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Subaru Outback une desempenho e requinte

Crossover custa R$ 172.900 em versão única com motor 3.6 boxer, mas esbarra na rede autorizada pequena

17/05/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

A linha 2015 do Outback foi lançada no Brasil em dezembro do ano passado, trazido ao País pela CAOA, representante oficial da marca por aqui. Depois de quase um ano fora do mercado brasileiro, o modelo retornou com visual atualizado e motor retrabalhado para favorecer o consumo de combustível. Oferecido em versão única de acabamento, sai por R$ 172.900.

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No geral, o Outback se comporta como um irmão mais velho do Forester – que, para comparar, custa R$ 152.900 na versão mais cara. A dirigibilidade é parecida, inclusive. Os dois têm motor boxer (com cilindros contrapostos) e câmbio automático do tipo CVT (continuamente variável), mas as semelhanças acabam por aí. No Outback há um 3.6 seis cilindros e 24V a gasolina que rende 256 cv de potência e 35,7 kgfm de torque a 4.400 rpm. A transmissão CVT simula seis marchas e conta com borboletas atrás do volante, além de ter tração integral. Mas o consumo, mesmo sendo uma preocupação no novo modelo, ainda se mostrou elevado. Durante a avaliação do iCarros, a média foi de 4,7 km/l na cidade com o ar-condicionado ligado.

Uma vez ao volante do Outback, a sensação de carro grande se esvai. Ele oferece respostas ágeis mesmo no modo mais econômico. São três modos: Intelligent (I), Sport (S) e Sport Sharp (S#), que alteram os parâmetros de motor e câmbio. Claro que no S e no S# ele revela um lado diferente, ainda mais invocado. Basta pisar no pedal do acelerador para o crosssover de 1.675 kg deslanchar com desenvoltura. Muitas vezes é possível esquecer que está ali um CVT, caracterizado por respostas mais confortáveis que esportivas. Segundo a fabricante, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e chega à velocidade máxima de 235 km/h. Outros aspectos também agradam muito no modelo: direção elétrica direta e precisa, suspensão macia e confortável em qualquer piso sem prejudicar demais a estabilidade e ótima ergonomia. 

Se você pretende encarar uma estrada de terra até a sua fazenda no final de semana, pode utilizar o sistema X-Mode, um dispositivo que vem de série para o uso off-road ou em pisos escorregadios. Ele altera respostas de motor, câmbio e do controle de estabilidade, além de contar com controle de descida e subida mantendo a velocidade. O apelo fora de estrada, no entanto, é apenas para trechos sutis. Nada de encarar lama com o Outback, que tem 21,3 cm de altura livre do solo e ângulos de entrada e saída de 18,6º e 23,1º, respectivamente. Para comparar, uma picape Toyota Hilux Cabine Dupla tem 28,6 cm, 31º e 26º, nesta ordem.

Vida a bordo

O Outback tem 4,81 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,67 m de altura e 2,74 m de entre-eixos, números suficientes para acomodar tranquilamente os cinco passageiros a bordo. O motorista encontra facilmente uma posição confortável para guiar graças aos ajustes elétricos no banco, com duas posições de memória. Os comandos ficam todos acessíveis e há botões no volante para controlar o rádio, o piloto automático e o computador de bordo.

O rádio, aliás, é um capítulo à parte. Ele ainda é um pouco antiquado frente aos novos modelos no mercado. O desenho é simples, mas conta com uma tela grande de sete polegadas sensível ao toque com câmera de ré integrada, mas sem GPS. Por esse sistema é possível ainda acompanhar o desempenho do carro quanto à aceleração e às rodas que estão sendo tracionadas. O quadro de instrumentos também não é nenhuma evolução, mas pode ser personalizado com 10 opções de cores. O acabamento é refinado, com couro no painel e textura nas portas. Agrada aos olhos, com certeza. Há ainda detalhes sutis, como iluminação no puxador das portas e no porta-objeto no console central.

No banco traseiro, as pessoas se sentem em uma sala de estar, com muito espaço para as pernas e a cabeça, além de saídas de ar e bancos reclináveis em quatro posições. Nem o túnel central elevado em função da tração integral prejudica o conforto do ocupante do meio. O porta-malas é grande, com capacidade para 559 litros – a fabricante informa 1.801 litros até o teto. O bagageiro ainda conta com ganchos de fixação e, devido ao seu assoalho elevado, fica no mesmo nível ao rebater os bancos traseiros, criando uma superfície plana. Um botão ao lado do volante permite limitar a altura de abertura da tampa do porta-malas para ambientes baixos, como garagens.

A lista de itens de série inclui direção elétrica, rodas de liga leve aro 18”, sete airbags, teto solar elétrico, faróis de xenônio com LEDs e lavador, bancos revestidos de couro, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória para o motorista, abertura e fechamento das portas sem chave (keyless), câmera de ré, controlador de velocidade, freio de estacionamento eletrônico e sistema de som Harman/Kardon com tela sensível ao toque de sete polegadas, entrada USB e Bluetooth.

Manutenção

Donos de Subaru costumam reclamar dos custos para manter o carro. O Outback possui cinco anos de garantia, sem limite de quilometragem, com revisões com preço fechado que somam R$ 4.813 até os 60 mil quilômetros. A primeira de 10 mil km sai por R$ 516,24 e conta com mão de obra gratuita. A segunda cobra R$ 763,15 e a terceira, R$ 883,24. A última de 60 mil km é a mais cara, de R$ 1.182,08.

Após alguns dias rodando com o Subaru Outback, não é difícil se encantar com o carro. Ele tem bom desempenho e vem bem completo. Mas o modelo esbarra no preço, nos custos para mantê-lo e na rede ainda pequena da Subaru no Brasil. São apenas 11 lojas e 14 pontos de serviço em operação em todo o País, embora os planos envolvam chegar a 15 concessionárias até o final deste ano. Ainda assim, o crossover não decepciona. A expectativa da CAOA era vender de 15 a 20 unidades por mês do Outback. E até que a realidade não ficou tão longe. Desde a sua chegada ao País, foram comercializados 55 carros do modelo 2015, uma média de 14 unidades por mês.

 

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