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Sedã esportivo quebra a caretice do segmento

Honda Civic Si “cai nas mãos” de um tradicional proprietário de sedãs, mas ex-dono de três volumes apimentado

14/08/2009 - Texto e fotos: Guilherme Silva / Fonte: iCarros

Quando se fala em sedãs, a primeira imagem que nos vem à cabeça é a de um automóvel de aparência sisuda, dotado de características e equipamentos que favoreçam o conforto de uma família, além de um bom compartimento para levar as bagagens. Utilizados, na maioria das vezes, por homens ou mulheres com idade superior aos 35 anos, casados e com filhos, os modelos de carroceria três-volumes são, na maior parte das vezes, relacionados ao uso estritamente familiar, o que os estereotipou de ‘carro de tiozão’.

De acordo com os dados divulgados pela Fenabrave em julho, o sedã mais vendido no mercado brasileiro é o Chevrolet Classic, seguido por Fiat Siena, Volkswagen Voyage, Chevrolet Prisma, Toyota Corolla e Honda Civic. Este último, porém, é o único que oferece uma versão esportiva, fugindo do ofício de automóvel da família. Dotado de um bloco de 2,0 litros e 16 válvulas a gasolina de 192 cv, o Honda Civic Si é o carro mais potente montado no Brasil.

Por R$ 96.965, o modelo sai de fábrica com direção com assistência elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar-condicionado digital, sistema de áudio com conexão para MP3 player e disqueteira com capacidade para seis discos no painel, rodas de liga leve de 17 polegadas, freios a disco nas quatro rodas com ABS, airbags frontais e laterais e diferencial com sistema antideslizante.

De volta ao túnel do tempo, mas com um Si

O funcionário público José Ronaldo da Silva, 51 anos, casado e pai de dois filhos, atualmente é proprietário de um Chevrolet Astra sedã Advantage 2008, mas, nos anos 1970, possuiu um Ford Maverick, o cobiçado esportivo da época, equipado com o famoso motor canadense V8 de 302 polegadas cúbicas (5,0 litros). Ele rodou com o Honda para tirar suas conclusões sobre o modelo e matar as saudades de estar a bordo de um carro apimentado.

Acostumado a fazer longas viagens para o interior do estado de São Paulo, Silva dá preferência para veículos que ofereçam um porta-malas espaçoso e um bom desempenho rodoviário. Além disso, o carro tem de ser prático para se usar no dia a dia.
Durante a avaliação, o funcionário público estranhou logo de cara o fato de o câmbio do Civic ter seis velocidades, mas gostou da posição de dirigir, da localização da alavanca de mudança de marchas e do freio de mão.

A embreagem um pouco dura e a suspensão mais baixa e rígida, que favorece a esportividade do carro, no entanto, foram alvos de críticas. “O pedal da embreagem é um pouco pesado para o trânsito na cidade, e a suspensão, por ser mais dura e baixa, transmite praticamente todas as irregularidades e buracos das ruas para os passageiros”, analisou Silva.

Pelo fato de o propulsor com duplo comando de válvula do sedã só começar a mostrar disposição lá pelos 3.000 rpm, a impressão é de estar dirigindo um automóvel como outro qualquer quando o trem de força trabalha em regimes mais baixos, o que causa certo estranhamento antes de se familiarizar com o carro. “A gente percebe que está dirigindo um esportivo quando pisa mais fundo no acelerador porque o motor não mostra muita força em rotações mais baixas”, disse o funcionário público, que ainda destacou o visual do Civic Si. “Apesar da cor chamativa, o carro é bonito e, por causa do aerofólio traseiro e das rodas de liga leve de 17 polegadas, esta versão do Civic não tem aquela cara séria dos demais sedãs. É um carro agradável de olhar e dirigir, mas o porta-malas, de 340 litros ante os 460 litros do Astra sedã, deixa a desejar”.

Mesmo sendo uma versão mais nervosa de um sóbrio sedã, o Civic Si é um carro que cativa tanto os mais jovens como os “tiozões” pelo seu ímpeto quando o pedal do lado direito é pressionado. Isso sem contar o instigante ronco que o bloco de 2,0 litros emite ao mostrar que não está sob o capô apenas para levar o motorista para um simples passeio. Uma bela receita para espantar a fama de “carro de tiozão”.

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