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Conversíveis

São modelos para dar liberdade aos passageiros (só não se esqueçam do boné...)

20/08/2010 - Mário Valiati / Fonte: iCarros

Olá amigos,
Depois de um bom tempo de merecidas férias, estou de volta. Estava pensando em um bom tema para o retorno e um amigo, que tem um Ford Escort XR-3 conversível, pediu para comentar sobre este tipo de carro.
É interessante o assunto, principalmente porque tenho um certo trauma de carro sem teto. Uma vez, fui obrigado a ficar dois dias inteiros andando com um sujeito, a serviço, dentro de um carro – coincidentemente, um Escort – com teto solar.

O detalhe é que este que vos fala não tem cabelo muito farto na parte de cima da cabeça. E este “passeio” foi em pleno verão carioca, daqueles dias de 40 graus. O carro estava com o mecanismo elétrico dos dois vidros quebrados, impedindo que fossem abertos. Assim, fomos obrigados a andar com o teto solar aberto dois dias seguidos o dia inteiro. Acho que já podem prever o que aconteceu com meu “aeroporto”, não?

Bom, voltando aos conversíveis, creio que sob o ponto de vista de usabilidade, embora os brasileiros e o mundo em geral os ame e sejam charmosos, são mais propensos a serem utilizados em lugares com clima mais ameno e frio, como países europeus, ou que esteja a uma boa altura da linha do equador. Lugares onde a temperatura no verão raramente passa as equivalentes de nosso inverno, tornando o passeio sem teto uma diversão extremamente agradável.

E isso vale para carros com teto solar também. Na minha opinião, inadequados para países tropicais, como o nosso. Mas, os apaixonados por este tipo de carro claramente não estão nem aí para isso, querem curtir o visual e a sensação de liberdade.

É interessante as diversas formas que os conversíveis podem ter: desde os conversíveis de fato, com a tradicional capota em lona sintética ou couro, os falsos conversíveis targa, que têm um arco protetor de cabeças – o popular “Santo Antônio” – onde, dependendo do desenho, pode-se adaptar um teto rígido, geralmente guardado dentro do carro. Por fim, os conversíveis de capota rígida. Estes últimos são os mais comuns hoje em dia.

Sob ponto de vista de projeto, é difícil conseguir desenhar um carro bivalente, ou seja, que fique bem tanto na versão conversível como com teto rígido integral. Normalmente, é mais fácil adaptar um carro convencional para conversível do que transformar colocar um teto em um carro concebido para conversível.

Um dos exemplos que acho que foi bem sucedido foi o Mercedes 450 SL (série de 72 a 89). Ele era um conversível de “nascença”, mas opcionalmente tinha um teto rígido para ser colocado, de forma que o visual não ficava com jeitão de adaptado. Igualmente o Jaguar E-Type, de 61, era igualmente belo tanto na versão de teto rígido quando conversível.

Quanto aos conversíveis que a “capota” rígida, que dobra e se recolhe no porta-malas, muitos acreditam que a Mercedes foi a primeira utilizar este tipo de solução no SLK. Na verdade, o primeiro carro a lançar esta configuração foi o Peugeot 402, de 1938. O teto se deslocava inteiramente para dentro do porta-malas.

Outro exemplo de conversível com teto rígido foi o Ford Fairlane, de 58. Foi o maior teto recolhivel feito até hoje. Era tão grande que tinha uma dobra na parte dianteira para poder ser inteiramente escondido pelo porta-malas.
Curiosamente, até a década de 70, praticamente todos os fabricantes tinham uma versão de conversível em sua linha. Mas, aos poucos, eles foram sendo abandonados. O último conversível americano foi o Cadillac Eldorado, em 76 ele saiu de linha e foi um longo tempo sem que algum fabricante grande oferecesse esta configuração.

Até o dia em que um pequeno carrinho japonês, o Mazda MX-5, conhecido como Miata, foi lançado em 89. Foi um sucesso retumbante. Era – e ainda é, pois ainda está em linha – um charme, um desenho praticamente perfeito. Foi a faísca para o mercado para este tipo de carro renascer. Hoje, praticamente todos os fabricantes voltaram a oferecer um conversível.

Temos vários exemplos de carros que marcaram época por sua beleza, como o primeiro Chevrolet Corvette de 53, o Ford Thunderbird de 57, o simpático Alfa Romeo Spider, de 66, quem não se lembra dele? O seu sucessor, de 95, foi igualmente uma escultura sobre rodas. Há ainda os consagrados Mercedes SLK, o carismático Audi TTS e o atual Aston Martin DBS Volante Spider. Segundo alguns, o Aston DBS é um dos mais belos da atualidade. Para mim, não só ele mas toda a linha da Aston atual é de tirar o fôlego.

Enfim, o conversível não é um carro para ser prático, é para curtir o ar livre, a sensação de liberdade, o passeio do fim de semana. E, também, para ser admirado...

 

 

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