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Corolla x A3 Sedan: escolha que pesa no bolso

Nacionalizado, sedã de entrada da Audi enfrenta a versão mais cara do Toyota ultrapassando a barreira dos R$ 100 mil

22/01/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

O Audi A3 Sedan passou a ser nacional em novembro do ano passado, com produção em São José dos Pinhais (PR). Primeiro veio o modelo com motor 1.4, o que sofreu mais alterações, por exemplo, virando flex e perdendo o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas por um automático com seis velocidades. A suspensão traseira, que era independente multilink, também mudou e passou a ser por eixo de torção. E é essa configuração que o iCarros avaliou para este comparativo.

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O Audi nacionalizado custa R$ 106.990 na versão de entrada Attraction 1.4 e R$ 117.990 na intermediária Ambiente 1.4, mesma faixa de preço do Toyota Corolla topo de linha, o Altis, oferecido por R$ 102.990. Diante isso, os dois sedãs foram colocados lado a lado para ver quem é a melhor opção de compra, cada um com uma motorização e um estilo próprios.

A3 Sedan Ambiente – R$ 117.990

Mesmo perdendo itens preciosos com a produção no Brasil, o A3 Sedan ainda impressiona pela sua dirigibilidade. O motor 1.4 turbo agora é flex – é o primeiro bicombustível da Audi em todo o mundo - e rende 150 cv de potência tanto com gasolina quanto com etanol. São 28 cv a mais que o 1.4 anterior de 122 cv. O torque também subiu, indo de 20,4 kgfm para 25,5 kgfm. Ou seja, mesmo virando flex, o motor 1.4 não perdeu em desempenho em relação ao modelo importado. Pelo contrário. Sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,8 segundos com velocidade máxima de 215 km/h – frente a 9,3 segundos e 203 km/h, respectivamente, de seu antecessor.

É claro que ele não é tão ágil em arrancadas e retomadas quanto a versão 2.0, que além do motor maior manteve o câmbio de dupla embreagem. Mas isso não significa que ele seja “lerdo”. O conjunto responde de forma progressiva se o motorista é dócil com o pedal do acelerador, mas reduz marchas e sobe os giros rapidamente para dar fôlego se ele pisa até o fundo. E para dar agilidade em uma ultrapassagem, por exemplo, ele conta ainda com o modo “Sport” da transmissão e a opção de trocas manuais de marcha nas borboletas atrás do volante. Durante a avaliação do iCarros, o consumo do A3 Sedan 1.4 registrou média de 6 km/l na cidade, chegando a 7 km/l apenas com o ar-condicionado desligado e sem trânsito. Segundo dados do Inmetro, o modelo faz 7,8 km/l em uso urbano e 9,9 km/l em uso rodoviário com etanol no tanque.

A mudança na suspensão traseira é uma perda importante, é verdade, mas não chegou a comprometer de forma grave o conforto a bordo mesmo nos pisos mais irregulares. Embora as rodas trabalhem juntas, elas conseguem filtrar o terreno de modo satisfatório, sem pulos ou pancadas secas.

Por R$ 117.990, a versão mais cara Ambiente com motor 1.4 vem de série com ar-condicionado, direção eletromecânica, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), faróis bi-xenônio, sistema Start/Stop, alarme, controle de estabilidade, bancos dianteiros com ajuste de altura, computador de bordo, freio de estacionamento por botão, sistema isofix para cadeiras infantis, sensor de estacionamento traseiro, rádio com Bluetooth e os itens adicionais dessa configuração, que são rodas de liga leve aro 17, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e volante revestido de couro com comandos de áudio e borboletas para trocas de marcha.

O carro das fotos está equipado com todos os opcionais: pintura metálica ou perolizada (R$ 1.500), rádio com GPS (R$ 14.000), pacote Design (R$ 14.000) com bancos de couro sintético e teto solar panorâmico elétrico e pacote Assistance Plus (R$ 20.000) com detector de faixa de rodagem que corrige o volante automaticamente, sistema que estaciona o carro sozinho em vagas perpendiculares e paralelas com câmera de ré integrada, assistente de luz alta, controle de cruzeiro adaptativo que regula a velocidade e a distância do carro à frente, computador de bordo com display colorido e sistema keyless com partida por botão e travamento e destravamento das portas sem chave. Com tudo isso, o A3 Sedan Ambiente salta para R$ 167.490.

Por dentro, o requinte esperado de um Audi está presente, embora todo o acabamento interno faça uso de plástico – o material é agradável ao toque e se mostra sem falhas. A posição de dirigir é confortável e há espaço atrás para três adultos, com folga para as pernas, mas não tanto para a cabeça. A central multimídia tem funcionamento intuitivo e conta com tela retrátil e comandos por um botão giratório no console central que permite até desenhar as letras para escrever um endereço no GPS. Segundo a Audi, as revisões do A3 Sedan somam R$ 4.308 até os 40 mil quilômetros - ou seja, nos dois anos de garantia -, com as duas primeiras cobrando R$ 525,52 e R$ 1.185,52, respectivamente.

Toyota Corolla Altis – R$ 102.990

Sem todo o glamour que a marca das quatro argolas possui, o Corolla passa mais discreto pelas ruas. Na versão topo de linha Altis, ele traz motor 2.0 flex de 153 cv de potência e 20,7 kgfm de torque, com câmbio automático do tipo CVT (continuamente variável) que simula sete marchas, tem função “Sport” e opção de trocas manuais nas borboletas atrás do volante. Embora seja mais potente, na prática, quem influencia no dia a dia é o torque (força direcionada às rodas tracionadas), quase 5 kgfm menor que no Audi – além de o Corolla ser 60 kg mais pesado.

Mesmo assim, o Toyota não está nada mal quando falamos em desempenho. Ao pisar no acelerador, a transmissão CVT se comporta de modo exemplar, subindo os giros progressivamente, mas sem demora, fazendo o carro responder prontamente aos comandos do condutor. O motor 2.0 ajuda, mas muitos créditos se devem ao CVT. De acordo com a fabricante, a aceleração de 0 a 100 km/h é de 9,7 segundos, sendo menos de um segundo mais lento que o rival da Audi – que, vamos lembrar, tem motorização turbo e é mais leve.

O consumo também ficou um pouco abaixo, com média de 5 km/l em uso urbano rodando com etanol. Segundo o Inmetro, o modelo faz 7,2 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada com o mesmo combustível. Para quem quer poupar combustível, existe um gráfico “Eco” no painel que ajuda o motorista a dirigir de forma mais econômica. O Corolla perde pontos na suspensão, macia demais para privilegiar o conforto, mas que permite que a carroceria oscile nas curvas e que o carro “pule” mais do que o agradável em terrenos muito irregulares.

Custando R$ 102.990, o Altis vem de fábrica com ar-condicionado digital, direção elétrica, banco do motorista com ajustes elétricos, computador de bordo, controlador de velocidade, rodas de liga leve aro 16, retrovisor interno eletrocrômico (antiofuscante), central multimídia com tela sensível ao toque, GPS, TV digital, câmera de ré e Bluetooth, travamento e destravamento das portas sem a chave, partida por botão, volante com comandos de áudio, acendimento automático dos faróis, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista) e sistema isofix para cadeiras infantis.

Em relação ao rival da Audi, ele leva vantagem pelos ajustes elétricos nos bancos dianteiros, pelo ar-condicionado digital, pelo rebatimento elétrico dos retrovisores externos e pelo rádio com tela sensível ao toque e GPS integrado de série. Pena que, nem na versão mais cara, o sedã traga controle de estabilidade, sensor de chuva, teto solar e luzes diurnas de LED – não oferecidos nem como opcional. Sensor de estacionamento é um acessório e custa R$ 650. A pintura metálica acrescenta R$ 950, enquanto a pintura perolizada soma mais R$ 1.250.

O acabamento do Toyota tem mais luxo do que a versão avaliada do A3 Sedan, exibindo couro no painel, nas portas, nos bancos e no apoio de braço central. Porém, o desenho da cabine é bastante antiquado – tem até um relógio digital ao lado das saídas de ar - e a tela da central multimídia é pequena para uma versão topo de linha.

Por dentro, o Toyota oferece entre-eixos maior, com 2,70 m, acomodando muito bem três adultos no banco traseiro. Há mais espaço para as pernas e a cabeça quando comparado ao A3 Sedan, além de o assoalho ser plano – o túnel central incomoda quem vai no meio no Audi. O porta-malas do Corolla também é maior do que no rival, com 470 litros – são 45 litros a mais, equivalente a uma mala pequena de viagem. Quanto à manutenção, a Toyota cobra R$ 240,50 pela primeira revisão e R$ 528,90 pela segunda, somando R$ 2.744 até os 60 mil quilômetros ou R$ 1.141 até os 30 mil quilômetros referentes aos três anos de garantia.

Escolha de Anamaria Rinaldi – Se você está buscando um sedã que mescle conforto com bom desempenho, o A3 Sedan é uma boa pedida, mas ele cobra caro pelo estilo e o status que acompanha seu logotipo. A nacionalização não rebaixou o modelo de entrada a ponto de ele perder suas qualidades, mas é claro que se você procura esportividade terá que optar pela versão topo de linha com motor 2.0 (R$ 147.990).

O Corolla, por outro lado, oferece um ótimo conjunto mecânico e muito espaço por um preço mais em conta, embora também tenha menos equipamentos de série.  A escolha racional talvez fosse o Toyota, mas acredito que o Audi valha cada real que cobra a mais, ficando com a vitória. O A3 Sedan é minha escolha se você puder pagar os R$ 15.000 de diferença – e a manutenção mais cara. 

 

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