

Conheça o que o SUV compacto tem em comum e o que é diferente em relação ao hatch e como ele se comporta ao volante

14/03/2017 - Anamaria Rinaldi, de Foz do Iguaçu (PR) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Ontem você viu aqui no iCarros todos os detalhes do novo Honda WR-V, o SUV compacto que a marca lança para ficar abaixo do HR-V como utilitário esportivo de entrada. Fabricado em Sumaré (SP), ele começará a ser vendido no final de março em duas versões: EX (R$ 79.400) e EXL (R$ 83.400).

E apesar do visual diferente do Fit, com quem ele compartilha a plataforma, a comparação entre os modelos é inevitável. Há diversos componentes "emprestados" do hatch, incluindo motor, câmbio e itens do interior. Mas será que o WR-V é só um "Fit bombado" como alguns leitores sugeriram desde a sua primeira aparição no Salão de São Paulo?

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O que é diferente?

Vamos detalhar primeiro o que é igual. O motor é exatamente o mesmo 1.5 flex, mas o câmbio automático CVT teve a calibração alterada para o WR-V. Ambos, porém, não oferecem trocas manuais nem na alavanca. Segundo a Honda, essa não é uma exigência desse consumidor e não apareceu nas clínicas com clientes, daí o motivo de ficar de fora tanto no WR-V quanto no Fit. A opção de trocas manuais só aparece a partir do City e mesmo assim apenas nas versões mais caras EX e EXL.

Além disso, com o uso de bitolas (distância entre as rodas de um mesmo eixo) mais largas e pneus com perfil mais alto (195/60 contra 185/55 no Fit), foi preciso mexer na suspensão. "A suspensão está 5 cm mais alta no WR-V, com uma calibração específica. O chassi também é exclusivo", destaca Luis Marcelo Kuramoto, chefe de projeto da Honda. "Usamos como base a suspensão traseira do HR-V para chegar a um resultado mais adequado para um SUV", completa. Por fim, muda a calibração da caixa de direção, com assistência elétrica nos dois modelos. 

Já no interior, vários elementos são compartilhados com o Fit, como quadro de instrumentos, volante, painel, central multimídia, comandos do ar-condicionado etc. Para se diferenciar, então, o SUV adota revestimentos exclusivos em preto e prata ou preto e laranja (esta última opção apenas nas versões com carroceria em vermelho). No painel, a única diferença é uma régua cromada no lado do passageiro. 

Impressões ao dirigir

De tudo que é diferente no WR-V em relação ao Fit, a mudança mais perceptível é a suspensão. Ela está nitidamente mais firme, garantindo maior conforto na cidade e mais estabilidade - lembrando que o SUV é mais alto. Quanto ao conjunto mecânico, o WR-V lembra muito o Fit nas respostas.

O motor 1.5 é bom e a transmissão CVT cumpre muito bem o seu papel na cidade, mas eleva o giro (e consequentemente o nível de ruído dentro da cabine) ao pisar fundo no acelerador para retomar velocidade ou fazer uma ultrapassagem, por exemplo. E a ausência de opção de trocas manuais impede qualquer intervenção do motorista nesses casos. O câmbio conta somente com as opções "S", para uma tocada mais esportiva retardando as trocas de marcha, ou "L" ("Low") para limitar a marcha e aumentar o torque e o freio-motor em situações específicas em que isso seja necessário.

Se você já dirigiu o Fit então vai notar diferença? Sim, a suspensão altera totalmente a dirigibilidade do carro, mas você vai lembrar bastante do hatch nas respostas. Quanto ao consumo, em percuso misto cidade/estrada pela região de Foz do Iguaçu (PR), o modelo registrou no computador de bordo a média de 8,2 km/l com etanol no tanque.

É bom destacar ainda que o WR-V tem apenas tração dianteira, ou seja, é um carro urbano. Por ser mais alto em relação ao solo - são 20,7 cm de vão livre - ele consegue passar por lombadas e valetas mais facilmente e até encarar uma estrada leve de terra. Leve. Durante o test-drive havia um trecho curto de terra, que o WR-V passou sem problemas. Aqui, porém, o que vale ressaltar é o conforto a bordo mesmo em pisos irregulares como esse. 

Acabamento e espaço interno

Por dentro, é quando você vai se sentir mais perto do Fit. O hatch já oferecia uma posição de dirigir elevada, o que obviamente foi mantida no WR-V. Aliás, a posição de guiar é muito boa, com regulagem de altura e profundidade no volante e de altura no banco do motorista e no cinto de segurança. 

O acabamento é bom, como já era no Fit, ainda que abuse de plásticos, sem mesclar materiais mais agradáveis ao toque. O desenho da cabine é sóbrio, mas com todos os comandos à mão. Os novos revestimentos deram um charme especial, merecendo elogios. 

No banco traseiro, o espaço é bom e acomoda bem as pernas dos ocupantes. Aliás, três adultos conseguem viajar atrás. Vale lembrar que o WR-V tem 2,5 cm a mais que o Fit no entre-eixos, o que ajudou nesse aspecto. O porta-malas tem a mesma capacidade do hatch: 363 litros. O destaque mesmo é o sistema de modularidade dos bancos traseiros que já estava presente - e faz muito sucesso - no Fit. É possível rebater ou levantar os assentos para transportar cargas volumosas. 

Quanto aos equipamentos, a versão mais cara EXL merecia alguns itens a mais de conforto, como ar-condicionado dual zone. Ela cobra mais oferecendo adicionalmente apenas os airbags de cortina e a central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas com GPS integrado.

Viagem a convite da Honda

 

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